Capítulo I - O Primeiro Olhar

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Olá pessoal!!!!
É minha primeira fic então espero que gostem!!! Boa leitura!!!! >.<

Forks 1960


POV: Isabella


"Querido diário,

Meu nome é Isabella Swan, mas muitos me conhecem por Bella, então acho que você vai me conhecer assim também. Tenho 17 anos, mas às vezes sinto como se tivesse 40.
Costumo dizer que a vida não é fácil, e não é mesmo, porque se fosse acho que as pessoas não sofreriam tanto, e tudo na vida seria só alegria.
Você acreditaria em mim se eu dissesse que não acredito em felicidade?
Bom, talvez ela exista, mas não acho que venha participar da minha vida, pois não sei se mereço. Normalmente esse tipo de "presente" a gente tem que merecer, e se não sou feliz até hoje, então é porque não tenho esse direito. As lágrimas são tão constantes, que acho que meu sorriso se perdeu no tempo. Isso é se ainda existe tempo, porque lágrimas, por incrível que pareça, existe de sobra. Então, posso dizer que a vida está passando diante de meus olhos, mas o que posso fazer a respeito? Talvez a única reposta seja esperar que ela acabe logo de uma vez. Porque só assim poderei ter descanso, usando o sentido literal da palavra.
Meus pais são Renné e Charlie Swan, eles são pessoas honestas e trabalhadoras, vivem dizendo que querem me dar aquilo que nunca tiveram, ou seja, educação. Isso mesmo, meus pais não foram a escola, mas sabem fazer contas, até porque trabalham em uma feira aqui perto. Todos os dias acordam às 4:00 da manhã apenas para vender verduras e frutas até as 17:00 da tarde. É bem exaustivo, mas sempre se esforçam muito.
Talvez você ache que eu não faço nada, mas está errado, eu trabalho como enfermeira no hospital perto da faculdade, não sou formada nem nada, mas sei como cuidar dos doentes, mas a maior parte do tempo fico na ala pediátrica.
A princípio, você se sente mau por não poder ajudar todas as pessoas a sairem daquele lugar, posso afirmar que já perdi a conta de quantas e quantas vezes chorei por ter perdido um paciente, que tinha uma vida inteira pela frente. Mas depois de um tempo, é como se cada morte, pra mim já não fosse mais real, é como se tudo não passasse de um sonho e que logo, logo vou acordar e tudo vai ficar bem. Mas infelizmente perdi minha fé nisso, assim como também não acredito mais em muita coisa.
Talvez você, ache que estou reclamando de barriga cheia, mas eu nunca pedi nada além do que meus pais pudessem me dar, mas eles querem que eu tenha um futuro diferente, por isso eu devo me tornar uma excelente esposa para meu futuro marido. Por isso eu vivo sempre me perguntando 'Será que é querer de mais um pouco de atenção? Será que esse vazio dentro do meu peito, é apenas algo da minha cabeça? Ou tudo não passa de um sonho, onde a qualquer momento eu posso acordar?'
Possivelmente você será o único a me conhecer de verdade, porque sinto que não posso mostrar o meu lado frágil às pessoas. Talvez você me ache mesquinha, mas esse é apenas o meu jeito de preservar quem eu amo. Então espero sinceramente que entenda.
Bom diário, essa sou eu. Só espero que não se canse de mim, porque de todas as pessoas de que conheço, você é o único que está aqui agora, então eu preciso de você."
Hoje eu acordei já sabendo que vai ser um daqueles dias, onde eu estou sozinha em casa. Como sempre. Fico sentada olhando as paredes velhas do meu quarto, pensando no que será do meu futuro daqui pra frente.
Todos os dias antes de sair de casa, eu me olho no espelho e digo "hoje será diferente. Tudo vai dar certo". Repito essa palavra até o caminho para a faculdade, mas depois de um tempo isso se torna apenas costume, porque nada muda e muito menos dá certo.
As pessoas me elogiam bastante pelo meu sorriso, dizem que é algo cativante, mas acho que ou são muito ingênuas ou me transformei em uma excelente atriz, porque meu sorriso só serve pra encobrir lágrimas insistem em cair todos os dias.
Me levantei cedo, assim que o galo cantou eu estava de pé. Fui ao banheiro, que era bem pequeno não havia nada de muito especial nele, tinha apenas o básico pra uma casa. Então, tomei um delicioso banho de caneca, mas como ainda era muito cedo tive de esquentar uma água para que pudesse tomá-lo. Logo após, peguei um dos meus únicos vestidos, ele era azul claro, rendado até o chão, tinha mangas longas e botões de pérola nas costas e mangas, mas devido ao tempo está todo desbotado e com um leve manchado na barra, eu o vesti por três razões: Primeiro, eu não tinha o uniforme da faculdade, pois ele é muito caro e minha família não tem condições de comprar um novo. Segundo, Hoje estava fazendo um pouco de frio, então decidi usá-lo por ser um dos únicos quentes que tenho. Terceiro, ele é o único que combina com minhas botas, ela era bem gasta, assim como meu vestido, mas ainda bem que ele era longo o suficiente para tampá-las. Minhas botas eram de couro, mas não de verdade, são feitas de um material que se degrada muito rápido, e eram na cor marrom e tinha um pequeno salto, ele não era nem fino de mais e nem grosso de mais, o que era bastante confortável de se usar . Eu tinha apenas cinco vestidos e apenas dois sapatos, um deles era para ocasiões especiais, então não poderia usá-lo a qualquer hora, ou ficaria sem nenhum.
Rapidamente desci para o café da manhã, meus pais sairam cedo para o trabalho então já encontrei tudo preparado. Na mesa havia ovos mexidos e pão, normalmente era tudo o que eu comia de manhã, sem esquecer do copo de leite, é claro.
Logo após o café, fui pegar meus livros no quarto, li alguns capítulos, já que faltava algumas horas ainda para ir à faculdade, sai assim que deu a minha hora.
Sai bem mais cedo que o de costume, eu estava sentindo fortes palpitações no coração, mas acho que não é nada preocupante, posso até dizer que é bom senti-las. Por algum motivo eu sentia como se hoje eu tivesse que ver alguém importante, alguém pela qual eu sou capaz de dar minha própria vida. Mas acho que isso é apenas pressentimento. Pelo menos eu espero que seja.

