Capítulo XII - O Bom Filho à Casa Torna

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Olá pessoal!!! Tudo bem? :)
Bom, aí está mais um capítulo pra vcs!!! Espero que gostem!!!
Dica: A Tanya guarda um grande segredo da sua família e vocês vão se surpreender com as revelações da nossa vilã neste capítulo...
Bem, sem mais delongas (spoilers)...
Boa leitura!!!

POV: Tanya

Saí de dentro da casa da Bella e entrei dentro do coche da minha família. Andamos todo o trajeto em silêncio, mas mesmo assim pude sentir os olhares de Kate sobre mim. Fui a primeira a sair de lá de dentro e fui adentrando nossa casa, rumo ao meu quarto. Fechei à porta e comecei a me despir.
Tirei meu vestido e vesti uma linda camisola longa de seda egípcia preta. Logo após, desfiz meus cabelos, os penteando de leve com a escova. Eu estava completamente distraída, quando de repente ouço alguém abrir a porta e entrar pela mesma. Olho através do reflexo do espelho e vejo que é Kate.
- O que você quer? Saiba que estou de mal humor. - Digo de forma direta.
- Quanta hostilidade. - Diz e eu reviro os olhos, demonstrando não dar a mínima - O que foi? Eu não posso querer ver a minha irmã?
- Você me vê todos os dias, por que iria querer ver à noite também?
- Talvez eu esteja com saudades. - Diz sorrindo de forma irônica.
- HAHAHA, que engraçado Kate. Você poderia ser comediante.
- Não tenho culpa se o seu humor não está dos melhores.
- Diga logo o que você quer, antes que eu te coloque da porta para fora. - Digo sem paciência.
- Está bem. - Diz suspirando um pouco - Vou ser direta, então...
- Por favor. - Digo a interrompendo.
- O que você disse à Bella, para que ela ficasse tão triste com a nossa volta a esta cidade? - Pergunta cruzando os braços.
- Eu não fiz nada à ela, se você quer saber. - Digo rindo.
- Então, o que você disse à ela? - pergunta já nervosa.
- Eu disse a verdade a ela, Kate. Por que? Você acha que eu a ameacei? - Pergunto me virando para olhá-la e levanto uma sobrancelha.
- De você eu espero tudo, Tanya.
Eu e Kate ficamos nos olhando por um bom tempo. Não sei o porquê de ela estar me fazendo essas perguntas agora.
A Kate sempre foi a anjinha da família. Tudo o que ela faz ou pensa, é de forma sensata. Todos tem verdadeira adoração por ela. Acho que isso se deve pelo fato de ela ser a caçula de nós três.
Minha mãe teve três filhas. Irina, eu e Kate. Irina é criada por freiras e padres em um convento de Londres, a última vez que a vi, ela tinha apenas sete anos e eu cinco. Desde então nunca mais vi minha irmã de novo. Kate não era nascida ainda, então nem ao menos chegou a conhecê-la.
- Mais alguma coisa? Porque estou muito cansada e quero me repousar.
- Mais uma... observação... - Diz querendo escolher as palavras certas - Você encostou ao menos um dedo em nossa prima?
- Por que você acha que eu faria uma coisa dessas, Kate?
- Eu vi a situação do cabelo dela, Tanya. Antes de conversar com você estava impecável, mas depois... - Deixa o final da fala no ar.
- E você acha que eu tenho alguma coisa a ver com isso? - Pergunto de forma irônica.
- Não perguntaria se não achasse.
- Então tá... - Digo dando uma pequena pausa - Eu peguei mesmo no cabelo daquela mosca morta e daí?! - Digo e vejo que Kate vai abrir a boca para dizer alguma coisa, mas sou mais rápida e continuo - Mas não se preocupe. Não fiz nada de mal à pombinha branca.
- Que ótimo. - Diz Kate de forma rude.
- Não comemore tão cedo, querida. Oportunidades não me faltarão. - Digo e ela me olha espantada - Agora já chega. Vá embora. Cansei dessa conversa.
Para minha surpresa Kate virou- se e foi embora sem nem ao menos questionar. É claro que ela ficou a me fitar por um tempo, mas pelo menos não disse nada. Ainda bem, porque já estou cansada de todo mundo ficar tratando a Isabella como se ela fosse uma bonequinha de porcelana, que pode quebrar na primeira queda.
Fiquei penteando meus cabelos por mais um tempo e logo em seguida fui me deitar.
Acordei pela manhã e o sol já se fazia presente na janela do meu quarto. Olhei pelo relógio da parede e já são 06:45 hs da manhã. Me levantei e fui rumo ao meu banheiro. Tomei um excelente banho quente e me vesti em um roupão muito macio, que eu trouxe da Europa. Fui até meu roupeiro e peguei um vestido branco de seda de mangas curtas e cheio de babados nas mesmas. Arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo, calcei um sapato de saltos médios pretos e desci às escadas.
- Já de pé tão cedo, minha filha? - me pergunta minha mãe da sala de jantar.
- Sim. Tenho uns assuntos para resolver. - Disse pegando um casaco bege empidurado perto da porta principal.
- Não sabia que tinha de ir ao hospital hoje.
- E quem disse que eu vou para lá?
- Então, aonde você vai, Tanya? - Me pergunta com a voz meio preocupada.
- Por aí...
Quando minha mãe fez menção de dizer algo, já fui abrindo à porta e saindo. Minha mãe é muito chata. Será que ela não tem nada melhor para fazer, além de achar que pode cuidar da minha vida?
Andei pelas ruas de Forks, procurando chegar na casa de uma certa pessoa. Por sorte é muito cedo para as pessoas estarem perambulando pelas ruas.
Como Forks não é uma cidade muito grande, logo chego em meu destino. Abro à porta de um famoso hotel aqui da cidade e digo ao porteiro, que por sinal já me conhece há tempos, para me deixar subir. Assim eu o faço. Entro no luxuoso elevador e desço assim que chego em meu destino. Bato na porta do quarto três vezes e logo ela se abre.
Com grande ferocidade ele me puxa para dentro do seu quarto e ataca à minha boca, retribuo no mesmo instante e na mesma intensidade. De repente ele se livra do meu casaco, me deixando apenas com meu vestido.
- Estava com saudades. - Diz ofegante, devido ao beijo e desce seus lábios por meu pescoço.
- Eu também... - Digo puxando seus cabelos de leve.
Ele pára de beijar meu pescoço e vai abrindo os botões do meu vestido. Não coloquei meu espartilho hoje. Ele vive dizendo que não gosta, porque dá um pouco de trabalho para tirá-lo. Ele termina de tirar meu vestido, deixando-o cair no chão e passa a língua em volta da própria boca.
- É assim que eu gosto... - Diz passando os dedos em volta dos meus mamilos rosados - Sem nada atrapalhando.
- Sei disso, por isso não coloquei.
- Sábia decisão.
Ele começa passando sua língua quente pelos meus mamilos e logo após abocanhou o seio esquerdo, massageando o outro. Sua língua em minha pele me deixa completamente louca. Eu vou arqueando a cabeça para trás e o sinto ainda mais perto de mim.
- Vamos fazer sexo na sua cama ou você vai nos deixar em pé? - Pergunto com sarcasmo.
- Você é quem sabe.
- Não gosto muito de ficar em pé...
Levanto sua cabeça, fazendo assim com que nossos lábios se encontrem. Ele me carrega até o seu quarto e me deposita em sua cama.
- Tire o resto de suas roupas. - Diz como uma ordem, que rapidamente obedeço.
Eu estava apenas de calcinha, mas como ele me pediu que a tirasse, assim o fiz. Ele foi até a porta, a trancando. E volta até mim, depositando vários beijos pelo meu corpo.
- Você ainda está vestido. E isso não é justo. - Digo baixo como um sussurro.
