Capítulo VII - As Pessoas Mudam (part. 2)

481 30 18
                                    

Olá pessoal!!!
Aqui estou eu de novo depois das comemorações!!! >.<
Bom, espero que estejam gostando da história, porque eu tô amando escrevê-la!!!!
Bem... sem mais delongas, boa leitura!!!! :)

POV: Isabella

Como assim Tanya não se lembrava de mim? Será que todos esses anos que ficamos afastadas, eu nada signifiquei para ela?
- Você deve ser Edward, não é? - Pergunta ela olhando para Edward de uma forma que não consigo descrever.
- Sim sou eu. - Diz Edward a olhando por um segundo, mas logo após direciona seu olhar a mim.
Eu olhava para Edward como se através de seu olhar eu pudesse ter as respostas que eu procurava. Mas acho que nem mesmo ele possa me dizer o que acontece neste momento.
- Eu sou Tanya Denali, muito prazer. - Diz ela estendendo sua mão para Edward lhe depositar um beijo.
No momento em que Tanya começou a falar, Edward deixou de olhar para mim e começou a prestar atenção em suas palavras. Porém, quando a mesma lhe estendeu a mão, Edward entendeu o que ela pretendia, então ele direcionou o seu olhar para mim.
Edward e eu ficamos nos olhando por um tempo, como se um estivesse perguntando ao outro o que fazer, mas nenhum tem uma resposta direta e clara.
- Muito prazer, Srta. Tanya. - Diz Edward pegando em sua mão.
Eu não sou uma pessoa ciumenta, mas a forma como Tanya olhava para Edward, parecia que ela o queria devorar com os olhos. E isso não se passou despercebido por mim.
Eu pensei que Edward, ao tocar na mão de Tanya, depositaria o beijo que Tanya esperava, mas para a sua evidente decepção, ele apenas lhe deu um aperto de mão.
- Eu sou uma das residentes que fará estágio aqui. Por isso uma mulher chamada Miranda me pediu para vir buscá-lo para darmos início ao nosso trabalho.
- Muito bem, não devemos nos atrasar.
- Então vamos? - Pergunta Tanya estendendo uma mão para Edward.
- Só um minuto. - Diz ele virando-se para mim.
Edward colocou suas mãos em meu rosto e ficou a me olhar por um bom tempo. De repente ele me abraça. Sinto seus dedos em minhas costas.
- Você sabe o efeito que causa nos homens, Isabella? - Sussurra ele bem na minha orelha. Não dou uma reposta direta, apenas faço em negação com a cabeça - Você é capaz de enlouquecer qualquer um... por isso, nunca deixe que vejam mais do que o necessário de você... - Continua ele a tocar em minhas costas.
O que ele queria dizer com: "nunca deixe que vejam mais do que o necessário de você"? Será que Edward ficou doido de repente?
- Aqui tem pele o suficiente para deixar qualquer homem maluco por você, Bella. Mesmo que seja por apenas três botões. - Diz ele se soltando de mim e depositando um beijo em minha nuca, senti os pêlos de meu corpo se fazerem presentes.
Três bo...? Agora que eu me lembrei. Antes de sair, minha mãe me dizia algo, mas eu não lhe dei atenção, apenas saí.
Desde que começou a se apresentar para Edward, Tanya não me deu a mínima atenção. Ela agiu como se eu não estivesse presente ou se eu nem ao menos existisse. Isso me deixou bastante triste.
O dia todo eu fiquei apenas por conta dos pacientes que precisavam de algum tipo de medicamentos. Uma vez ou outra eu me cruzava no corredor com minha prima. Eu lhe direcionava sempre um sorriso, mas ela sempre virava o rosto e me ignorava completamente.
Assim que deu o horário de término do meu expediente, ou seja nove da noite, fui para casa. Estava tão cansada que apenas decidi tomar um banho e ir direto para a cama, afinal amanhã eu tinha aulas na faculdade e não poderia me atrasar.

POV: Edward

Hoje o dia foi bastante exaustivo, mas fico feliz por ter feito tudo de forma correta logo no primeiro dia.
Trabalhei o tempo todo com a Dra. Tanya. Isso mesmo doutora, pois eu não quero ter muita intimidade com a mesma. A forma como ela tratou Bella de manhã, me deixou um tanto incomodado, pois Bella parecia conhecê-la, até o seu nome ela sabia, mas a doutora a tratou de forma repugnante.
Já são nove e dez da noite e eu ainda não vi Bella sair do hospital, acho que vou perguntar a alguém se ela já foi para casa. Neste caso me dirijo até a recepção do hospital, onde se encontra uma mulher que deve ter notícias de Bella.
- Com licença senhorita. Você poderia me dar uma informação? - Pergunto à moça a minha frente de forma educada.
- Toda que quiser Dr. Cullen. - Diz ela sorrindo de lado.
A moça à minha frente é bem bonita, ela é branca, quase pálida, tem cabelos negros e está trajando em vestido bege, com mangas curtas e um decote nada discreto na frente. Mas não é isso o que me incomoda, e sim a forma como se comporta, pois assim que me aproximo ela deixa de lado seu bloco de notas e coloca seus braços em cima do balcão e faz com que seus seios quase saltem para fora de seu vestido. Quando decide responder à minha pergunta, usa um tom de voz um tanto estranha, eu diria.
- Será que a senhorita viu se a enfermeira Isabella Swan já saiu deste local? - Pergunto a ela com o mesmo tom de voz de antes.
- Sim ela saiu faz uns dez minutos. - Diz ela apontando para a saída.
Eu queria tanto conversar com a Bella. Ou pelo menos acompanhá-la até em casa, pois uma dama tão linda e formosa como ela não deve andar por aí sozinha. Com certeza eu estava com cara de decepção, pois de repente ouço a recepcionista do hospital dizer:
- É só com ela, Dr. Cullen? Quem sabe eu possa ajudá-lo também. - Pergunta enrolando uma pequena mecha de seu cabelo.
- Desculpe senhorita, é apenas com Isabella. - Eu digo saindo logo em seguida.
Eu não iria ficar chamando a Bella pelo seu apelido perto de todos. Primeiro que agora trabalhamos no mesmo local e não é certo ficar demonstrando que temos um pouco de intimidade. Segundo que as pessoas podem ficar pensando coisas erradas a respeito dela. E se tem uma pessoa que merece todo o respeito do mundo, é a Bella.
Assim que soube que Bella havia ido para casa, pedi para Antony me levar para casa também. Estava louco para contar as novidades para meu pai e tomar um bom banho também.
O caminho até lá em casa não era muito longo, apesar de não morarmos tecnicamente na cidade. Moramos em um perímetro fora da cidade de Forks, assim não chamamos muita atenção para nós mesmos.
- Mãe?! Pai?! - Disse os chamando - Cheguei. - Anunciei por fim.
Olhei pela sala de jantar e por trás dela sai minha mãe toda sorridente para vir me abraçar.
- Edward, querido. - Diz ela depositando um beijo em meu rosto - Como você está? - Pergunta ela com um tom de preocupação.
- Estou bem, mãe. Só um pouco cansado. - Digo alisando o seu lindo rosto. - Onde está o meu pai? - Pergunto olhando ao meu redor.
- Ainda está no hospital. Ele não deve demorar muito para chegar. - Diz ela sorrindo para mim.
- Tudo bem então. Eu vou tomar um banho, para ver se relaxo um pouco. - Digo com a voz um pouco cansada.
- Vai lá então, Edward. Você precisa mesmo descansar. - Diz ela alisando uma mecha de meu cabelo - Eu já ia me esquecendo... Seu pai pediu para te falar que tem algo muito importante para conversar com você.
- Ele não disse do que se tratava?
- Não. Apenas disse que se tratava de seu futuro.
- Está bem então. Vou me apressar para saber do que se trata então. - Digo já saindo e lhe dando um beijo na bochecha.
O que será que meu pai quer conversar comigo? Não consigo imaginar o que seja.
Eu subi as escadas e fui direto para o meu quarto. Ao invés de tomar o meu tão esperado banho, vou até minha cama e me deito, fechando um pouco os olhos. De repente me vem à mente uma pessoa que faz o meu coração disparar. Isabella. Eu posso sentir o seu toque em minha pele até agora, os seus lábios junto aos meus e seus olhos, olhando fixamente apenas para mim.
Quando eu olho para Bella, sinto que tem algo nela que me desperta curiosidade. Ela tem um lado misterioso que faz com que eu queira protegê-la de qualquer pessoa que vá querer o seu mal. A forma como ela disse: "não podemos", fez com que eu me perguntasse se Bella alguma vez na vida, já se decepcionou com alguém para ter tanto medo de se entregar ao amor.
Me levanto rapidamente de minha cama, pois me lembro que meu pai está para chegar e quer ter uma conversa comigo. Vou até o banheiro de meu quarto e me aconchego na grande banheira que lá se encontra. Após alguns minutos por lá, decido que já está na hora de sair e me enrolo em uma toalha. Vou até o roupeiro e pego uma roupa confortável.
Desço rapidamente as escadas e assim que estou nos últimos degraus avisto meu pai na sala a conversar com minha mãe.