POV: Edward

Olá meu nome é Edward Cullen, tenho 18 anos e estou fazendo faculdade de medicina, meu maior sonho é poder ajudar às pessoas com o meu trabalho. Tenho esse sonho desde pequeno, pois meu pai também é médico.
Eu moro com meus pais, Esme e Carlisle e meus meio irmãos e irmãs, Alice e Jasper e Emmett e Rosalie Cullen. Talvez você se pergunte, o porquê de eu estar colocando seus nomes como se fossem casais, parece estranho, mas é isso mesmo que são, todos eles são casados. E eu? Não, não sou casado. Pelo menos por enquanto, meu pai me disse que minha futura noiva e esposa é linda, rica e de boas maneiras. Eu não ligo pra nada disso, acho que o essencial para a vida humana é o amor, mas ele tem que ser verdadeiro e vir do fundo do coração, ou caso contrário, será apenas um "contrato" de casamento.
Minha família é bastante conhecida no país, nós somos aquilo que chamam de família fundadora, ou seja, nossos ancestrais ajudaram a transformar a cidade no que ela é hoje. Isso é bom, eu acho. Meus pais tem grandes posses de terras, eu e meus irmãos herdaremos tudo quando eles se forem, mas não quero pensar nisso agora.
Hoje eu acordei com um pressentimento estranho dentro de mim, normalmente eu espero que minha mãe venha me acordar, mas levantei bem mais cedo. E como sabia que não conseguiria mais dormir, fui para meu banheiro, que fica no meu quarto mesmo, e tomei um bom banho na banheira, a água está como sempre. Bem quente, do jeito que Mary sempre deixa. Antes de mais nada deixe-me dizer quem é Mary, ela é a governanta da casa, ela também já foi minha babá e dos meus irmãos também. Então, temos muito respeito por ela.
Bem, assim que terminei meu banho e vesti o uniforme da faculdade, ele era constituído por uma calça, feita do melhor tecido da cidade, na cor bege, uma camisa de manga longa branca, com um casaco preto por cima, pois acho que hoje será bem frio, depois calcei minhas botas, essas eram de couro na cor marrom. Logo após, fui para a cozinha, estava tão cedo assim para os empregados ainda se encontrarem dormindo?
Como não achei ninguém, decidi pegar umas torradas na dispensa, e geléias comi sem a menor pressa. Fui no meu quarto e peguei um livro. O li até que desse a hora certa de ir para a faculdade.
Por incrível que pareça hoje eu estava muito ansioso, é como se algo dentro de mim dissesse: "algo está a sua espera". Sem nem ao menos entender, sentia o meu coração bater forte e rápido, eu sentia como se hoje fosse encontrar alguém importante, mas não sabia quem era, pois sempre vejo os mesmos rostos todos os dias. O que será que eu deveria esperar para hoje?
Logo após meu demorado café da manhã, fui até o cocheiro e lhe pedi que me levasse até a faculdade. A cada passo mais perto, podia sentir meu coração quase sair pela boca, e para me acalmar fui olhando bem a estrada em que estava andando. Pedi para Antony andar o mais devagar possível. Eu queria poder admirar o lugar onde eu morava.
De repente vejo que Antony pára, me pergunto por qual motivo já que ele não costuma fazer isso. Abro a porta do Coche e olho imediatamente para Antony, ele está desacordado. Não sei como, mas ouço a voz de um anjo proferir, como que em câmera lenta:
- CUIDADO! - Sua voz era de um total desespero - o que me chamou bastante a atenção. Quando tento olhar em sua direção, sinto duas mãos me puxando para o lado. Não faço a minina ideia de quem seja, mas entrou em minha frente, sendo brutalmente atacada por um homem que não teve dó nem piedade daquele pobre anjo, atingindo-a na cabeça. Logo após, apenas vi o homem desconhecido sair correndo a um sentido completamente contrário ao o que estávamos. Não dei muita importância para ele, então apenas o deixei ir. Em minha mente eu dizia para me mover, mais do que rapidamente, mas minhas pernas não me obedeciam, o que me deixava possesso de raiva.
Com uma agilidade, quase que sobrenatural, vou até a estranha garota a minha frente e a impesso de cair com a cabeça no chão. Posso jurar que por um momento, olhei no fundo de seus olhos, na cor chocolate, mas antes de fechá-los vi uma lágrima solitária cair por seu belo rosto pálido e um fraco sorriso ser formado em seus lábios levemente avermelhados.
Eu não sabia o que fazer, então a peguei nos braços, coloquei dentro do Coche, para que eu mesmo o conduzisse até que Antony recobrasse a consciência.

CONTINUA...

Olá pessoal!!!
Espero que tenham gostado. Se tiver algo que queiram me dizer é só colocar nos comentários!!! Bjuss até o próximo capítulo!!! >.<

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