Almoço

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Povs Ray
- Alô? Fala aí, sua praga! - Diz a Jheny no telefone. Faz mais de uma semana que não falo com ela. Se eu não ligar, ela não me liga.
- E aí, sua peste! Nem me ligou esses dias né? É isso aí, me ignore. Muito boa amiga você é.
- Deixa de ser retardada, eu não queria te atrapalhar com o Bangtan! Ah, cara que inveja! - Reviro os olhos mesmo sabendo que ela não pode ver.
- Por falar nisso, como anda a faculdade? Tem muito dever?
- Não muito, está chegando perto do feriado então todo mundo está com preguiça, até os professores. - Suspiro aliviada. Pelo menos isso. - E como está o assunto da sua casa? O que aconteceu? - Diz com a voz preocupada.
- O seguro me ligou ontem. Pediram para eu ir até lá.
- Sua casa tinha seguro? De quanto?
- Não sei, vou saber depois de amanhã quando ir na agência. Vou pegar esse dinheiro, e vê se consigo arrumar um lugar para eu ficar até conseguir comprar outra casa. Você me faz um favor? Pergunta para o Tinho se ele pode me levar até a agência?
- Vou pedir para ele, me passa o endereço daí e de lá via Zap.
- Obrigada, depois que eu pegar o endereço daqui eu te envio.
- Beleza. Então, te disseram o que causou o incêndio?
- Sim, a Ana me ligou também. Os bombeiros disseram que foi o cabo de uma panela que pegou fogo e caiu na lata de lixo, começando o incêndio. Dá para acreditar? - Dou uma risada triste fechando os olhos com força. Falar isso ainda dói.
- Sinto muito, Ray. Se tiver alguma coisa que eu possa fazer, algo para...
- Não precisa, estou bem. - Digo engolindo em seco tentando desfazer o nó na minha garganta.
- Você sempre diz isso. - Uma lágrima solitária escorre pelo minha bochecha. Afasto o celular do meu rosto, e respiro fundo tentando manter minha voz normal.
- Eu sei. É por que sempre é verdade.

      ✴...ஜ 웃 ஜ...✴

Povs Jheny.
- Filha, cadê seu salto alto? - Diz minha mãe mexendo no meu armário. Congelo. Deixei os meus saltos no Park quando eu sai com o Jin. Merda, esqueci completamente! Ah, tô nem aí. Quem achar que tenha bom proveito, não gostava daquelas coisas mesmo.
- Sei não mãe, tá por aí. Vai procurando, que eu vou dar um pulinho lá embaixo, sabe... - Digo saindo de fininho do quarto.
- Parada, mocinha. - Diz apontando para mim. Faço minha melhor cara de inocente.
- Conseguiu esses sapatos onde? - Diz me mostrando o tênis preto que o Jin comprou para mim. Acho melhor eu enrolar.
- Bem, sabe o que é... no universo, as coisas são criadas e... as coincidências coincidem com o inconcebível... e são por causa das estrelas que o céu não e claro de noite, interessante, não?
- Nem vem tentar me enrolar, o Jin comprou para você, né? - Diz com um daqueles sorrisos no rosto. Droga, meu plano de enrolar não deu certo!
- Bem... humm.
- Aahh, eu sabia! Ele me parece ser um bom rapaz. Já convidou ele para vir almoçar com a gente?
- Não, mãe. Eu...
- Então sem perder tempo, vai, vai.
- O que, agora?!
- Por que não? - Diz guardando os sapatos de novo no armário. - Seu pai quer conhecer seu novo namorado.
- Ele não é o meu namorado! - Bem, ainda não.
- Mas será, minha filha, só uma questão de tempo. - Pega meu celular de cima da cama e me entrega. - Vai, fala com ele, ou como vocês jovens falam hoje em dia: Bater um lero. - Diz fazendo gíria de surfista.
- Não mãe, feião. Não faça isso quando o Jin estiver aqui, pelo amor de Deus.
- Beleza, mana. - Quem disse que ela me ouve? E sai surfando do quarto. Por que eu não posso ter uma família normal? Solto um suspiro e escrevo para o Jin.

Oiii, está livre hoje?

Oii, depende. O que tem em mente?

Minha mãe está te convidado para almoçar aqui em casa. Você quer?

Claro, estou livre de tarde, mas eu preciso voltar às três e meia, tudo bem?

Combinado então :)

Combinado ;)

      ✴...ஜ 웃 ஜ...✴

Estou tão nervosa. O Jin acabou de me mandar uma mensagem dizendo que está vindo, mas quanto mais eu penso, mais percebo que é má ideia.
- Olha, gente! - Digo chamado a atenção dos meus pais que correm para lá e para cá na cozinha. - O Jin já está chegando e eu quero que se comportem como uma família normal.
- Que isso, Filha. Nós somos uma família normal. - Diz meu pai colocando o avental da Turma da Mônica para tirar o frango do forno.
- Aham, claro que são... regra número 1: nada de falar da minha vida, ou seja, sem álbum de quando eu era bebê e sem aquele vídeo caseiro de eu dando de cara no asfalto quando estava aprendendo a andar de bicicleta, isso vale para você mãe. - Digo olhando para ela.- Número 2: Não fique falando coisas constrangedoras e não assuste ele com perguntas nada haver. É com você mesmo que eu tô falando pai, não adianta olhar para a minha mãe não.
- E quem disse que eu ia fazer isso?
- Vem, não. Sherlock Homes perto de você é coxinha. - Ouço a campainha tocando. É ele!
- Me prometam que não vão fazer essas coisas?
- Ah, filha... - Diz minha mãe.
- Prometam. - Eles trocam olhares e suspiram.
- Nós prometemos. - Dizem juntos.
- Ótimo, obrigada. - Vou em direção a porta, mas paro e viro.
- Ehh, pai, você poderia tirar isso? - Digo apontando para o avental da Turma da Mônica, só quero saber da onde ele arrumou esse troço.
- Claro, esqueci. - Diz jogando o avental encima do balcão.
- Ótimo! - Corro até a porta, dou uma arrumada básica no cabelo e abro.
- Olá. - Diz com sorriso fofo.
- Oii, entra. - Digo abrindo passagem.
- Esse é o Paulo, meu pai.
- Prazer, Jin não é? - Diz ele em inglês estendendo a mão.
- Isso mesmo senhor, é um prazer conhece- lo. - Diz dando uma pequena reverência e depois apertando a mão dele. Meu pai me lança um olhar discreto de: "já gostei desse garoto". Respondo com um olhar de: " não te disse".
- Essa aqui é minha mãe, Maria.
- É um prazer meu filho. - Ele faz uma pequena reverência novamente.
- O prazer é todo meu, é uma honra conhecer os pais da Jheny.
- Para que tanta formalidade, meu filho? Você já é da família, vem cá, me dá um abraço. - Ela diz puxando ele para um abraço. Ah, não começou, é sério isso? Eita, ela está demorando demais, melhor eu salvar ele.
- Tá bom, mãe. - Digo separando eles. - Você não deixou nada no fogo?
- Ah é, o molho! Podem ir sentando, já vou trazer a comida. - Fazemos o que ela mandou, o Jin do meu lado e o meu pai na nossa frente.
- Então, Jin... Foi difícil chegar até aqui? - Pergunta meu pai entrelaçando os dedos sobre a mesa.
- Não, sem problemas, senhor.
- Que bom...- Agora é com você grilo. Nós estamos em silêncio olhando um para cara do outro, sem saber o que dizer ao certo. Merda, eu não esperava por essa.
- Você... é da onde? - Diz meu pai quebrando o silêncio.
- Sou da Coréia.
- Do Norte ou do Sul?
- Sul, senhor.
- Bom...
- Gente, aqui o molho, fiz no capricho... - Diz minha mãe. Ela tropeça no tapete e a tigela despenca no chão espalhando vermelho para todo lado.
- Mãe, você está bem? - Digo.
- Sim, estou. Ah não, não acredito! Sinto muito, vou buscar algo para limpar isso.
