Capítulo 24

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Otávio narrando...

Sábado à noite.

Estava em casa arrumando alguns papéis quando a campainha toca.

- Já vai! - Grito do meu quarto indo para a porta abrindo e dando de cara com Andressa e um homem desconhecido.

- Oi meu amor. - Fala Andressa pulando em cima de mim.

- Oi. - Respondo seco. - Quem é esse?

- Ah! Esse é meu pai. - Fala ela animada.

- Mas sei pai não tinha morrido? - Pergunto em confusão.

- E uma longa história. - Fala o homem pela primeira vez. - Podemos entrar?

Concordo com a cabeça e dou espaço para ambos entrem.

- Apartamento bacana. - Fala o homem olhando ao redor.

- Obrigada. - Falo sem jeito. - Mas, o que vieram fazer aqui? - Pergunto.

- Calma meu amor, só viemos bater um papo com você. - Fala Andressa. - Meu pai. - Apontou para o homem. - Conhece sua família a muito tempo, sabia? - Perguntou e eu neguei com a cabeça.

- Pois é. - Falou o homem. - Mas acho que sua mãe não falou de mim para você, pois fiz parte de um momento muito ruim da vida dela. - Riu.

- Eu não tô entendendo. Vocês podem me explicar? - Perguntei.

Fiquei imaginando que momento ruim foi esse. Olhei para Andressa, seus olhos eram frios, seu sorriso diabólico, igual ao do homem que ela diz ser seu pai.

- Vamos do começo pai. - Falou ela batendo palmas.

- Claro. - Falou o homem se sentando no meu sofá. - Bom, pra começar, me chamo Vinícius. Eu conheci seus pais na faculdade a anos atrás, sua mãe era uma vadia que me seduzia e depois se fazia de coitada. Seu pai era um sonso que não via nada que acontecia em sua frente.

Meu sangue começou a ferver.

- Por que você fala desse jeito da minha família? - Perguntei já com a voz alterada.

- Por que a sua família desgraçada  colocou meu pai na cadeia e acabou com a minha família. - Falou Andressa com raiva.

- Oque?... - Perguntei sem entender nada.

- Vou tentar explicar o mais claro possível. - Começou o tal de Vinícius. - Anos atrás eu quis matar a sua mãe e você também. - Riu. - E fui preso por isso e por outros crimes também graças a sua mamãe.

- Só que sua mãe não sabia, é que meu pai tinha uma mulher, que por ventura era minha mãe e que a mesma estava grávida de mim. - Continuou Andressa.

- Isso não tem cabimento. - Falei. - Por que você nunca me contou isso? - Perguntei a Andressa.

- Por que tudo era parte de um plano. - Falou Vinícius.

- Quando minha mãe morreu, eu fui procurar meu pai na cadeia. - Andressa riu. - Ele me contou tudo e a partir daquele momento eu passei a odiar a sua família e queria vingança. Então me mudei pra essa cidade, me aproximei de você, fiz você se apaixonar por mim e me apaixonei. - Riu. - Mas não por você, é claro.

- E enquanto eu estava na cadeia, Andressa me manteve informado de tudo sobre a sua família enquanto eu planejava vingança, mas não contar a sua mamãe, mas sim, contra você. Então quando tive a oportunidade de sair daquele inferno, pude voltar a essa cidade e me vingar. - Falou Vinicius se levantando rapidamente vindo até mim me dando um soco no estômago me fazendo cair.

- Você não vai fazer nada? - Perguntei a Andressa.

- Não. - Respondeu ela vindo até mim e ficando na minha altura. - Sua dor e minha alegria. Não sei como aguentei tanto tempo com você, tenho nojo de você, dá sua família e principalmente da sua Beatriz. - Falou ela cuspindo às palavras. - Enquanto eu estava com você, eu te traía com meu melhor amigo sabia?

- O que? - Perguntei quase em ar.

Era como se o mundo tivesse caído em cima de mim. Tanta coisa, informações, mentiras, tudo.

- E isso mesmo. Isso foi a única coisa boa que me aconteceu nessa cidade imunda, conhecer Felipe. - Falou ela. - Mas não se preocupe, sua Beatriz irá ajudar você a se recuperar disso. Acha que eu não sei dos beijos que aconteceram entre vocês? Acha que não percebia quando você olhava para ela? Coitadinho, tão apaixonado pela pirralha. - Falou ela se levantando. - Pirralha que quase estragou tudo. Ela viu eu e Felipe na cama hoje mais cedo e com certeza irá correr para contar a você.

- Já chega! - Gritou Vinicius no momento em que meu celular tocou. Uma mensagem.

Me levantei rapidamente tirando meu celular do bolso só tento tempo de ver de quem era a mensagem. Beatriz.

- Ora, ora, ora. - Falou Andressa tomando o celular da minha mão. - Falando da pirralha, olha ela aqui.

- Me devolvê isso sua puta! - Rosnei para ela.

- "Oi... Sei que não estamos nos falando direito mas, preciso urgentemente conversar com você". - Andressa leu a mensagem. - O que devemos responder, pai?

- Deixe eu pensar. - Falou Vinicius me observando.

- Não faça nada a ela, por favor. - Emplorei.

- Isso só vai depender de você meu querido. - Falou Vinicius com um sorriso diabólico. - Diga que irá.

- Hey. O que se trata o assunto? - Falou Andressa digitando uma mensagem e mandando para Beatriz.

-" Não posso falar por mensagem. Podemos nos encontrar? "- Andressa leu a resposta assim que chegou. - Com certeza é pra falar que me viu na cama com Felipe.

Andressa acabou trocando mais algumas mensagem com Beatriz se passando por mim até terminar e me entregar o celular.

- Vocês vão se encontrar amanhã no parque às 15:30. - Falou Andressa revirando os olhos.

- Uma boa oportunidade. - Falou Vinícius.

- Pra que? Você não vai encostar um dedo nela seu desgraçado. - Rosnei.

- Olha como fala comigo garoto. - Gritou Vinicius me dando outro soco no estômago. - Não vou fazer nada com essa garota, não agora. Você vai encontrar essa menina e trata-lá com frieza. Se você contar a ela ou a qualquer pessoa da sua família que eu estou na cidade, eu mato você, essa garota aí e o resto da sua família.

- Não... - Sussurrei.

- Sim. - Falou ele se aproximando de mim. - Você vai fazer tudo que eu mandar, ou eu mato todos que você ama. - Sussurrou ele no meu ouvido. - Vamos filha. Amanhã será um longo dia. - Falou ele se recompondo.

- Claro. - Falou Andresa. - Até mais, amor. - Falou ela passando por mim jogando a aliança de noivado no chão.

- Amanhã irei voltar aqui para podermos conversar melhor. Não se atreva a abrir essa sua boca ou senão, pessoas que você ama vão morrer. - Falou Vinícius.

Fechei os olhos fortemente e só ouvi a porta se bater. Cai de joelhos no chão da sala, perdido, desnorteado. Sinti medo, medo de tentar procurar ajuda e acabar perdendo quem eu amo. Medo de magoar Beatriz. Como pude ser tão burro? O que eu devo fazer agora? Estou perdido, e pior, sozinho.

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Amoresss! ❤

Alguém esperava por isso? Nem eu!

Comentem!

Até o próximo !

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Maktub - 3 Livro de A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora