Celebrations

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Era por volta de 18h quando inúmeros carros começaram a parar em frente à residência dos Tomlinson's.

Os lábios de Louis já davam indícios de dor de tanto que sorria, eram muitos os parentes que vieram para seu aniversário e a ceia de Natal, a qual o próprio Troy fez questão de preparar e convidar os familiares que residiam em Doncaster.

— Louis, como você está um rapaz! — a tia mais velha dizia enquanto colocava a mão sobre o ombro do rapaz, fazia tempo que o rapaz não via os parentes.

— Pois é tia Ellen... — ele riu.

Era bom ter a casa movimentada, cheia e feliz.

Troy havia convidados os tios, primos, e outros relacionados, mas também convidou a família da frente, os Styles, os quais se enturmaram muito facilmente com a família de Louis. Em apenas dez minutos, Anne já conversava animadamente com Amber e algumas irmãs de Troy, falavam sobre assuntos femininos, receitas, filhos, maridos e tudo mais que mulher fala. Des, o padrasto de Harry, estava junto aos homens e logo riam como se fossem conhecidos de longa data, graças à semelhança por time favorito e tudo mais. Gemma, a irmã, chegará a dois dias de Liverpool para comemorar as festividades e se entrosava com as primas de Louis e algumas tias, todas falavam de assuntos juvenis, como, faculdade, trabalho e não menos importante, homens.

O de olhos azuis observava tudo encostado na escada que levava ao segundo andar, ele sorria com tudo aquilo, era bom se sentir "vivo" novamente. As orbes percorreram a parede a sua frente e avistaram um retrato, era o de seu pai, Troy, com os braços envolvendo Johannah, sua mãe, que carregava no colo o pequeno Louis, com seus seis anos na época. Todos sorriam em frente a uma casa, a mesma que estava no momento, àquela foto fora tirada quando se mudaram para cá, pouco depois de descarregarem as mudanças. A verdade é que o quadro estava pendurado á séculos na parede, mas só agora Louis o observava com tanta ternura.

— Eu gostaria de saber por que as pessoas gostam de peru com farofa. — a voz rouca atingiu seus tímpanos e Louis despertou de seus devaneios.

— Oh, nem me pergunte. — ele ergueu as mãos em sinal de fracasso na resposta.

— Você está tão lindo com esse suéter azul Lou. — Harry disse e se aproximou depositando um selinho sobre os lábios do menor. Estavam em um pequeno corredor e ninguém poderia vê-los ali.

Louis por sua vez riu.

— E você esta muito gay com esse suéter. — ele gargalhou observando a peça amarela mostarda com três renas bordadas em vermelho e verde.

— Mamãe me obrigou a usar isso. — o cacheado revirou os olhos e riu em seguida — Venha, vamos ver o que estão aprontando.

E então Harry agarrou a mão de Louis o guiando até a sala onde estavam concentradas todas as pessoas.

✖✖✖

O relógio badalava 23h quando resolveram abrir os presentes que Louis havia recebido. Foram inúmeros os embrulhos que ele desfez, revelando várias quilharias que lhe agradou muito, roupas, sapatos, objetos e muitos outros presentes que ele ganhou de seus familiares. Anne e Des lhe deram um conjunto de perfumes, quanto a Gemma uma blusa com o Darth Vader estampado, o qual Louis amou de cara.

Em passos lentos, Harry se aproximou entregando um embrulho azul com alguns detalhes prateados.

O menor pegou o embrulho das mãos do cacheado e começou a abri-lo enquanto Harry começava a falar.

— Desde que eu te vi no corredor do colégio cantando When You Are Young, eu soube que você era apaixonado por The Killers... — ele dizia enquanto o rapaz pegou o conteúdo dentro do embrulho e abriu a boca em um oval perfeito.

— Harry, é perfeito! — ele sorriu abraçando o rapaz enquanto segurava a coletânea exclusiva da banda The Killers, era o seu sonho de consumo desde que começou a admirar a banda.

— Era o mínimo que poderia te dar. — o cacheado sussurrou ao pé do ouvido fazendo o menor arrepiar todos os pelos.

Todos sorriram com a cena.

— Filho. — Troy chamou Louis que o atendeu com um olhar. — Eu tenho guardado algo desde o acontecido... — ele sussurrou a última parte, Louis entendeu na hora que ele estava falando sobre o acidente — Mas acho que hoje, realmente, chegou o dia de te entregar.

Troy disse lentamente revelando uma caixa vermelha. Os olhos azuis saltaram ao reconhecer o presente. Era o que sua mãe lhe entregaria no dia da tragédia.

— Oh papai, não precisava... — Louis tentou dizer, mas o coração estava abalado demais para continuar.

O homem abraçou o menor e afagou seus cabelos.

— Eu estou lhe entregando isso agora, mas não quero que o abra nesse exato momento, quero simplesmente que o guarde com você agora. — Troy disse com os olhos marejados — Você saberá a hora certa de abri-lo.

O menor sorriu para o pai recebendo um beijo na testa do mesmo.

Ele tomou o pacote e o apertou contra o peito.

— Vamos lá fora, o Natal está chegando! — tia Ellen disse arrastando todos os convidados para fora para verem alguns fogos de artificio pela comemoração do Natal.

Logo o relógio marcou meia-noite e o Natal chegou trazendo alegria para todos, como sempre fora, mas aquele era especial para o pequeno Louis, já que o trazia boas lembranças, lembranças de quando era pequeno e ainda tinha sua mãe por perto. A época do Natal nos remete à magia de sonhar. Quantos de nós deixamos no passado tudo aquilo que sonhamos um dia realizar? Quantos não se permitem mais sonhar? Quantos sequer se lembram mais dos sonhos de olhos abertos, onde os pensamentos divagavam por lugares desconhecidos? Mas já na maturidade nos perguntamos em momentos raros de reflexão: "O que fiz da minha vida?" Quantos de nós abandonamos nossos sonhos para viver os sonhos de outra pessoa? Não quero me referir a um saudosismo que nada pode mudar seu presente, mas aos sonhos que nos faz sentir vivos, e que podem ser despertados e, porque não, realizados. O Natal realmente nos deixa mais sensibilizados, tocando em nossos corações de maneira única. Por que não aproveitarmos esse momento para despertarmos os sonhos que estão adormecidos dentro de nós?

Agora era hora de começar uma nova página na vida de Louis e o Natal era a época especial par isso já que como a tradição, devemos ter um bom espírito e no purificar para um próximo ano. Ele tinha planos para o futuro, planos bons e que com total certeza iria realizá-los.

As pequenas mãos de Louis foram preenchidas pelas largas de Harry.

— Feliz Natal Lou. — Harry sussurrou ao ouvido do menor para que apenas ele ouvisse — Eu posso te pedir uma coisa?

— Claro Hazza... — o menor sorriu bobo com os olhos verdes esmeralda brilhando a sua frente.

— Você aceita namorar comigo? — ele sussurrou mais baixo ainda depositando um beijo na bochecha de Louis.

— Sim, sim, sim! — Louis riu agarrando as bochechas do maior e depositando um selinho rápido.

Um abraço uniu os dois corpos e ao longe, no céu, Louis viu uma estrela cadente cruzar imensidão escura.

Ele tinha total certeza de que Harry estaria em seus planos futuros.


Iron Soul ❥ {hes + lwt}Onde histórias criam vida. Descubra agora