- Deixe que eu... - Digo levantando.
- Não, não, fique sentada, não irá demorar nada. - Diz saindo e voltando com um pano e um balde, e com a rapidez que só mãe consegue, limpou o molho do chão.
- O almoço vai atrasar um pouquinho, preciso refazer o molho. - Diz passando a mão no cabelo, chatiada.
- A gente ajuda, amor. - Diz meu pai acariciando seus ombros.
- Não, pode deixar comigo.
- Nada disso senhora, eu ajudo. - Diz o Jin se levantando.
- É, mãe ele sabe cozinhar muito bem.
- Ah, é? Mas não quero que você tenha esse trabalho.
- Não será trabalho nenhum, eu gosto de cozinhar.
- Então tá. - Diz com um grande sorriso. Todos nós fomos para a cozinha. Minha mãe cuidava do fogo, enquanto eu e o Jin cortava as verduras e os legumes.
- Eu estou me sentido uma amadora perto de você. - Digo vendo ele cortar as verduras como um profissional. Ele ri e balança a cabeça. - Isso é fácil.
- Para você. - Digo tentado imita-lo, mas sem sucesso.
- É só usar o punho, assim. - Diz me envolvendo com os braços e pegando as minhas mãos me mostrando o movimento.
- Crianças, podem ir se separando, os adultos ainda estão em casa. - Coro violentamente.
- D-desculpe, senhor. - Diz o Jin com o rosto pegando fogo se afastando de mim.
- Tô de olho. - Diz fazendo o gesto com as mãos.
- Pai! - Ele me lança um olhar de "só estou fazendo o meu trabalho". Respondo também com o olhar: " de quê? Estraga prazeres?
"Exatamente".
Bufo e reviro os olhos. Com a comida toda pronta, finalmente sentamos para comer. Até que meus pais se comportaram bem, e o Jin ficava contando várias histórias engraçadas que aconteceram com ele nos seus shows, ele já pagou cada mico. Nós morremos de rir. Ele olha o relógio e faz uma cara triste.
- Preciso ir, já são três e quinze. - Diz se levantando da mesa.
- Mas já? - Digo fazendo bico.
- Preciso praticar para o show.
- Ah, é mesmo. - Digo triste.
- Foi um prazer ter você para o almoço, Jin. Qualquer dia venha nos visitar novamente. - Diz apertando suas bochechas.
- Com celteza, senhola. A comida estava muixo boa. - Tenta falar. Solto uma risada baixa.
- Foi um grande prazer te conhecer, Jin. Agora entendo por que minha filha gostar tanto de você. - Diz meu pai apertando sua mão. Mas. Que. Merda. Meu pai não falou isso. O Jin olha para mim com um sorriso e eu não sei onde enfiar minha cara.
- Igualmente, senhor. Me diverti bastante.
- E-eu te acompanho até a porta. - Digo olhando para a parede. Saímos e eu fecho a porta atrás de mim.
- Então... você gosta muito de mim, né? - Diz com um sorriso zombeiro.
- E-eu não... quer dizer, gosto mas eu não.... Humm... Eu...- Ele me cala com seus lábios, em um beijo doce. Coloco a mão no seu rosto, mas ele quebra o beijo e da um sorriso fofo.
- Tenho que ir, te mando uma mensagem quando chegar. - Ele me dá um selinho rápido e vai embora. Entro dentro de casa sem acreditar no que acabou de acontecer.
- Que cara é essa, filha? - Pergunta minha mãe tirando a mesa.
- Acho que vou casar com esse homem.

Oii, lindaas! Se gostaram comentem onegaai <3
Gente, tenho uma pergunta para vocês.
O que vocês não gostaram da história até agora? Sejam sinceras, por favor. Quero fazer uma fanfic cada vez melhor para todas vocês. Então, se puderem me responder ficarei feliz :3
Mas sem xingar, okay? <3
Kissus u.u

Atropelada pelo Amor (BTS, Kim Taehyung)Onde histórias criam vida. Descubra agora