Capítulo XIX - Noite Feliz?

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Olá pessoal, tudo bem? :D
Bom, nem preciso dizer do capítulo de hoje, né?
Ele está bombástico, triste e emocionante do início ao fim :'(
Dica: Treta entre Edward, Bella e Jacob...
P.S: Chorei rios para produzir este capítulo :'(
Bom, sem mais delongas, boa leitura...

POV Jacob

Minha cabeça está completamente confusa. Eu não sei o porquê de eu ter beijado a Bella naquele momento. Só me lembro de ficar olhando para seus lábios fixamente e imaginá-los junto aos meus.
Bella ficou relutante por um tempo, não sei porque, mas seu corpo não queria aceitar meus lábios junto aos seus e, muito menos, o toque de minhas mãos em sua pele. Por isso, acho que coloquei um pouco de muita força, para continuar a beijando.
Bella ficou muito brava comigo e isso fez com que minha culpa caísse ainda mais sobre mim. Ela não queria conversar e eu não sabia o que dizer a ela para fazê-la entender o que me levou a fazer isso. Mas ela estava irredutível. E eu só não esperava que o Cullen fosse se intrometer em nossa conversa.
Aquele "filhinho de papai " estava querendo se mostrar forte, na frente de Bella. Eu sei que ele só queria aparecer na frente dela. E, como eu já sabia, ele a ama. Estava perceptível em seu rosto, quando Bella e eu o vimos após o beijo.
Eu o desafiei o tempo todo. Eu queria mostrar à Bella, que ele não é esse "poço de tranquilidade" que ele quer transparecer a ela. Mas, para minha surpresa, ele se controlou até o último minuto.
Mas algo me deixou bastante curioso. Durante nossa "discussão" percebi que de repente começou a tocar uma música. No exato momento em que a mesma começou, o corpo de Bella se tornou rígido. E ela jamais ficou assim por causa de uma música qualquer.
Bella deve ter sentido que o Cullen estava possesso de raiva e segurou em sua mão. Naquele momento eu queria que ela o soltasse. Mas decidi não fazer nada. Eu preciso que Bella se acalme para que eu possa conversar com ela. Por isso, não quis discutir quando ela se foi com o Cullen.
Ele a levou para um canto afastado de todos os convidados e, a partir de um ponto, já não se era mais possível vê-los.
Olho ao meu redor e percebo que há algumas pessoas a me olharem curiosas. Neste caso são: a família inteira de Bella e a família do mimadinho Cullen.
Eu fico imóvel, no mesmo lugar e vejo toda a família de Bella se aproximar de mim.
- Jacob, o que houve? - pergunta Charlie.
- Nada. - respondo de forma rude.
- Como assim "nada "? - pergunta a mãe de Bella confusa.
Minha cabeça estava explodindo. Neste momento eu me lembro do meu beijo em Bella, de seu rosto esboçando raiva, das palavras do Cullen tentando aparecer...
Olho ao meu redor e a primeira coisa que encontro à minha frente, é uma mesa com um arranjo em flores brancas. Para controlar um pouco de minha raiva, dou um forte chute na perna da mesa.
Vejo o rosto cheio de espanto da família de Bella e saio de perto deles no mesmo instante.
- Deixe ele. - diz Charlie antes de eu sair de lá.
Minha cabeça estava a mil. Minhas pernas andavam meio que no automático. Tudo o que sei, é que consegui parar no que me parecia um pequeno bar, dentro da casa dos Cullens.
Paro de frente com o balcão e me sento de frente com a pessoa que trabalhava naquele recinto.
Essa pessoa me parece ser um tanto quanto frágil demais para ser um homem. Seus braços são finos e franzinos e sua pele tão macia quanto seda. Seus cabelos estão escondidos por debaixo de um lenço branco e sei que são pretos e lisos, devido alguns fios que saem de tal lenço. Ela tem uma silhueta bem definida e bastante perceptível. Só depois de mais observações, é que percebo que realmente é uma mulher, ao vê-la com um simples vestido azul claro e um avental na mesma cor que seu lenço.
Ela se vira para mim e não parece espantada ao me ver sentado à sua frente. Me direciona um lindo sorriso e diz:
- O que vai querer?
Sua voz é doce e firme ao mesmo tempo. Seu rosto me transparece calma e tristeza. E seus olhos me parecem ser misteriosos.
- Qualquer coisa forte. - digo voltando a mim.
- Certo. - diz.
Ela se abaixa e pega alguma bebida na cor vermelha e deposita em uma taça no balcão à minha frente.
