Beatriz narrando...
Dias depois...
Tudo já havia se esclarecido, talvez quase tudo...
Eu tinha enfim saído do hospital, mamãe enfim tinha me contado toda a história do Vinicius e confesso que sentia meu corpo se arrepiar com cada palavra que minha mãe dizia. Meus tios me pediram perdão. E é claro que perdoei, eles são meus tios e mesmo eles me tratando com frieza às vezes não deixaram de ser especiais para mim. Tudo voltou ao normal com meus amigos e confesso que fazemos mais bagunça do que antes. E se vocês tiverem se perguntando de Otávio, bom, ele também me contou tudo, o porque foi tão rude comigo, o porque de me dizer todas aquelas palavras e tudo mais. Admito que quando ele me contava tudo, só sabia chorar, era muita coisa e informação pra processar, senti raiva de Andressa, muita raiva, mas depois tudo passou. Eu também ficaria desnorteada se tivesse minha família "destruida". Em falar da mesma, minha tia me contou que dês do dia em que eu fui sequestrada ela não deu notícias, simplesmente sumiu e os meninos, Cauã e Pedro me disseram que seu irmão também havia sumido...
Voltando ao Otávio, a gente se acertou, ele me pediu mil e umas desculpas mas andamos afastado ainda. Não aconteceu nada entre a gente nesse meio tempo, isso fazia meu coração se afundar mais ainda. Pensei que depois de tudo nos dois podíamos enfim tentar algo juntos mas ele simplesmente pediu um tempo pra pensar. Tudo bem, eu o entendo mais meu coração se aperta cada vez que me lembro dele, do seu sorriso, risada, dos beijos...
- Filha? - Minha mãe me chama estralando os dedos.
- Sim. - falo voltando para a terra.
- Tem visita pra você. - Falou ela indo para o lado me dando espaço para ver o ser que estava na porta do meu quarto. Otávio.
Meu coração pulou de alegria ao ver seus olhos em mim. Queria correr até ele e pular em sua colo, mas graças a uma perna quebrada e uma mãe muito chata e mandona, não posso sair da cama e ficar fazendo estripulias por aí.
- Oi. - Falou ele sorrindo.
- Oi. - Respondi.
- Vou deixar vocês a sós. - Falou minha mãe me dando um beijo na bochecha. - Se comportem. - Falou olhando para Otávio que abaixou a cabeça envergonhado e saiu fechando a porta atrás de si.
- O que veio fazer aqui? - Perguntei.
- Vim te entregar isso. - Falou e aí que fui perceber o lindo buquê em suas mãos.
Eles era enorme, era na mistura de rosas vermelhas com rosas brancas.
- É lindo. - Falei quando Otávio se aproximou de mim me entregando o buquê.
- Sei que rosas brancas são suas preferidas mas não quis deixar o buquê sem vida, então misturei com as vermelhas. - Falou ele se sentando na cama.
- Deu uma linda mistura. - Falei olhando para ele. - É lindo, obrigada.
- Não é nada comparado com o que você merece. - Falou sério.
- Otávio... - Comecei mas fui interrompida.
- Deixa eu falar primeiro. - Pediu e eu acenti. - Eu sei que já te pedi desculpas por tudo que lhe fiz, por tudo que te fiz chorar, mas parece que a culpa não passa. Por isso quis me afastar de você um pouco depois disso tudo, quis dar um tempo pra mim. Mas nada adianta, você parece que tem um imã que sempre me atrai pra você, penso em você, no seu sorriso a cada minuto e percebi que estar longe de você é pior coisa do mundo, longe de você é como se o meu mundo não tivesse cor, não tivesse vida. - Seus olhos brilhavam. - Eu não sei se você vai querer depois de tudo que eu fiz você passar, mas não posso mais passar um dia da minha vida sem ter você nela, sem ter o teu brilho pra me dar a direção certa a seguir... - Ele respirou fundo e se ajoelhou na beirada da cama tirando do bolso da sua calça jeans uma pequena caixinha de veludo vermelha. - Apesar tu todo que fiz você passar, você aceita ser minha? Minha namorada?
Ele abriu a pequena caixinha revelando um lindo e delicado anel. Meus olhos imediatamente se encheram de lágrimas. As vezes de noite deitada na minha cama imaginava esse momento mas nunca pensei que se realizaria. Mas aqui está.
- Aceito. - Falei em sussurro sorrindo em meios às lágrimas.
O sorriso de Otávio não podia ser maior. Com delicadeza ele colocou o anel e meu dedo e beijou o mesmo me fazendo arrepiar.
- Jura ser minha? Independente do que aconteça? - Me perguntou encostando sua testa na minha.
- Prometo. - Falei em sussurro. - Promete não me deixar?
- Prometo. - Falou em sussurro. - Fique com tanto medo de perder você naquele dia, você não tem ideia do quanto te ver caída naquele chão me atordoou.
- Shh... - Coloquei meu dedo delicadamente em seus lábios fazendo ele parar. - Você não me perdeu, estou aqui, com você. - Sorri.
- Agora não há nada que me impeça de te beijar. - Falou ele com a respiração irregular.
- Não mesmo. - Sorri.
Nossas respiração estavam juntas, o único barulho que se ouvia era de nossos corações batendo forte. Otávio se aproximou mais de mais acabando de ver com o pequeno espaço que havia entre nós.
Nossos lábios se encontraram e seguimos um ritmo calmo. Dessa vez não havia nada que nos impedisse, agora, eram os livres. Eu e ele.
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Penúltimo capítulo!!!! Naaaaaao.
Comentem e até o próximo. ❤❤❤
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Maktub - 3 Livro de A Baixinha E O PlayBoy
RomanceA continuidade irá contar a história de amor de Otávio, filho de Thomaz com Thay, e a filha de Vic com Carlos, seu marido. Otávio, um garoto dono de uma beleza surreal, popular e apaixonado por teatro. Beatriz, uma garota doce, na dela e apaixonad...