Capítulo 6

4.1K 278 22
                                    

Beatriz narrando...

Ficamos no clube por até das 19:40.

Pois é! Eu e meus amigos tínhamos muito que conversar e aproveitamos ao máximo o tempo que tínhamos para colocar a conversa em dia. E por um tempo não pensei em Otávio e nem em outros problemas. Não pensei nos sentimentos desconhecidos que ele me fazia sentir.

Eu estava com um ótimo bom humor. Enquanto voltava pra casa sozinha, tava altas gargalhadas ao me lembrar da ótima e bagunçada tarde que passei com meus amigos. Passei até vergonha! Uma velinha que passava pela rua me perguntou se estava bem ou se precisava de ajuda.

Quando cheguei na rua de casa, senti meu bom humor desaparecer. O carro de Otávio estava estacionando na calçada.

Não queria entrar, queria correr e me esconder. Queria correr para a casa dos meninos e chorar no ombro de Cauã. Não queria ver Otávio e nem começar a sentir coisas estúpidas.

Mas eu tinha que entrar, não tinha outra.

Suspirei e entrei.

Quando abri a porta de casa, vi Otávio e papai na sala.

- Calma. Vai dar tudo certo tio. - Falou Otávio passando a mão na costas de meu pai.

- O que vai da certo? - Perguntei preocupada.

- Filha...- Papai se levantou e veio me abraçar.

- O que está acontecendo pai? - Perguntei.

- Não é hora de conversar sobre isso. - Falou. - Vá para o seu quarto, troque de roupa e desça.

Olhei para Otávio que deu um leve aceno com a cabeça. Sabia que ele não iria me dizer nada agora.

Subi as escassas correndo. Tomei um banho rápido e fiquei pensando em papai. Nunca tinha visto ele tão preocupado e cansado ao mesmo tempo.

A única coisa que o fazia ficar tão preocupado era o seu trabalho. Então julguei ser esse o motivo de sua preocupação e tensão. Papai era policial e se dedicava ao seu trabalho ao extremo. Ele vivia aquele trabalho, o executava com muito amor e orgulho.

Vesti um short branco e uma regata florida. Não estava pensando em me arrumar. Estava preocupada demais com o meu pai par ficar pensando nessas coisas.

Desci as escadas e ouvi na sala a voz de meu tio Thomaz e minha tia Thay.

- Tios. - Corri até eles.

- Querida. - Tia Thay me abraçou. Seus olhos estavam vermelhos, ela tinha chorado.

- Alguém pode me contar o que está acontecendo aqui? - Perguntei a eles dois.

- Acho que não somos as pessoas ideias para falarmos disso. - Falou tio Thomaz. Ele parecia tenso e preocupado, o que deixava ele com aparência mais velha.

- Venham. Vamos nos sentar na mesa. - Falou mamãe e todos nós a seguimos.

Estávamos  todos sentados na mesa de jantar. Todos pareciam preocupados mas nenhum se deu ao trabalho de me contar o que estava acontecendo. O que mais me chamou a atenção foi que a tia Thay não parava de chorar do tio Thomaz tentava acalma-lá.

- Parem de me tratar como criança é me contem o que está acontecendo. - Falei a eles.

- Bom minha querida. - Papai começou. - Você sabe que eu prezo muito pelo meu trabalho e faria qualquer coisa pelo mesmo.

- Sim. - Falei. 

- Seu pai foi convocado, junto com outros polícias para uma missão em Chicago. - Falou minha mãe ao seu lado.

Maktub - 3 Livro de A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora