Capítulo II - Ela Vai Ficar Bem?

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Olá pessoal!!!!
Mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem!!!!
Boa leitura!!!>.<

POV: Edward

Eu estava desesperado. Por mais que eu dissesse que começaria a trabalhar neste lugar a partir de hoje, não permitiram a minha entrada no quarto daquela completa desconhecida, que por acaso - ou destino - acabara de salvar minha vida. Eu não menti quando disse que trabalharia aqui a partir de hoje. Meu pai acha muito importante eu começar a exercer minha área mais cedo, pois assim posso ganhar um pouco mais de experiência profissional.
Chegando no hospital, quis logo que atendessem a moça,então pedi que chamassem meu pai, mas fui informado que ele ainda não havia chegado, então tive de quase implorar para lhe atenderem, por sorte um amigo do meu pai estava de plantão médico, e se proliferou para ajudar.
-Edward?! - chamou-me o Dr. Chris Hanson.
-Ah, olá Dr. Hanson. Como vai? - lhe cumprimentei, mas acho que ele pôde perceber o nervosismo em minha voz.
- Aconteceu alguma coisa? Pensei que seu turno seria somente a tarde. - me disse com uma expressão confusa nos olhos.
- Sim Dr. Hanson, meu turno é apenas a tarde. - disse coçando a cabeça.
- E então? O que faz aqui?
- Bem Dr., uma amiga minha sofreu um acidente e eu preciso da sua ajuda. Meu pai ainda não chegou...
Eu estava muito nervoso, então disparei a falar para que o Dr. Hanson pudesse tentar me entender, o que acho que não deu certo.
- Não entendi muito bem, Edward. - disse Dr. Hanson esfregando os olhos após retirar os óculos. - Mas vamos fazer assim... - disse fazendo uma pequena pausa - eu a atendo e depois você me conta isso direito, está bem? - disse-me o Dr. estendendo a mão.
- Tudo bem Dr. Apenas a ajude, por favor. - eu disse retribuindo o aperto de mão.
- Então, onde ela está? - perguntou o Dr. com um pouco de pressa.
- Dentro do coche, Dr. Hanson. - eu disse já o conduzindo até lá.
Andamos até o lado de fora do hospital. E chegando lá dou de cara com Antony, que está acordado desde o caminho até aqui. Ele não demorou muito para acordar, então pedi para que ficasse aqui fora cuidando da garota.
- Ela está ali dentro Dr. - disse quando chegamos no coche.
- Certo. - disse o Dr. Hanson se dirigindo até lá.
Enquanto isso fui conversar com Antony pra ter certeza se ele estava realmente bem.
- Então, Antony tem certeza de que está tudo bem? Você ficou um tempo desacordado. - eu disse batendo em seus ombros.
- Tenho sim senhor Cullen. Estou pronto pra outra. - disse com um toque de humor na voz. Nós rimos, e ele retribuiu uma leve batida em meu ombros também.
- Mesmo assim quero que vá para casa, não se preocupe não vou à faculdade hoje, então não vou precisar de seus serviços.
- Obrigado senhor Cullen. Se precisar de algo é só mandar me chamar que venho correndo.
- De nada. Então descanse viu.
- Tá bem senhor. Mais uma vez, obrigado.
E assim que terminei de me despedir de Antony, ouço o Dr. Hanson me chamar de dentro do coche.
- Edward você pode levar sua amiga lá pra dentro, enquanto peço para alguém preparar um quarto? - disse o Dr. ajeitando seus óculos.
- Sim, claro. - eu disse com um pouco de incerteza na voz.
Enquanto a pegava no colo, lembrei-me de sua expressão ao ver que eu estava bem. Será que ela sentiu alívio? Alegria? Ou, até mesmo, felicidade?
Me pergunto o que se passou em sua mente naquele instante.
Enquanto a levava para dentro, reparei em suas feições. Como podia existir um ser tão bonito no mundo? Tão perfeito?
Ela era branca, mais para o tom pálido, tinha bochechas rosadas e lábios avermelhados, cabelos castanho escuro lisos, porém com cachos nas pontas, e era dona dos olhos, na cor chocolate, mais lindos que já vi.
Eu podia até parecer louco, mas eu estava andando e conversando com aquela estranha. o resto que se dane, as opiniões alheias não me interessa.
- Você salvou a minha vida. E eu vou ser eternamente grato a você. - disse sussurrando em seu ouvido. - Eu não sei se a verei novamente, não sei se poderei agradecê-la devidamente, mas se não o fizer hoje, nem que demore um milhão de anos, eu olharei em seus olhos e farei o que é certo.
Nesta última frase eu estava tão perto de seus lábios que por impulso quase os beijei, ou seja, quase cometi uma loucura. Como eu posso pensar em fazer isso, quando ela está nessa situação?
Eu a deixei em um quarto onde havia tudo o que ela precisaria. Infelizmente o Dr. Hanson me pediu que fosse para fora, para ele cuidar dela. Já do lado de fora e andando de um lado para outro, ouço alguém me chamar.
- O senhor é Edward Cullen? - perguntou-me uma moça loira, alta cabelos cacheados nas pontas e olhos azuis.
- Sim, sou eu. - eu disse não querendo aparentar meu nervosismo.
- O senhor é filho do Dr. Cullen e responsável pela moça que deu entrada no hospital mais cedo? - perguntou a moça de olhos claros.
- Sim. Por que algum problema? - perguntei já dando sinais de preocupação.
- Não senhor. É que eu gostaria que o senhor pudesse me acompanhar, para que eu possa fazer a ficha daquela moça. Será que o senhor me daria a honra?
Nesta última pergunta, não pude responder de imediato, pois ao olhar em seus olhos, vi um toque de malícia naquilo que acaba de dizer, mas o que importa não é o fato dessa recepcionista estar tentando algo ou não, o importante é a garota desconhecida. Então, eu apenas disse:
- Sim, claro. Vamos.
No caminho até lá, decidi olhar o mínimo possível para a recepcionista, que até então eu não sabia o nome.
Enquanto andava pelos corredores do hospital, percebi com o que eu teria de conviver todos os dias, naquele lugar havia de tudo, até mesmo crianças internadas e que, talvez, tivesse até uma doença em estado terminal. A princípio, pensei que desistiria se tivesse que encarar essa situação, mas de repente percebi que é isso o que quero para minha vida. "Cuidar das pessoas, isso me faz feliz", meu pai vivia me dizendo isso, acho que agora eu imagino o porquê.
De repente me veio a mente o olhar daquela completa estranha, a lágrima que vi escorrer de seus olhos, faz com que eu me questione do porquê dela ter salvo alguém que ela nunca viu na vida. Mas, o mais estranho, é o fato do meu coração se acelerar quando penso nela, mas ele se aperta com a possibilidade de que ela não fique bem, ou, talvez, com o fato de que eu possa nunca mais vê-la.
Fui tirado de meus desvaneios com uma voz feminina a me chamar.
- Senhor Cullen?! - chamou-me a voz feminina.
- Hã... Sim senhorita?! - olhei em sua direção.
- O senhor está bem? Parece distante.
- Sim estou bem. Obrigado. - sorri para ela educadamente, ela retribuiu, mas senti que estava me analisando.
- Então, como eu dizia... eu sei o nome do senhor, mas o senhor não me perguntou qual o meu. - nesta hora eu analisei tudo desde o início, e realmente, eu não havia lhe perguntado o seu nome.
- Perdão senhorita. Deixe-me começar de novo então. Meu nome é Edward Cullen, poderia me dizer o seu nome?
- Sim, claro. Meu nome é Meredith. Muito prazer. - neste momento ela me ofereceu sua mão, para que eu pudesse cumprimentá-la, eu a peguei apenas por educação, mas não lhe pareceu o suficiente, pois a mesma disse:
- Sabe senhor Cullen, quando uma dama lhe estende a mão, mesmo que por cumprimento, ela espera no mínimo, que um beijo seja lhe dado no dorço da mão. E eu acabei de lhe dizer o meu nome, então pode me chamar de Meredith, deixe as formalidades de lado- disse-me levantando uma sobrancelha e rindo maliciosamente.
Eu fiquei estático por uns segundos, não sabia o que responder, mas mesmo sem conhecê-la, não quis magoá-la.
- Mil perdões senhorita - fiz questão de deixar bem evidente essa palavra para ela - acabamos de nos conhecer, então não vamos distorcer as coisas, fico grato por saber seu nome, que por sinal é muito lindo, mas prefiro as formalidades. - dessa vez não esbocei nenhum sorriso, queria lhe deixar claro que não havia a mínima possibilidade dela ter esperanças em relação a "nós".
- Tudo bem senhor Cullen. - pude perceber um pouco de irritação em sua voz. Mas isso ainda não foi o suficiente para que a mesma não continuasse a insistir - O senhor ainda não bejou-me a mão. - dessa vez ela estava séria e com uma sobrancelha arqueada ao mesmo tempo. Mas isso não me intimidou. Eu apenas lhe respondi:
- Foi um prazer conhecê-la também, senhorita. Mas lamento decepcioná-la, isso é tudo o que a senhorita terá de mim. Agora se me der licença. Tenho que cuidar de uma pessoa. - disse lhe dando as costas e deixando-a para trás.
