Bubbles

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Michael e Elizabeth acabaram de acordar e logo trataram de por o papo em dia. A tarde já se estendia e Lápis não descera nem ao menos para tomar café da manhã, não demorou muito para ambos
comentarem sobre ela na sala de estar.

- Então como ela é?

- Cabelos ruivos, vestes de....

- Isso eu sei, eu quis dizer sobre o comportamento! Alguém acreditou que ela era mesmo minha prima? - Interrompeu Michael dando uma mordiscada num dos bolinhos.

- Ah claro, mas não lembro de ter lhe comentando sobre sua aparência.

- Eu a vi ontem de noite.

- Como? - Disse Elizabeth sem entender.

- Como lhe disse cheguei de madrugada! E foi ai que vi ela.

- Talvez a parte do "E foi ai que eu vi ela" você esqueceu de comentar.

- Desculpe, aconteceu tantas coisas que eu até me esqueci desse acaso.

- Sei... esqueceu.

Michael então lhe contou toda história e foi compelido a ver se a Lápis estava bem.

Chegou no quarto dela, bateu três vezes na porta e a abriu em um ângulo que seus olhos puderam vê-la sentada na beira da varanda observando o rancho, se encantou pelo jeito sereno de como ela estava, quando já ia fechar a porta ouviu.

- É lindo né. - Disse Lápis sem sequer olhar para o Michael.

- Fui descoberto. - sorriu e logo retrocedeu e entrou no quarto.

- O que? Ah sim, é lindo, já andou em algum dos brinquedos?

- Ainda não. - Disse colocando um pouco de cabelo atrás da orelha direita.

- Gostaria? - Disse sentando-se na varanda ao lado de Lápis.

- Claro - Respondeu animada - O trenzinho está me chamando desde a hora que eu cheguei.

- Ele também é um dos meus preferidos. - Disse Michael risonho - Vamos até lá agora.

- Agora? - perguntou ela surpresa

- Claro!

Para o susto do Michael Lápis deu um pulo da varanda ao chão. Sem entender correu para varanda descendo os lances da escada mais rápido do que já fizera em toda sua vida. Chegou com rapidez lá fora, e a encontrou intacta.

- Mas... mas eu a vi cair da varanda
- Disse Michael ofegante colocando suas mãos nos joelhos.

- Ah Isso? Eu não cai eu pulei! Eu sei voar.

- Nossa.

- É difícil de explicar, mas eu tenho alguns poderes, isso é estranho pra vocês, mas somos criadas geneticamente para acabar com coisas ruins lá fora.

- Ual.

- Vamos aos brinquedos? - Disse Lápis quebrando o silêncio.

Brincaram o dia todo, como se fossem duas crianças ou melhor primos distantes que quando se encontram não se desgrudam. Michael lhe mostrou às bexigas com água, e ela o mostrou que poderia pegar todas e tacar nele sem as mãos, era risadas sobre risadas. Michael tentou erguer uma bexiga com a mente também, óbvio que foi em vão, de recompensa ganhou um balde cheio de água na cabeça.

O sol já estava dando lugar para lua, e o que era um vento de uma leve brisa virou geada para eles, ambos entraram encharcados com roupão de banho para a casa.

- Mas já aprontaram em... Michael querido já vou embora. - Disse Liz com algumas malas pequenas.

- Aaaah - Disse ele em protesto.

Elizabeth deu lhe um beijo na bochecha e foi se despedir de Lápis.

- Cuide bem dele mocinha, foi um prazer te conhecer. - Deu lhe um abraço.

- Com certeza! - Disse lápis determinada.

Restaram só os dois na cozinha, e foram ambos aos quartos que era um na frente do outro. Quando chegaram na porta se entre olharam.

- Eu tive um dia legal obrigada Michael. - Disse ela sorrindo.

- Eu que agradeço - Disse ele com um sorriso tímido.

- É então eu vou agora.

- É eu também.

Sorriram e fecharam a porta, Lápis lembrou das palavras que lhe disseram "Michael é o melhor patrão que alguém pode ter" tomou banho e foi dormi apesar de muito divertida a brincadeira fora bem cansativa.

Acordar todas madrugada virou rotina, ela mais uma noite levantou-se para beber água, quando já ia subir a escada viu um pequeno chimpanzé andando de um lado para o outro, e decidiu o acalmar.

- Oi amiguinho, ta perdido aqui dentro? É muito grande essa casa né, confesso que as primeiras vezes eu quase me perdi também. Ta com fome?

Nessa mesma hora em que ela brincava com o chimpanzé, o Michael os vê

- Ele não está com fome, ele só estava me esperando.

- Ah sim, ele tem nome?

- Sim é o Bubbles, acho que ele gostou de você!

- Bubbles?! que nome engraçadinho, quando eu era criança eu queria ter um desses de estimação, eles são tão inteligentes.

- Sério e por que não teve?

- Sabe, as pessoas...

- Pensam que isso é loucura. - completou Michael um tom triste

- É, eu iria falar que as pessoas com quem eu moro não permitem animais.
- Por que?

- A gente não tem tempo para esse tipo de coisas segundo eles - Disse com lágrimas no rosto porém com um sorriso - Que besteira né, pareço uma idiota.

- Não parece, vejo idiotas o tempo todo, e você esta longe disso.

- Obrigada Michael!

Conversaram um pouco mais sobre ambas as infâncias e foram dormi, cada um em seu próprio quarto.

Meu amigo Michael JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora