Consequências.

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Oi minhas foofas! Como vão? Muuuito obrigada as lindinhas que votaram no Cap! Boa leitura, e pff não esqueçam de comentar!

Povs Ray
Eu já estou prestes a ter um derrame de tão rápido que eu estou andando. Estou tão ofegante que daqui a pouco alguém vai me parar e falar:
- Você está bem? Tá tendo um ataque de asma? Não morra, vou chamar ajuda. Paro no semáforo verde. Droga! É só o que me faltava! Aperto nervosamente o botão para ficar vermelho, dou até socos como se isso fosse fazer ele mudar mais rápido. Depois de quebrar o botão no bagulho, finalmente fica vermelho. Meu celular toca novamente aquela música que está começando a me irritar. Arranco ele do bolso e começo a andar.
- Na moral Jheny, ou você está atacada hoje, ou está querendo esfregar na minha cara que tem créditos e eu não.
- Deixa de ser tapada, garota! Não é minha culpa que você é pobre. E cadê você? O sinal já tocou! - Diz ela quase gritando no meu ouvido.
- Já estou...- Antes de eu conseguir terminar, vi de relance algo se movendo rápido. Olho para o lado e vejo que um carro preto está vindo desgovernado na minha direção. Antes de eu pensar em me mover, ouço o barulho quase ensurdecedor de pneu arrastando no asfalto e minha visão escurece.

      ✴...ஜ 웃 ஜ...✴

Acordo, mas não abro os olhos. Meu corpo todo dói, e estou com uma baita dor de cabeça. E de quebra esse maldito bipe do despertador está começando a me tirar do sério. Começo a tatear a cabeceira procurando ele para toca- ló na parede de novo, mas sinto umas coisas diferentes. Calma aí, como o despertador está trocando se ele está quebrando no chão do outro lado do meu quarto? As lembranças invadiram minha mente de uma vez.
Levanto de supetão e logo me arrependo. Uma onda de enjôo me atinge em cheio. Deito novamente. Olho em volta aflita. Como eu vim parar nesse lugar? Preciso sair daqui, esse lugar não me traz boas lembranças. Foi em lugar como esse que minha mãe ficou internada por case um ano. Eu já adormeci várias vezes olhando essas paredes enquanto via ela morrer e eu sem poder fazer nada. Afasto rapidamente essas lembranças tristes da minha mente.
Quando estou prestes a levantar de novo a porta abre. Congelo na cama.
Um garoto jovem que deve ter uns dezoito anos entra cabisbaixo.
E quando finalmente olha pra mim, pula de susto. Ou minha cara está parecendo com a do capeta ou ele não esperava me ver acordada.
- Ah, você acordou. - Diz sem graça. Ele fala em inglês bem carregado de sotaque, mal consigo entender. Ele não sabe que sei falar coreano. Eu fiz intercâmbio na Coréia com a Jheny faz um ano e meio. Naquela época nós tínhamos o sonho de fazer teste para alguma empresa de artista e se tornamos parte de uma girlgroup famosa, mas acabou não dando muito certo. Ficamos só na esperança mesmo. Levanto devagar.
- Foi você o coreanos estúpido que não sabe o que significa o sinal vermelho, não é? - Digo em inglês ríspida, não estou com paciência nenhuma para falar em coreano. Ele desvia o olhar ainda mais sem graça.
- Que bom... você sabe falar inglês. - Diz coçando a cabeça.
- Nããão, jura? Então aquele curso de inglês me enganou, eu sempre pensei que estava falando a língua do ula, ula, como eu vou para o Avaí agora? - Digo com ironia, revirando os olhos. Ele respira fundo.
- E-eu trouxe isso para você. - Diz me entregando um buquê de flores.
-Espero que você possa me perdoar. - Diz com olhos tristes. Elas são lindas e violetas minha cor preferida. Dou um sorriso debochando. Ele pensa que pode me dar flores e tudo resolvido? Comigo não.
- E para isso me suborna com flores? Acha que eu sou tão barata assim? - Ele fecha a cara. Ops, irritei o rapaz.
- Garota, qual é o seu problema?
- Qual é o meu problema? Deixa eu pensar um pouco... Humm... O fato de você ter quase me matado para ser bem válido, seu barbeiro!
- Eu sou barbeiro? Dirijo muito bem, obrigada!
- Falou o delinquente que não sabe diferenciar o vermelho do verde.
- Agora eu sou delinquente? E quem foi que ficou parada igual a uma idiota no meio da estrada?! - Aperto os olhos.
- Primeiro, idiota e quem me chama. Segundo,  quem é você para falar assim comigo? Terceiro, vai se ferrar! E quarto, vai se ferrar ainda mais!
- Para uma garota você é bem boca suja! - Levanto as sombrancelhas. Ah, ele vai ver só quem é a boca suja.
- Seu coreano de mer...
- Com licença. - Diz o médico entrando. Fecho a boca na hora.
- Eu preciso tratar de alguns assuntos com a Raissa, você é o namorado dela? - Ele faz uma careta e eu torso o nariz.
- Deus me livre! - Dissemos juntos. Lanço um olhar de raiva e ele também.
- En...tão... tá. - Diz o médico devagar. - Você poderia esperar no corredor?
- Claro, não quero mais ouvir as besteiras que essa garota fala. - Diz me encarando. Dou um sorriso irônico e falo dando tchau.
- Bye, bye bixa louca. - Ele faz uma cara feia e sai. - Que cara linda! - Digo antes dele desaparecer batendo a porta.

      ✴...ஜ 웃 ஜ...✴

O médico falou que o acidente não foi nada de muito grave, porque o idiota daquele coreano conseguiu desacelerar um pouco o carro a tempo. E também disse que eu tive apenas uma torção no tornozelo e alguns arranhões. E que vou ficar de observação por dois dias, depois disso terei alta e já poderei voltar pra casa. Respirei alíviada. Eu não teria que ficar muito tempo nesse lugar e nunca mais vou ver aquela bixa louca na vida.

      ✴...ஜ 웃 ஜ...✴

Povs V
Sacanagem, que garota mais irritante! Ela me tira do sério! Nunca tinha gritado com uma garota na vida, mas essa língua afiada sabe como me destabilizar.
Atravesso o corredor e encontro todos sentados na sala de espera. Parece que eles finalmente se acalmaram. Depois que recuperaram um pouco do acidente, eles praticamente voaram em cima de mim, quase me mataram. Um policial teve que segurar o Jimin, Suga e o J-Hope. O cara era grande, mas segurar três loucos sanguinários de uma vez é meio complicado, e eu acabei levando um pedrada no meio da testa e um tapa bem dado na cara. Cortesia do Suga e J-Hope.
- Como foi lá?- Pergunta o Jin, ele parece ser o único que não quer arrancar minha cabeça.
- Horrível. - Digo parando ao seu lado.
- O que foi? Ela morde? - Pergunta Jimin em um tom zombeiro.
- Morde e arranca pedaço. - Digo passando a mão no cabelo frustrado.
- Ela tem todo o direito de te odiar, se eu que estava do lado de dentro do carro estou querendo meter a mão na sua cara, imagine ela? - Diz o Rapmon.
- Tá, tá já entendi.
- Será que estendeu mesmo?- Diz uma voz raivosa atrás de mim, é o nosso manager o Choi, e a cara dele não está nem um pouco amigável. Ótimo! Outro que quer me matar.
- Você entende mesmo o que você fez, Kim Taehyung? - Diz cruzando os braços. Shiii falou meu nome completo, de hoje eu não passo.
- Hãã, sim?
- Não Taehyung! Você não entende! Está vendo a TV? - Diz apontando para o televisor do hospital. Eu não entendo o que a repórter fala, mas fotos minhas passam na tela seguidas pelo local do acidente. - Já está nos noticiários!
- Me desculpe, eu me distrai só por um minuto e...
- Não quero saber! E se ela resolver nos processar? Imagina o escândalo lá na Coréia, aqui, talvez no mundo todo. Já estou vendo até as manchetes " Membro do BTS desobedece as leis de trânsito, ultrapassar o sinal vermelho e é processado por atropelar brasileira por que estava distraído". Não seja ridículo!
- O senhor está exagerando um pouco, também não é pra tanto.
- Exagerando? - Diz chegando mais perto me encarando frente a frente. Ele está quase babando de raiva.
- Exagero seria te tirar do BTS! Não me responda mais ou aí que eu vou exagerar. - Me encolhi.
- Você será responsável por essa garota, você vai cuidar dela. A partir de agora ela é responsabilidade sua! - Diz quase aos gritos. Me escolhi mais ainda.
- Mas...
- Se eu já disse, já está falado. Não ouse me contrariar ainda mais! - Sai pisando duro.

Oi peoples! Gostaram? Deixe seu comentário e dê um voto para a ajudar a amiga aqui rsrs bjss e até a semana que vem!

Atropelada pelo Amor (BTS, Kim Taehyung)Onde histórias criam vida. Descubra agora