75 :| Published Boundaries|

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Mordendo o lábio inferior ela sabia que estava caindo por ele. As suas boas intenções eram desagradáveis. Ele precisava entender os limites quando se tratava dela, mas talvez ela estivesse um pouco agradecida pelas suas acções atrevidas.

- Tudo bem. Eu vou ligar para ela e vou manter-te informado. - Ela deu um sorriso de coração e foi até ao computador. - Mas eu ainda estou com raiva de ti, então, se tu pensares sequer fazer algo tu vais bater no frio. 

Elena sentou-se frente  ao computador e abriu-o. A tela que surgia sugerindo a sua senha abriu e logo ela soube que tinha que criar uma nova. Só não estava certa se ele não iria descobrir de novo. No entanto, ela sabia que depois da conversa ele estava ciente do quanto ela não gostava de bisbilhotices.

- Tu não podes ficar com raiva de mim para sempre - Ele passou por trás dela e ela fechou o computador. Talvez mudar a sua senha não fosse a coisa certa a fazer no momento. - Deixa-me compensar-te.

Ele se ajoelhou ao lado dela e beijou o seu pescoço. Todos os pensamentos dentro dela estavam a dizer-lhe para o empurrar para longe.  Ela ainda estava zangada com ele, mas o seu beijo a estava a fazer esquecer. Ela estava a derreter ao seu toque. O seu mundo estava em espiral enquanto ele movia a sua língua pela mandíbula. Ele estava certo. Ela não podia ficar zangada por muito tempo.

Abotoando os jeans e colocando o soutien de volta, Damon estava vestido de imediato. Ele foi tão rápido que ás vezes ela esquecia que ele tinha a capacidade de o fazer. A sua admiração por ela enquanto caminhava em torno do quarto, meio nua, era notável e sabia que ele estava disposto para uma segunda rodada se ela permitisse.

- Prometes telefonar à SrªMikaelsen? - Ele perguntou apertando a sua manga.

- Sim, Sr.Salvatore. - Ela falou em voz baixa.

- É melhor voltar ao trabalho. Eu disse a eles que tinha um assunto para tratar. - Damon agarrou a sua cintura por trás e voltou-a para ele. - E eu tratei.

A sua mão deslizou o seu estômago nu e subiu mais para cima onde o seu peito estava apertado. Ele era tão tentador num momento como este, mas tinha que resistir. O trabalho chamava assim como a sua oportunidade de trabalho. - Tu precisas... - Ela perguntou timidamente sabendo que ele precisava de sangue.

- Estou bem agora. - Ele sussurrou. - A menos que estejas oferecendo. 

Elena girou e estendeu o braço. As norças dos dedos dele roçaram o seu pescoço enquanto ele olhava para ela. - Eu sei que não estás pronta, mas não posso evitar, desejar que estivesses. As tuas veias são tão bonitas, tão quentes. O pensamento de te provar no teu pescoço, é um êxtase para mim.

Tornando-se tímida com o seu gesto e resposta, ela baixou o pulso. Ela ainda estava desconfortável com a ideia de ele a morder lá. O seu pulso era algo que ela usava até agora e embora ele se estivesse alimentando dela, ela estava a ficar à vontade com aquele estilo de vida. Ela não queria que ele se alimentasse de nada mais do que dela.

- Mas o teu pulso é suficiente. - Ele assegurou e agarrou. Abriu a boca e mordeu. O contacto inicial ainda a fazia tremer, mas ficava menos doloroso quando achava erótico. Os seus olhos estavam cheios de luxúria e uma sombra escura de vermelho. A transformação de humano para vampiro, não era mais uma imagem a temer. Ele nunca a magoaria, não intencionalmente. Ela confiava nele, embora soubesse que não deveria. Afinal, ele era um vampiro.

Depois de um minuto de sucção, ele se afastou e limpou a sujidade. Ele retirou uma pulseira cintilante do bolso do casaco e a colocou em torno do seu pulso. Parecia cara e provavelmente era. Mais uma vez, Damon estava tomando a iniciativa de a presentear com coisas que ela não precisava. Foi preciso toda a sua boa vontade e esforço dela para não lhe dizer nada nem lha entregar de volta. Além da sua beleza, ela cobria bem a sua ferida. Ela aceitaria esse presente. Os outros que ela sabia que viriam a caminha não eram excepção. Os limites dela incluíam gestos desnecessários. 

- Liga para a Sr.Mikaelsen. - Ele declarou e beijou a sua testa.

- É para já! - Ela tirou o telefone da mesa. 

Limpando a boca Damon sorriu. - Até logo.

E assim... ele se foi.

-,,-

As luzes de casa estavam acesas quando ela saiu do carro e puxou a sua bolsa. Os calcanhares tatearam o pavimento e ela estremeceu. O alto grunhido vindo do seu estômago indicava a sua necessidade de comer e esperava que Caroline tivesse cozinhado o jantar.

O cheiro e a visão do escritório excessivamente grande ainda estavam impressos na sua mente. A loira intimidante, SrªMikaelsen rabiscando no seu bloco de notas ainda a incomodava. O pensamento de ser e discutir um futuro no mundo da Escrita, ainda parecia irreal. Tudo foi tão rápido. As suas mãos húmidas estavam agora secas e a sua garganta também. Ela precisava desesperadamente de beber água.

Quando alcançou a porta da frente, Elena respirou fundo. Ela tirou o telefone da bolsa e enviou uma mensagem para Damon. A sua mensagem informou-lhe que ligaria depois do jantar e contaria como foi a entrevista. Ela estava nervosa para recordar todos os detalhes da reunião. 

Ao pressionar «enviar», Elena abriu a porta e sentiu o cheiro a massa. Era comida de conforto, e ela imediatamente queria comer toda a porção. - Então? - A voz superficial pertencente a Caroline veio da sala de estar. Ela estava a sorrir erraticamente e quase saltando para cima e para baixo.

- Então? - Elena perguntou confusa com o questionário persistente enquanto atravessava a porta. ela não havia informado Caroline sobre a entrevista com SrªMikaelsen ou mesmo sobre o dia. Na verdade, a única pessoa que sabia sobre a reunião, era Damon. Damon!

Ele estava por trás disto. Caroline sabia.


Fifty Shades of Salvatore (PT-PT)Onde histórias criam vida. Descubra agora