- Olá pai. - Digo o abraçando.
- Olá, Edward. Eu estava mesmo esperando você sair do seu banho, para podermos conversar. - Diz ele retribuindo o abraço. - Vamos até o meu escritório, ficaremos mais à vontade lá. - Diz ele apontando em direção ao lugar.
Passamos pelo corredor que ligava a sala e o escritório de meu pai. O escritório era de Carlisle, mas tinha tudo haver com minha mãe. Ela mesma decidiu decorar o local de trabalho do meu pai. O escritório era todo no tom bege, com grandes janelas e cortinas brancas, em sua mesa havia muitos papéis, mas em um canto perto da porta tinha uma mesinha com um delicado vaso de rosas vermelhas, o que deixava o local bastante perfumado.
- Sente-se, Edward. - Pediu meu pai apontando para o grande sofá ao nosso lado.
- O que gostaria de falar comigo? - Pergunto já me sentando.
- Antes de lhe responder isso, primeiro me conte, como foi seu primeiro dia como médico residente? - Pergunta meu pai com um toque de preocupação na voz.
- Foi ótimo, pai. Aprendi bastante, e fiz o que o senhor me disse. Prestei bastante atenção em todos os mínimos detalhes.
- Muito bem, Edward. - Diz ele mais aliviado e sorrindo.
Era muito bom ver essa expressão no rosto de meu pai. Eu sempre quis ser motivo de orgulho para ele e minha mãe. E me tornar um médico como ele, é um sonho que estou realizando. Mas não é apenas por Carlisle que faço isso, eu sempre quis buscar uma forma de ajudar às pessoas. E como médico, poderei ajudar a muitas famílias.
- Não teve problemas com os outros funcionários?
- Na verdade não. E o senhor não vai acreditar quem trabalha lá. - Digo fazendo um pouco de suspense.
- Quem? - Pergunta meu pai curioso.
- A garota que me salvou outro dia. Isabella. - Digo seu nome com um pequeno sorriso nos lábios.
- Ah sim, sei. E ela está melhor?
- Sim, está.
De repente se instala um grande silêncio pelo escritório de meu pai. Eu olho em sua direção e o vejo ficar nervoso, suas mãos estavam meio inquietas e elas começaram a suar de uma hora para outra. O que será de tão importante meu pai quer me dizer, a ponto de estar assim tão nervoso?
- Bem Edward, eu te chamei aqui para tratar de um assunto muito importante. - Começa meu pai a falar.
- Pode dizer pai. Entendo que deve ser muito importante.
- Sim é. Eu quero te dizer que eu e sua mãe... bem, nós... - Diz ele nervosamente fazendo uma pausa - Nós estamos pensando em arranjar uma noiva para você. - Diz ele por fim.
Eu fico completamente sem palavras para descrever o que estou sentindo agora. Como assim uma noiva? - Pergunto com voz de espanto.
Eu não posso pensar nisso agora. Não agora que estou começando a descobrir o que estou sentindo por Bella. - penso.
- Pai eu... - Tento dizer algo, mas sou interrompido.
- Edward você vai adorar a moça. Ela é linda, prendada, tem estudos avançados, conhece vários lugares pelo mundo... Ela é simplesmente perfeita para você,meu filho.
- Sim pai, eu entendo que você só quer o melhor para mim, mas eu ainda tenho outros planos em minha cabeça.
- Tipo o que, Edward? Você já é um homem, praticamente, formado, já tem sua própria renda. Agora o que falta é só uma esposa mesmo.
Eu não sei como meu pai reagiria se soubesse o que estou sentindo por Isabella. Por isso acho melhor não lhe dizer nada por agora. Se ele souber, pode até me afastar do hospital, e isso eu não quero. Nem é por causa do trabalho, mas sim pela linda enfermeira que trabalha por lá.
- Pai será que podemos conversar sobre isso outra hora? Agora estou meio cansado e só quero me deitar em minha cama e dormir. - Digo olhando para ele e já em pé ao seu lado.
- Tudo bem, Edward. Mas vamos ter essa conversa. - Diz ele como um aviso - E só lhe lembrando que neste fim de semana vamos ter um jantar aqui em casa. - Diz ele ainda sentado no sofá.
- Sério? Por qual motivo? - Pergunto surpreso.
- Um velho amigo meu está vindo para a cidade. Ele e sua família, por isso decidi dar um jantar de boas vindas. - Diz ele sorrindo para mim - E se você quiser convidar a Srta. Swan e sua família. Diga a ela que será uma honra para nós ter a garota que salvou a vida do nosso filho, em nossa casa.
- Sério, pai? - Ele faz uma afirmação com a cabeça - Vou chamá-la sim. - Digo todo contente à ele.
Assim que saio do escritório, logo avisto minha mãe, que diz que o jantar está sobre a mesa. Termino minha refeição e vou para meu quarto ver se consigo dormir um pouco.
Me deito em minha cama, que é grande de mais para uma pessoa só, e fecho meus olhos. De repente em minha mente, me vem a lembrança de Bella. Ela estava linda hoje de manhã, na verdade ela é linda toda vez que a vejo. Ela está sempre vestida de forma simples, não é como as mulheres que estou acostumado a ver, que se preocupam de mais apenas com aparência física.
E é assim que se passou o restante de minha noite. Eu sonhando com Bella e seu lindo sorriso se dirigindo apenas para mim.

Fique ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora