Possible Friends

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O despertador ao som de Pink Floyd atingiu os ouvidos de Louis anunciando que era hora de acordar.

O jovem se sentou na cama lentamente, tentando se acostumar com a ideia de abrir os olhos e encarar a claridade. Louis esfregou os olhos lentamente, mas se assustou ao sentir um pano macio tocando seu queixo. O dono dos olhos azuis arregalou suas órbitas ao reparar que seu pulso estava enfaixado, afinal, não se lembrava de ter feito nenhum curativa no mesmo.

Olhou por todo o quarto e reparou que seus sapatos haviam sido retirados e estava coberto, além do misterioso curativo que apareceu em seu pulso. Ele tentou se lembrar da noite anterior, mas apenas se recordava de ter se automutilado, caminhado com dificuldade até sua cama e quando se deitou, chorou tanto que acabou adormecendo. Mas em momento algum se lembrava de ter levantado e feito curativo em seu próprio pulso, afinal, não costumava passar pomadas, ou enfaixa-los quando se cortava, os moletons eram o suficientes para esconder as marcas.

Louis soluçou um pouco aflito achando que seu pai poderia ter visto os cortes, mas não aderiu essa opção, pois seu pai chegava tão exausto do trabalho que mal tinha tempo para reparar se o filho estava bem ou não.

Mas a questão era: quem havia feito isso?

O rapaz afastou aqueles pensamentos de seu consciente e levantou-se da cama, talvez mais tarde descobrisse quem fosse o responsável por aquilo, mesmo ainda temendo que seu pai também fosse um suspeito.

Ao abrir a torneira da pia do banheiro, Louis mergulhou as mãos embaixo da água corrente fazendo uma espécie de conchas com as mãos e encheu-as com água, logo depois jogou o líquido sobre a face, sentindo-se despertar mais ainda.

Antes de sair do quarto, Louis vestiu um moletom e uma calça jeans junto com seus inseparáveis par de vans, depois desceu as escadas em passos rápidos e cumprimentou o pai normalmente.

– Bom dia pai – Louis disse enquanto abria a geladeira e retirava seu chá gelado e pegava algumas torradas sobre o balcão.

– Bom dia Louis, dormiu bem? – o pai indagou.

– Sim, hãn, por acaso o senhor foi ao meu quarto ontem à noite? – Louis indagou tentando parecer o mais normal possível, afinal tinha medo da resposta do pai.

– Não, ontem eu cheguei tão cansado que fui direto para o meu quarto dormir – o pai respondeu normalmente e Louis suspirou aliviado – Aliás, Harry veio aqui antes de ir para o colégio perguntando se você não ia com ele, mas eu avisei que hoje você tinha uma consulta com a psicóloga e por isso iria faltar á aula.

Louis engasgou com o chá que estava tomando e quase cuspiu tudo para fora ao ouvir seu pai silabar Harry.

– Ah sim... – Louis tentou recuperar-se do engasgamento – Eu vou arrumar meu quarto e já desço para irmos à Dra. Amy – o jovem disse enquanto retirava as coisas que sujara e colocavam-nas na pia.

– Ok Louis, vou terminar aqui e nós já vamos – Troy disse enquanto começava a lavar as louças depositadas dentro da pia.

Louis subiu rapidamente e se trancou no quarto, ele havia se esquecido de Harry. Seu vizinho, o mesmo que senta atrás dele na sala de aula, o qual ele estava ontem na sua casa e viu suas marcas, dando então ao resultado de um Louis sair chorando e correndo da casa dos Styles e se trancar dentro de casa até decidir se cortar e depois acabou dormindo, acordando então com uma atadura no local machucado.

Todos esses pensamentos se assimilaram de forma tão rápida no consciente de Louis que ele precisou se sentar e involuntariamente colocou a mão sobre o peito, respirando com dificuldades. O jovem pensou na possibilidade de Harry ter feito o curativo, mas apenas uma pessoa poderia afirmar isso: o próprio Harry.

Iron Soul ❥ {hes + lwt}Onde histórias criam vida. Descubra agora