Capítulo 24

24.1K 1.3K 481
                                    

Uma coisa engraçada me passou pela cabeça. Lembrei da minha primeira vez na cama com outro cara, bem só poderia ser essa vez mesmo porque nunca existiu uma mulher na minha vida para que eu tivesse experiência de sexo e nunca nem quis. O nervosismo, a tensão, a inexperiência, o cara com quem sai era mais velho que eu e já conhecia as coisas. Tinha um pau normal, tipo 16cm, não muito grosso, mas nem tão fino, totalmente normal. O ideal para uma primeira vez, sem nenhuma dúvida. E consigo lembrar da dor de ser penetrado pela primeira vez. A dificuldade, o tempo que levou e sobre tudo a paciência do rapaz comigo. Nossa! Parece tudo tão distante agora! Ah sim, a parte engraçada: Durante a primeira vez eu praticamente só senti dor! Praticamente não, eu só senti dor! E olha que o cara foi gentil, paciente, etc, etc, etc e mesmo assim! Ah não, nunca mais que eu ia dar a bunda novamente! Assim sendo virei ativo. Mas tinha uma vontade do caramba de dar novamente, mesmo tendo sentido tanta dor. Louco né? Ate que conheci Artur, que também era versátil, tinha um pau maior que o cara da primeira vez, não muito, 2cm no máximo. E este sim fez direito. Dor no inicio claro, mas depois relaxei e literalmente gozei.

Com os passar dos anos meus relacionamentos foram sempre com outros versáteis, ate porque eles aqui são esmagadora maioria. Nunca conheci um americano somente ativo. Só passivo alguns, mas apenas para uma noite. Embora eu adorasse ser passivo a ideia de ficar totalmente subjugado a alguém não me agradava.

Eu acordei era as 05 da manhã, como costumeiramente fazia. Os anos acordando nesse horário dispensavam ate mesmo o despertador, que existia apenas como enfeite na minha mesa de cabeceira em minha casa. Bruno dormia feito uma pedra alheio a tudo a seu redor, levantei do peito dele. Meu pescoço doia um pouco. É gostoso dormir no peito dele, mas meu pescoço vinha sofrendo com isso. é bem mais alto que um travesseiro e meio desconfortável, duro. Mas esse era apenas mais uma coisa estranha e nova que surgia na minha vida. Me levantei e sem querer trouxe o lençol da cama preso ao meu pé o que o descobriu por completo.

Bruno não dorme nú. Não sei por qual motivo exatamente, mas sempre tinha que vestir um shorts para poder dormir. Mas a visão do corpo dele deitado, apenas de shorts, dormindo profundamente. Cara só isso já valia uma punheta, mas não a fiz.

O jeito moluque, a atitude bruta e meio grossa dele era algo autentico, porem sua maneira de pensar era coisa do interior. De gente da roça, matuta, mas isso não fazia dele uma pessoa má pelo contrario. Não esquecendo também o sangue de lutador que corria nas veias dele e nesse sentido, ele era o pior tipo de de lutador que se pode ser, o frustrado. O cara que é muito bom mas não teve oportunidade e trás essa frustração para a vida. Sim Bruno é o sonho de consumo da maioria dos homossexuais, principalmente os passivos. Postura de macho, pensamento rústico, atitudes rudes, corpo de um Deus do Olimpo, pau exageradamente grade e para completar ativasso.

Era aqui que eu queria chegar. Eu não me importava no fato dele só ter interesse em me comer e me botar pra chupar. Lógico que eu queria mais, não sou sonhador a ponto de pensar em comer ele, porque isso seria me iludir, mas gostaria de lamber o peito dele, o espaço de cada gomo daquele abdomen, o traço de cada fibra muscular do braço bem formado e cheio de veias dele, queria que ele pegasse em meu corpo, que me apertasse com as mãos em lugares que não fossem somente a bunda, que pelo menos batesse uma punheta para mim, tudo isso! "-É, talvez com um tempo, uma batalha de cada vez, olha pra esse exemplar de primeira linha ae na cama que ainda por cima você ama. O resto vem depois", foi só o que eu consegui pensar. Cobri ele e segui para o banho.

Passamos o sábado no quarto, transamos mais duas vezes e depois eu pedi arrego, meu rabo ardia muito. Ficamos conversando sobre diversas coisas, comemos no quarto mesmo e dormimos. No domingo sairíamos cedo do hotel para ter tempo de comprar uns suvinirs antes de voltarmos a São Francisco, foi na chegada no aeroporto que me surpreendi com uma atitude de Bruno. Existia algo extremamente raro de se ver por aqui na área de estacionamento do aeroporto, aparentemente o governo da Bahia estava promovendo uma campanha publicitaria para atrair turistas para Salvador e tinha uma roda de capoeira. Eu nem sequer lembro a última vez que havia visto uma, mas o que importa foi que derrepente Bruno me entregou sua mochila e as coisas que estava na mão, foi ate o cara que estava ao lado do tocador de beriumbau, falou alguma coisa e entrou na roda. Ficou um pouco com o cara que já estava lá, dai esse cara saiu e outro entrou e pouco depois ele saiu e foi bem aplaudido pelos presentes.

Apaixonado Por Meu Primo BrutamontesOnde histórias criam vida. Descubra agora