Capítulo 35

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Otávio narrando...

Acordei desnorteado com meu celular tocando. Atendi o mesmo e ouvi minha mãe preocupada no outro lado da linha.

- Filho? - Perguntou. - Beatriz está com você?

Um calafrio correu pelo meu corpo.

- Não. - Falei. - Acabei de chegar da faculdade.

- El- Ela... - Minha mãe chorava. - Ela desapareceu.

- Como assim desapareceu? - Perguntei nervoso. - Vocês procuraram ela?

- Claro. - Falou minha mãe. - Victória foi busca-lá na escola mas ela não tinha ido. Joana disse que ela passaria em sua casa para as duas irem juntas a aula mas ela não foi. Uma mulher que mora perto da casa de Joana disse que viu uma garota ser levada por um homem de carro, julgamos ser ela. - Minha mãe deu um suspiro pesado.

No momento em que minha mãe disse aquelas palavras meu coração se encheu de ódio mais ao mesmo tempo medo. Ódio, pois eu sabia quem a tinha sequestrado e medo de acontecer algo a ela.

- Eu vou traze-lá de volta. - Foi só isso que consegui dizer.

Desliguei o celular, me arrumei o mais rápido possível e fui em direção a casa de Andressa, ela deveria saber algo sobre isso já que ela era da mesma laia de seu pai.

Bati tão forte na porta que pensei que iria arrebentar. Em segundos a mesma de abriu revelando uma Andressa toda descabelada e com os olhos cheios de lágrimas.

- Onde ela está? - Falei entrando bruscamente em sua casa olhando ao redor a procura de Beatriz.

- Eu não sei... - Falou Andressa.

- Não brinca comigo. - Falei pegando forte em seus braços assustando a mesma. - Me diga onde seu pai levou ela.

- E-eu... - Ela começou a chorar.

- Anda!

- Tá. - Se soltou de mim. - Tem uma cabana na floresta, não fica muito longe da entrada, o caminho é de difícil acesso. - Falou ela procurando algo em sua mesa de centro.

- Como faço pra chegar lá? - Peguntei com pressa.

- Esse é o mapa da região. - Falou ela me mostrando um pequeno mapa. - Aqui fica a cabana. - Apontou para uma casa desenhada no mapa. - Esse caminho é o mais seguro você seguir, mas deixe o carro na estrada, se meu pai ouvir qualquer barulho ele é capaz de matar você.

- Eu vou levar isso. - Falei indo em direção a porta.

- Otávio. - Me chamou antes que eu saísse. Me virei para encara-lá. - Tomé cuidado.

Estranhei suas palavras mas algo em seus olhos me diziam ser verdadeiras. Acenei dando-lhe um sorriso sem mostrar os dentes e sai o mais de pressa possível.

No caminho chamei a polícia e dei as coordenadas dizendo onde Beatriz se encontrava, eles disseram que enviariam viaturas para o local.

Corri de carro pelas ruas sem me importar em ultrapassar outros carros em alta velocidade, não me importei em passar por sinais fechados e receber vários xingamentos de motoristas alheios. Só me importei em chegar naquela cabana, acabar com a raça aquele desgraçado e salvar a Beatriz.

A mata era fechada, úmida. Já estava escurecendo e tive que deixar meu carro da entrada da floresta e segui o caminho a pé. Tudo estava em completo silêncio, fui seguindo as coodenadas do mapa até que vi uma trilha que estava desenhada no mapa, ela dava para a casa.

Segui a trilha com dificuldade rezando para tudo dar certo e não ser mais uma armadilha, não sei por que confiei em Andressa mas senti necessidade disso. Não posso deixar Beatriz nas mãos daquele louco, tenho que ir atrás dele e salva-lá mesmo que isso custe minha vida...

Maktub - 3 Livro de A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora