Maktub - 3 Livro de A Baixinha E O PlayBoy

Capítulo 7

Otávio narrando...

Eu estava em casa mandando alguns currículos para algumas faculdades de artes cênicas quando minha mãe me ligou com o voz embriagada de choro me pedindo para eu encontrar ela e o pai na casa da minha tia Vic.

Não pensei que o assunto seria tão sério assim. Perguntei minha mãe o por que dela estar chorando mas ela não quis me dar explicações. Só me disse para ir o mais rápido que puder para lá.

Foi o que eu fiz. Cheguei lá só estavam meus tios. Beatriz tinha ido ao clube com os amigos e até aquela hora não tinha voltado.

Meu tio me contou o que estava acontecendo e confesso que fiquei mal por ele ter que deixar a família aqui, principalmente Beatriz que é tão apegada a ele para obedecer uma ordem do estado.

Meus tios, principalmente Carlos, estava super preocupados em como iria contar isso a Beatriz. Todos nós conhecemos aquela peça muito bem e sabemos que ela não aceitaria a notícia de bom grado. Dês que nasceu ela foi grudada com o pai. Ela com certeza iria pedir para ele ficar, se eu a conheço bem.

- Calma. Vai dar tudo certo tio. - Falei tentando o acalmar passando a mão em suas costas no momento em que Beatiz entrou em casa.

- O que vai da certo? - Perguntou ela com a expressão preocupada.

- Filha...- Carlos se levantou indo até ela para abraça-lá.

- O que está acontecendo pai? - Perguntou.

- Não é hora de conversar sobre isso. - Falou ele a ela. - Vá para o seu quarto, troque de roupa e desça.

Ela olhou para mim pedindo ajuda ou explicação. Mas eu não podia dar lhe nenhuma das duas agora. Apenas acenei com a cabeça.

Ela subiu às escadas correndo e senti meu coração afundar.

- Chegamos. - Falou meu pai entrando pela porta.

- Vocês contaram algo a ela? - Perguntou minha mãe com os olhos vermelhos.

- Ainda não. - Falei indo abraça-lá.

- Tudo bem pai? - Perguntei ao mesmo que só me respondeu com um leve aceno confirmando.

- Eu não sei como ela vai reagir. - Falou meu tio.

- Calma. Ela não vai aceitar no começo, como conhecemos. Mas ela entenderá seus motivos meu amigo. - Falou meu pai consolando meu tio.

- Tios. - Chamou Beatriz descendo as escadas correndo e vindo abraçar minha mãe.

- Querida. - Minha mãe se soltou do meu abraço para agarrar Beatirz.

- Alguém pode me contar o que está acontecendo aqui? - Perguntou ela a meus pais.

- Acho que não somos as pessoas ideias para falarmos disso. - Falou meu pai. Ele parecia exausto com isso tudo.

- Venham. Vamos nos sentar na mesa. - Falou minha tia Vic e todos nós a seguimos.

Nos sentamos na mesa e ficamos em um silêncio sufocante. Nenhum de nós tinha coragem suficiente para contar a Beatriz, pois sabíamos que ela não aceitaria numa boa. Olhei de canto para ela é percebi que já estava ficando sem paciência com todo aquele suspense.

- Parem de me tratar como criança é me contem o que está acontecendo. - Falou ela sem paciência.

- Bom minha querida. - meu tio começou. - Você sabe que eu prezo muito pelo meu trabalho e faria qualquer coisa pelo mesmo.

- Sim. - Falou o encarando.

- Seu pai foi convocado, junto com outros polícias para uma missão em Chicago. - Falou minha tia ao seu lado.