Ele nada me responde, apenas começa a retirar a própria roupa, ficando completamente nu. Ele me olha com um olhar divertido.
- Bem melhor. - Digo passando as mãos por seus braços.
Ele dá várias mordiscadas em meu pescoço, que com certeza deixará alguma marca. De repente minha boca é invadida por sua língua quente, que pede passagem que logo é concedida.
- Você é linda.
Nunca fui do tipo de sentir vergonha. Mas seus elogios me fazem refletir o quão bonita ele pode me achar. Toda vez que nos encontramos, ele me diz a mesma coisa, mas por incrível que pareça, eu nunca me canso de ouvir; eu sempre quero ouvir de novo, e de novo... É como um ciclo viciante.
Ele pára de me beijar e fica a me olhar. Aproveito o seu olhar para mim e passo a observá-lo também. Ele é loiro, assim como eu, tem olhos azuis e pele bastante pálida, mas é bem corada ao mesmo tempo. Seus braços são fortes e seu corpo é bastante definido. Bom, ele é perfeito.
- Você vê apenas o que eu sou por fora, se me visse como sou por dentro, com certeza ficaria... enojado.
Ele me olha com ternura. É como se não acreditasse em minhas palavras. Ele pega em meu rosto e dá um gentil sorriso.
- Isso pode ser o que você acha. Mas não é o que eu vejo e acredito.
- E no que você acredita? - Pergunto como se fosse um desafio.
Ele ainda tem suas mãos em meu rosto, mas seu sorriso desapareceu. De repente seu semblante se tornou triste. Ele pega uma mecha do meu cabelo e a coloca atrás da orelha.
- Eu acredito que você quer se mostrar alguém que não é, alguém pela qual as pessoas devem... odiar - Diz dando uma pequena pausa - Mas eu vejo quem você é de verdade. Você é um ser humano, alguém com tantos sentimentos quanto qualquer um.
- E se você estiver errado? Sobre tudo? - Digo deixando algumas lágrimas escorrerem por meus olhos.
- Não estou. - Diz baixo em meu ouvido e enxuga minhas lágrimas.
De repente sua boca vai trilhando um caminho da minha testa até meus seios. Ele não os chupa, ou os mordisca, como normalmente faz, desta vez, ele dá apenas um singelo beijo em cada um e segue com seu caminho. Pela minha barriga, ele passa sua língua, deixando um rastro quente por onde passa. Quando ele chega perto da minha intimidade, sinto sua respiração bem próxima de minha pele. Por um momento, assim como das outras vezes, achei que ele fosse me penetrar com sua língua profundamente, mas ele apenas me dá um singelo beijo. De repente sinto seu olhar sobre mim.
- Eu te amo.
Não sei o que responder à ele. Suas palavras não me pegam mais de surpresa. Em todos os nossos encontros, ele diz as mesmas palavras. Mesmo quando está com raiva, as diz. Não sei se são verdadeiras, mas também não acho que sejam falsas.
Eu já amei uma vez na minha vida. E não sei se estou preparada para isso de novo. Todas as vezes que penso sobre isso, é como se eu o estivesse traindo, e mesmo não o tendo aqui comigo, é como se qualquer tipo de felicidade, fosse errado para mim.
Eu não odeio ele, mas também não sei o que sinto é amor. Quando estou com ele, sinto exatamente tudo o que o Edward disse ao meu pai e muito mais. Mas eu não posso me deixar enganar. O amor é traiçoeiro, qualquer indício de fraqueza, ele se aproveita. Então não posso me deixar seduzir por palavras, porque no fim elas não passam disso: palavras.
- O amor é uma fraqueza, sabia? - Digo sorrindo para ele.
- O amor é força, Tanya. Eu vou te mostrar isso...
Ele começa a me beijar novamente e sinto sua ereção em minha perna. De repente o sinto começar a me penetrar aos poucos.
- Mais rápido. - Peço em forma de súplica.
- Estamos fazendo amor, querida. Não sexo. Por isso tenho que ser carinhoso com você.