Enquanto caminhava, percebi que não sabia nada sobre aquela garota, sabia apenas que era corajosa o suficiente para salvar a vida de quem não conhece. Então, como eu poderia fazer a sua ficha aqui neste lugar, se não sei nem o seu nome?
Quando cheguei na recepção, dei graças a Deus por ver meu pai adentrar aquele lugar, talvez ele possa me ajudar.
- Pai! - chamei a sua atenção para mim.
- Edward?! - disse o meu pai com espanto na voz. - O que faz aqui? Não deveria estar na faculdade? - questionou-me meu pai.
- Sim pai, mas é uma longa história. Agora eu preciso da sua ajuda. - lhe disse com uma preocupação na voz.
- Por que? Está sentindo algo? - agora quem estava preocupado era ele.
- Não pai. É uma pessoa que conheci. Eu a trouxe pra cá e não tenho notícias dela, então eu preciso da sua ajuda. - eu falei tão rápido que acho que nem me entendeu direito.
- Calma Edward! Me explica essa história direito. Quem é essa pessoa? - perguntou meu pai realmente confuso.
- Bem... Não sei quem é ela... apenas sei que a trouxe pra cá...
Eu tentei de várias formas buscar as palavras corretas para que meu pai pudesse me entender, mas ele parecia ainda mais confuso do que antes.
- Não entendo Edward. Como você traz alguém que não conhece pra cá? - perguntou meu pai preocupado.
- Pai não temos tempo pra isso agora no caminho para o quarto eu te explico. Mas agora entra lá e me diz se ela tá bem, pelo amor de Deus! - meu pai me olhou preocupado, principalmente quando ele viu o quanto eu estava preocupado também.
No caminho para o quarto, contei tudo ao meu pai, agora ele podia entender o motivo da minha preocupação.
- E quanto ao Antony, Edward?
- Eu o mandei ir para casa. Ele disse que está bem, mas eu achei melhor dar o dia de folga a ele.
- Fez muito bem. - disse dando leves batidas em meus ombros.
- Mas eu ainda adoraria entender como essa moça pôde fazer isso por você. Se você mesmo me disse que não a conhece. - disse meu pai quando chegamos à porta do quarto.
- Eu também não sei pai... - disse refletindo sobre isso também.
Por alguns segundos meu pai e eu ficamos em silêncio, talvez estivéssemos refletindo sobre isso, mas o mesmo foi cortado com as palavras de meu pai:
- Você sabe que Ninguém faz isso de graça não é meu filho? A não ser que seja por amor. - disse meu pai olhando em meus olhos.
- Eu sei pai. - disse concordando com ele.
- Você sabe que terá de agradecê-la quando acordar, não é? - perguntou meu pai com cautela.
- Sim pai. Eu sei.
- Então tudo bem. - disse meu pai dando leves batidas em meu ombro e adentrando o quarto.
Quando vi meu pai entrar naquele lugar, quase implorei para ir também, mas me mantive aqui por confiar demais nele.
Havia um banco perto do quarto, então aproveitei que não sentei, nem por um minuto, desde que cheguei e fui em sua direção. Mas quando fiz menção de sentar, ouço meu pai chamar o meu nome.
- Edward?!
Senti um arrepio assim que o ouço, mas me viro no mesmo instante apenas para saber do que se trata.
- Ela tá bem? Ela...? - não consegui completar a frase com medo de tirar conclusões precipitadas.
- Calma. Ela te chamou. - disse meu pai me olhando nos olhos.
Eu não podia acreditar. " Ela te chamou". Será que isso significa que ela está bem? Que está fora de perigo?
Uma parte dentro de mim dizia para entrar neste quarto a qualquer custo, mas outra tinha medo do que podia encontrar, tinha medo do que podia ouvir, mas seja lá o que for eu devia entrar lá. E agradecer a minha heroína por ter salvo a minha vida, mesmo que eu não merecesse.
Meu pai apenas abriu um pouco mais a porta para mim dizendo:
- Vou deixar vocês a sós, para que possam conversar. - vi que seu olhar se dirigiu, por milésimos de segundos, à garota estranha, para apenas depois a mim.
Eu ainda não a havia visto desde que chegamos aqui, eu tinha medo do que poderia ver. Mas respirei fundo, criei coragem e dirigi o meu olhar em sua direção...


CONTINUA...


Bom pessoal é isso!!!
Espero que tenham gostado!!!
Se tiverem dúvidas ou queiram deixar algum recado é só comentar, ok?!
Obrigada e até o próximo capítulo!!! >.<

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