Capítulo 14

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Pensar que talvez, ela pudesse escapar ao jogo de vinte perguntas de Caroline quando chegasse a casa, era simplesmente um plano estúpido. Após dez minutos de ser perfurada sobre o seu encontro com Damon, ela foi capaz de se livrar dela. Reviver cada detalhe era horrível e simplesmente maravilhoso, tudo ao mesmo tempo. Quando ela ia falar sobre o beijo, ela ficou tímida e sentiu-se censurada pela experiência. Esse momento íntimo ela não quis revelar plenamente. Só ela e Damon saberiam o que realmente aconteceu naquela casa de banho daqui em diante. Mas ver o queixo de Caroline  cair e os olhos maiores do que a lua era impagável. Mesmo que ela não pudesse acreditar que Damon Salvatore a tivesse beijado também.


A sua mente correu na memória e a adrenalina correu pelas suas veias também. Ao vê-lo atrás dela alimentado por uma emoção que ela nunca soube que podia ser sentida sobre ela, fez com que ficasse tonta. A maneira como ele se dirigiu a ela e a beijou com toda a força, agora era como ela queria ser beijada todo o tempo e só por ele, por mais ninguém. Era completamente irresistível querer uma coisa dessas. Mas olhando para o passado do homem lindo que ele aparentava ser, havia algo estranho com ele. Algo que ela ansiava descobrir.

Para começar ele era um mestre em desviar uma conversa que não estava em seu favor. Como ele o fazia? Mesmo a pessoa mais forte sucumbia à sua vontade. Em seguida, havia o olhar que alguns encaravam quando se deparavam com ele. Isso de olhos vidrados a olhar para o vazio, que voltavam à vida segundos depois antes que voltassem ao seu acto regular. Poderia ser a sua inegável boa aparência e charme que o levava a esse caminho? Tinha a certeza que ela poderia parecer desta mesma forma que os outros, sabendo que como é fácil olhar para os olhos dele e a forma como ele conseguia ser convincente quando queria. Ele nunca daria a ela as respostas que ela queria saber. Era assim simples.

Mas, o que mais a incomodava enquanto ela revivia os momentos, fora a sua hesitação. O pensamento dos seus lábios a pairar na base do pescoço fora inesperado. Era como se ele estive a lutar contra o desejo, mas desejo de quê? Para dar um passo adiante com ela? Para a ter completamente rendida a ele, na casa de banho suja do seu local de trabalho? Elena jogou a cabeça entre as mãos sabendo muito bem que ela teria cedido se ele tivesse avançado. Quem era essa mulher que se apresentava na presença dele? Ela não se reconhecia.

Tinha que ser ele.  Damon sabia que era muito, muito cedo e por isso parou. Ela tinha que se convencer disso. Que outra explicação era possível para ele acabar com aquele momento inebriante?

Não importa o local, ela saboreou cada momento. Ela desejava ser beijada novamente. Ela queria sentir a suavidade do seu cabelo. Os músculos definidos dos seus braços, ela queria tocar. Ela estava completamente a cair por ele, e ainda assim ela mal o conhecia. Ainda haviam tantas perguntas sem resposta a serem feitas.

À medida que o sol se punha ela retirou-se para o seu quarto. Os seus olhos pararam o seu portátil e telemóvel enquanto saía da casa de banho depois dela se preparar para dormir e contemplar os seus desejos. Ela ergueu a barreira que iria satisfazer a sua necessidade. Tudo o que tinha a fazer era afastar-se do seu portátil ou de discar o número dele, era muito cedo. O desespero estava escrito no seu rosto golpeado pelo amor. Mesmo que ela o fizesse, o que ela diria? Correndo o risco de se embaraçar a si mesma, ela afastou a ideia e enrolou-se na cama deixando-se à deriva em outro sonho místico sobre ele.

Na manhã seguinte, ela esfregou os olhos cansados e forçou uma colherada de iogurte de morango e banana enquanto Caroline bateu o jornal sobre a mesa ao lado dela. Era cedo demais para as suas charadas, mas não havia como a parar quando ela estava tão eufórica que parecia prestes a estourar.

"Foi publicado!" Caroline gritou. O seu dedo apontou para a pequena foto de Damon no canto superior esquerdo com a manchete - O Multimilionário de Mystic Falls -. Arrojado e glorioso Damon olhava para ela. Mesmo impresso em um papel ele tinha um efeito sobre ela. "Olha para isto" Ela sacudiu o jornal aberto no artigo na página três e vigas de emoção e realização rodeavam o seu rosto.

Fifty Shades of Salvatore (PT-PT)Onde histórias criam vida. Descubra agora