- Você pode ser carinhoso indo um pouco mais rápido.
- Paciência. Temos muito tempo para isso.
Eu não queria discutir com ele à respeito disso. O sexo com ele é diferente. Ele faz com que eu questione se sexo e amor podem realmente andarem juntos. Ele, por incrível que pareça, me leva à loucura. Nosso sexo nunca foi selvagem, sempre foi realmente humano, mas estávamos sempre saciados. E é tão cansativo quanto o sexo que eu fazia com o meu antigo amor. James.
Depois de um tempo, chegamos ao nosso clímax, mas ele continua com seu corpo por cima do meu. Beijando meus cabelos e os cheirando.
- Você deveria parar de fazer isso.
- Por que? - Pergunta confuso.
- Estou com cheiro de sexo. Não deve ser nada agradável.
- Cheiro do nosso sexo. - Diz alisando meus cabelos - Seu cheiro é maravilhoso.
Fico um pouco ruborizada com a sua fala. Sei disso, pois sinto a pele da minha bochecha queimar. De repente sinto sua mão no lugar onde tem uma leve ardência.
- Você fica linda envergonhada.
Não lhe respondi nada, apenas retirei seu corpo de cima do meu e me dirigi rumo ao banheiro, enrolada em seu lençol de seda branco.
Assim que entrei no banheiro, que se encontra dentro do quarto mesmo, fechei à porta e fiquei um tempo encostada na mesma, respirando fundo. Neste momento meu coração está tão acelerado, que não faço ideia de como fazer para pará-lo, minhas mãos estão trêmulas, como se eu tivesse acabado de participar de algum tipo de jogo radical. Seu toque em minha pele queima... arde... machuca. Mas tudo isso, faz com que cada perímetro do meu corpo, peça por mais. Mais do seu toque, mais da sua atenção, mais do seu corpo e, principalmente, mais do seu... amor.
Meu coração já não está mais acelerado quanto antes, então me dirijo até sua enorme banheira branca, a enchendo e colocando vários tipos de óleos. Assim que a banheira tem um bom volume de água, retiro o lençol do meu corpo suado e entro na grande extensão à minha frente. Eu estava a passar um sabonete pelo meu corpo, até que ouço a porta se abrir. Nem olho em sua direção. Sei exatamente quem é: Caius, que adentra à banheira e se senta atrás de mim. Ele nem me pede licença, vai pegando o sabonete de minha mão e começa a passá-lo pelo meu corpo. Sentir o seu toque em minha pele novamente é como um vício. Meu corpo de alguma forma se tornou dependente dele. E não sei até que ponto isto pode me afetar.
Terminamos nosso banho, em silêncio, e voltamos até seu quarto. Eu pude sentir a todo o momento o olhar de Caius sobre mim.
- Eu disse algo errado? Algo que você não gostou, ou te magoou? - Ele me olhou com um certo arrependimento nos olhos.
- Não! - Eu disse em um tom um pouco rude e alto, mas saiu sem nem que eu percebesse. Com certeza o Caius é o único que eu não queria gritar neste momento.
- Então, por que você saiu daquela forma?
- De que forma? - Pergunto me fazendo de desentendida.
- Você sabe qual. - Diz ele um pouco sem paciência.
- Eu não sei. - Digo baixinho, deixando uma lágrima escorrer pelo meu olho.
- Sabe sim, Tanya. Você não quer se permitir amar, não é? - Pergunta e eu apenas faço uma afirmação com a cabeça - Você tem medo? - Faço outra afirmação - Então não tenha. Eu vou estar sempre aqui... por você... Eu vou sempre te amar.
- Mesmo se eu nunca retribuir este sentimento?
- Eu sei que você me ama. E sei, também, que algum dia você irá admitir isso. - Diz andando em minha direção.
- E se esse dia nunca chegar?
- Então será eu a admitir que estava enganado. - Diz pegando em meu rosto e me dando um sorriso.
De repente em minha mente me veio uma lembrança. Me lembrei do dia em que conheci Caius.

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