Capítulo 53

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Essa foi a última publicação do Matheus na casa dos contos...

***


Ficamos cinco dias em Sauípe e foi o que nós precisávamos. Relaxamos, curtimos e transamos mas não muito. O assunto Tiago não foi mencionado nem uma única vez. Tudo estava muito bom, mas precisávamos voltar, Bruno tinha retirar os pontos. Essa era a única marca aparente dos danos que Tiago havia causado. Ele não tinha mais hematomas. E retirando os pontos ficaria faltando pouca coisa para cicatrização e as costelas fraturadas, mas dessas ele não fazia comentários, mas via a dor no rosto dele quando ele fazia certos movimentos. Mas não impediu de fazer nada. Bem que foi mais um passeio de descanso. Não fizemos nenhuma atividade mais intensa fora transar e ate nisso eu estava tentando fazer a maior parte do trabalho para ele.

Chegamos de fomos direto para minha casa, e de lá Bruno foi retirar os pontos e em seguida iria para a loja, eu tinha que resolver algumas questões de ordem financeira, fui ao banco e na volta eu tenho uma desagradável surpresa, Tiago estava em pé, sem camisa encostado na porta do carro, do lado de fora do condomínio. Estacionei e fui falar com ele.

Eu: -O que você esta fazendo aqui?

Tiago: -Boa tarde pra você também.

Eu: -Nós não temos um acordo?

Tiago: -E tá valendo! Vim pegar uma grana com você porque o limite do cartão não mudou.

Eu: -Eu estou vindo do banco, acabei de resolver isso, você já tem limite, use o cartão e não venha mais aqui, se Bruno estivesse aqui poderia dar confusão.

Tiago: -Não daria não, se ligue que nem minha formula eu tomei, por isso tô miudinho. Não ia bater nele hoje, a não ser que ele viesse procurar historia.

Eu: -Não importa, não quero mais você aqui. Você precisar falar comigo me telefone, mas não venha mais aqui.

Tiago abrindo a porta do carro: -Ok, tudo bem.

Assim que entrou no carro eu ia me virar para ir embora quando ele me chamou.

Tiago: -Ah! Eu já ia esquecendo. Tipo, se você inventar de viajar pros esteites e acha que com isso você foge da obrigação que tem comigo eu vou ter que ir cobrar de meus tios né? Seus pais.

Eu senti um frio na barriga: -Eu já disse para você não me ameaçar. Eu não gosto e não tem necessidade disso.

Tiago: -Não tô ameaçando, só tô avisando.

E arrancou com o carro indo embora. É, de repente ele estava certo, eu fui burro, como deixei escapar esse detalhe? Eu estava com um problema. Minha ideia de ir para ou EUA não daria em nada. Precisava de outra solução. E a coisa piorou cerca de duas semanas depois.

Bruno já tinha voltado as suas atividades normais. Passamos a praticamente viver juntos novamente. Mas a atmosfera não estava nada boa. Aquela alegria meio infantil dele tinha desaparecido. Ele não me tratava mal e nem com grosseria, muito pelo contrario. Tinha um cuidado exagerado. Eu não perguntava, deixava ele a vontade para se abrir se e quando quisesse.

Estávamos na praia, em uma mesa na beira do mar, coisa que em Salvador na época era normal, quando Tiago passa pela beira do mar olhando para nós e sorrindo. Eu vi Bruno nessa hora cerrar o punho da mão direita e se alterar.

Apaixonado Por Meu Primo BrutamontesOnde histórias criam vida. Descubra agora