- Obrigado. - digo olhando para a bebida, a mexendo de um lado para o outro.
Vi quando ela ia guardar a bebida e seguro em seu braço. Ela me olha surpreso e eu digo:
- Pode deixar a bebida sobre o balcão. Só isso aqui não é o suficiente para me fazer esquecer essa noite. - digo e bebo toda a bebida da taça em um só gole.
Ela me olha, não surpresa, mas como se estivesse a me analisar. Solta à bebida no balcão e eu solto seu braço, percebendo que o deixei um pouco vermelho.
- Desculpe. - Digo olhando para o seu braço.
Ela também olha para seu braço e esconde a mancha em vermelho do mesmo e diz:
- Isso não é nada. - Diz tentando me deixar mais tranquilo - Que noite, hein? - Diz arqueando uma sobrancelha, mudando de assunto.
Eu achava que iria me sentar aqui e ficar sozinho pelo resto da noite. Mas fico feliz de ver que tenho com quem conversar por um tempo.
- Pois é. - digo colocando mais um pouco da bebida na taça. Só que muito mais do que ela colocou antes.
Ela olha para a taça cheia e tenta pegar a garrafa de minha mão. Deixo minha mão mais rígida, mostrando que não quero que ela leve a bebida e ela diz:
- Deixa que eu te sirvo.
Não sei porque, mas seu olhar me transparece calma e verdade. Aos poucos vou soltando a garrafa e ela me direciona um sorriso.
- Então... Já que não pretendo ir embora tão cedo, - digo dando uma pausa - e você vai me servir o tempo todo. Por que não me diz o seu nome? - pergunto sorrindo para ela.
Ela levanta uma sobrancelha para mim e sorri, dizendo:
- Por que não me diz o seu primeiro? - pergunta rindo torto para mim.
Eu a olho surpreso e sorrio com a sua esperteza. São raras as pessoas que me surpreendem na vida.
- Jacob Black. - Digo olhando em seus olhos.
Ela me direciona um sorriso também e diz:
- Black? - pergunta e faço uma afirmação com a cabeça - Posso te sequestrar, sabia? - pergunta e a olho confuso - Você é filho de gente importante. - diz respondendo à sua própria pergunta - Posso ficar rica com isso. - Diz sussurrando em meu ouvido.
Não aguento segurar e um riso alto escapa de minha boca. Esta garota, além de linda e misteriosa, tem um ótimo senso de humor.
- Meus pais são. Eu não. - digo tomando um gole de minha bebida - Não vai me dizer o seu nome? - pergunto olhando em seus olhos. Ela faz uma afirmação com a cabeça e diz:
- Leah. Leah Clearwater. - diz completando.
Leah Clearwater. Combina muito bem com ela.
Estávamos em silêncio, enquanto eu bebia da bebida na garrafa que Leah me deu, e de repente ouço aquela música de novo. A música que me intrigou a noite toda.
- Qual o problema com essa música? - pergunto mal humorado.
Leah me olha surpreso e diz:
- Por quê? Não gosta? - pergunta pegando a garrafa e enche minha taça, que estava vazia.
- Não, não é isso. É complicado. - digo tomando mais um gole da bebida.
- É. Eu sei. - diz.
Leah é uma moça instigante. Como eu mesmo havia dito: ela é uma garota misteriosa. E isso me faz querer saber mais sobre ela.
- Você não é muito de beber, não é Jacob? - pergunta de repente.
- Como você sabe? - pergunto surpreso.
- Você não se parece com os outros que vêm aqui. Não sei explicar... Você é diferente. - diz dando de ombros.
- Vou considerar isso um elogio. - digo simplesmente.
Conversar com Leah estava me fazendo muito bem. Tanto que nem percebi quando aquela música irritante acabou. Só sei que quando dei por mim, já estava a passar outra.
- Você é amigo dos Cullens? - pergunta e a olho sério.
- Não. Nem um pouco. - digo em repulsa. Ela me olha surpresa e coloca mais um pouco de bebida para mim - Isso não é justo. Você pode encher essa taça. - digo e ela ri de minhas palavras e diz:
- Bebidas são para serem apreciadas aos poucos, não para servirem de distração. - diz e pisca um olho para mim.
Leah e eu ficamos conversando com o decorrer da noite. Ela até me disse que é órfã de pai, cuida de seu irmão mais novo Seth, e sua mãe os abandonou quando seu irmão nasceu. Ela cuida dele, desde então.
- Por que decidiu trabalhar como atendente de bar? Você é linda. Poderia trabalhar em outros ramos também. - digo.
Leah olha para a garrafa em suas mãos, que por sinal está quase vazia, me olha e diz:
- Às vezes não temos escolha, Jacob. Quando a vida nos oferece uma oportunidade, temos que agarrá-la com tudo o que temos. Mesmo que o seu destino seja outro, não podemos ir contra as oportunidades.
Leah me parece ser uma pessoa forte. Não só pela sua história de vida, mas porque ela não teve escolhas na vida. E isso me faz pensar se em seu lugar, eu teria toda essa força.
Leah, assim como eu, gosta de observar as minhas feições, além de observar cada movimento meu. E, apesar de ter me contado sua história de vida, sinto que há algo sobre ela que ainda é um mistério.
- Bom, já que eu contei a você tudo sobre mim, por que não me diz quem é você? - pergunta colocando as mãos no queixo sobre o balcão.
- Sobre o que quer saber? - pergunto entrando em seu jogo.
- Eu não sei... Pode me falar sobre sua família, o que você gosta, namorada, noiva... Sei lá, qualquer coisa. - diz dando de ombros.
Contei à Leah tudo sobre mim. Sobre minha família, o que gosto de fazer nos horários vagos e várias outras coisas. De vez em quando ela ria e descobri que há mais coisas em comum entre nós do que eu poderia imaginar.
- Comida favorita? - pergunta como se soubesse a minha resposta.
Eu olho para ela profundamente, assim como ela me olha e digo juntamente com ela:
- Strogonoff de frango.
Começamos a rir e percebo que esta noite encontrei uma pessoa completamente interessante. Com toda a certeza Leah é a pessoa mais cativante que conheci na vida.
Leah coloca o restante da bebida em minha taça, fazendo-me rir e digo:
- Você quer me embebedar esta noite, não é? - pergunto tomando um gole da bebida vermelha.
Ela dá uma risada para mim e diz:
- Bêbado você ficaria se eu te deixasse com essa bebida sozinho. - diz e sorrio para ela, concordando com suas palavras. Eu não estou bêbado. Talvez não esteja nem perto disso. Mas se não fosse por Leah a situação seria outra - Então... - começa a dizer, chamando a minha atenção para si - Você me disse algumas coisas sobre a sua família, sobre o que você gosta... - diz e faço uma afirmação com a cabeça - Mas você não me disse se tem namorada, noiva, ou enrolada... - diz e engulo minha bebida de uma vez - Casado sei que não é. Não está usando aliança. - diz sussurrando em meu ouvido e fazendo o gesto com seu dedo, para indicar a aliança.
Eu adorei conversar com a Leah esta noite. Com ela, fui capaz de esquecer dos problemas desta noite. Mas suas palavras trouxeram tudo de volta.
Aperto a taça em minha mão e a sinto rachar sobre a mesma. Ela me olha confusa e digo:
- Tenho que ir ao banheiro. - digo um pouco ríspido demais.
Saio andando sem nada dizer à Leah e vejo que todos estão esperando os últimos minutos do ano. Sei que eu deveria me juntar a eles, mas decidi que vou atrás de Bella pedir desculpas. Não posso deixar que o Cullen a tire de mim.
Antes de ir atrás dela, decido fazer exatamente o que disse a Leah que ia fazer. Vou ao banheiro lavar um pouco meu rosto, para amenizar o cheiro de bebida que eu estou.
Entro por uma porta qualquer e acabo entrando no que me parece ser uma sala de visitas. Bem à frente tem uma escada e decido subi-la.
A casa do Cullen é enorme e acho que estou perdido aqui dentro. Entro por uma porta e acabo parando em um corredor.
Percebo que há vários cômodos no corredor onde estou agora. Todas as portas estão abertas, exceto uma. Então, deduzo que esta porta é a do banheiro.
Antes de chegar perto da tal porta, ouço alguns foguetes do lado de fora. Deduzo já ser mais de meia noite. Preciso me apressar em achar Bella.
Coloco minha mão na maçaneta da porta e a abro. A iluminação do lugar é um pouco baixa, porém, dá para enxergar bem o local. É um quarto, onde há algumas roupas jogadas ao chão. Roupas de homem e roupas de mulher. Só que o que me chama a atenção, é o fato de eu conhecer muito bem aquele vestido jogado no chão, em qualquer lugar.
A minha frente tem uma cama com duas pessoas completamente despidas e juntas sobre a cama.

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