Ao ouvir aquelas palavras, olhei para o soldado que já me olhava aflito.
Saímos correndo sem pensar em nada, as árvores sem folhas arranhavam meus braços e rasgavam minha calça.
Mas era preciso, ou morreriamos ali, eles estavam atrás de nós apenas para nos matar.
Minha perna ardia, o sangue já começava a escorrer, corria do jeito que podia. Não sabia de onde tirava forças ainda.
Ouvia passos atrás de nós, eram eles! Vão nos pegar! Pelos passos não pareciam estar tão longe.
Até que uma hora ouvi um estrondo ao meu lado, o soldado caiu, tropeçou em algo. Parei um pouco a frente com intenção de ajuda-lo. Mas ele gritou:
- Corra! Não olhe para trás!
Ouvi passos... mais perto, mais perto...
Sai correndo novamente, não olhei para trás, apenas escutei três tiros.
Já não aguentava mais, tudo doía, minha perna sangrava muito e a falta de ar em meus pulmões me fazia correr mais devagar.
Parei um pouco encostando numa árvore e sentando no chão, tentei normalizar minha respiração, mas foi em vão. Meus braços ardiam com os arranhões que já viravam cortes grandes.
Nem sabia onde estava, deveria estar no meio daquela floresta ainda. Mas sei onde ela vai dá. Na cidade! Tenho que continuar.
Levantei com uma dificuldade imensa, amarrei melhor o pano em minha perna e começei a andar.
Não ouvia mais passos. Onde será que eles estão? Será que decidiram desistir de me achar? Espero!
Pensava em Naama... não posso morrer... por ela! Tenho que voltar.
Corri um pouco bem devagar, até que consegui sair da mata, saí numa rua que parecia estar deserta. Andei mais um pouco até chegar em uma rua que parecia mais movimentada.
Vi alguns soldados aglomerados no fim da rua e fui até eles.
- Podem me ajudar?
Eles me olharam e dois vieram ao meu encontro, pegaram uma água e uma cadeira para mim. Sentei e bebi.
- Pensei que todos estivessem mortos. - O soldado que me ajudou falou.
- Fui o único que sobrevivi.
- Vamos te levar a um médico. Mas você não pode mais continuar aqui, vai ter que ir para sua casa se recuperar. Isso na sua perna foi um tiro? - Outro soldado falou.
- Sim. - Respondi olhando para o lugar todo sujo de sangue.
- Então você só poderá ir para casa daqui uns dois dias.
- É- Respondi.
- Agora vamos.
Eles me ajudaram a subir no carro e me levaram.
Joseph OFF.Naama ON :
1 dia depois...Já faz muitos dias que Joseph saiu daqui, a cada noite minha preocupação aumenta. Ele tem que voltar para mim!
Fiz uma janta rápida, comi e me sentei um pouco na sala perto da lareira, hoje estava bem frio.
Será que ele está bem? ... A pergunta que sempre rondava minha cabeça. Ele tem que estar!
Me assustei ao ouvir batidas na porta.
Quem será?
Meu Deus!Olhei para os lados e a única coisa que pensei foi me enfiar atrás da cortina, o pano dela era grosso e um pouco escuro, talvez ninguém me visse, talvez...
Após alguns minutos a pessoa ainda continuava batendo com insistência.
Que sorte a minha! Essa porta nunca mais foi aberta depois que Joseph saiu. Não ousaria fazer isso.
Minhas mãos estavam suando, aquelas batidas não paravam! Meu Deus! Quem será?
Depois de algum tempo as batidas pararam e veio um barulho maior, arrombaram a porta!
Meu coração já estava acelerado demais, segurava as cortinas com muito medo.
Não acredito! É ela! ?
Addie!
Ela entrou na sala caindo... parecia estar bem bêbada. Em sua mão havia uma garrafa de bebida, na outra mão tinha algo de ferro. Deve ser com aquilo que ela conseguiu arrombar a porta.
Addie se sentou no sofá onde eu estava antes e observava a lareira com atenção.
- Você será meu novamente Joseph! - Ela falou baixo - Será meu ou de mais ninguém!
Ela bebeu alguns goles do líquido na garrafa e deitou no sofá! Ficando de costas para mim.
- Vou descobrir qual vadia te tirou de mim Joseph, e vou matá-la. - Aquelas palavras me deu um calafrio.
E agora? Joseph tem que voltar logo! Não posso ficar com essa mulher aqui!
Depois disso ela não falou mais nada, conclui que aquela bêbada havia dormido. Esperei mais alguns minutos para ter certeza.
Sai de trás da cortina devagar e sem nenhum tipo de barulho, olhei por cima do sofá, e vi que ela realmente dormia.
Fui indo em direção ao quarto bem devagar, abri a porta passei por ela e a tranquei. Ela não poderia vir para cá amanhã!
Deitei na cama e só consegui dormir muito tempo depois.
Acordei com saltos andando pela casa, aquilo era irritante. Levantei devagar e fui escovar meus dentes.
Coloquei qualquer roupa e fiquei ali. Não podia sair, ou aquela mulher iria me descobrir.
O barulho dos saltos pareciam mais perto, uma porta foi aberta, aposto que é a do Joseph!
Após isso, outra porta foi aberta... mais perto.O que ela quer aqui?
Ela não pode saber que essa porta está trancada! ...A maçaneta gira, trancada.
- Vou ter que abrir essa aqui! - Ela diz e se afasta.
Pessoas ♥ me desculpem pela demora do Cap...
Demorei pois fiz o Enem e minha escola integral não ajuda kk
Mas não irá mais acontecer, vou postar como antes! Bem rápido. Bjos e obrigada ♡
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Me apaixonei pelo brilho da Morte
RomanceEu?? Uma judia no meio da Alemanha! Em plena segunda guerra mundial. Se vou morrer?? Não sei. Talvez. Mas farei o possível para que isso não aconteça. Se tenho família?? Tinha, até eles serem capturados pelas tropas de Hitler, e provavelmente fora...