Capítulo 1

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Salvador, 12 de Janeiro de 2015

...

A comandante Emi Meyer estava na central da Polícia Federal em Salvador, onde seria a base da operação, aguardando as cinco mulheres para o primeiro encontro.

Encontro esse que serviria de ponta pé inicial para acabar com mais uma quadrilha de tráfico internacional de mulheres.

De uma pequena sala Emi tinha uma visão perfeita da sala onde seria o primeiro encontro de suas garotas e achou perfeito para analisar como seria o comportamento delas para um primeiro momento.

Com esse pensamento ela via a primeira a adentrar a sala, vestida elegantemente com uma calça jeans justa de lavagem escura, blusa transpassada vermelha, com casaco curto de couro marrom café, onde guarda seu coldre com sua Glock, e nos pés botas marrom de cano curto de salto médio, Silvia Palazzi, Sil, estava ali muito profissional como sempre. Quem a vê deve pensar, nossa o que uma mulher como esta, está fazendo aqui, ela é uma morena jambo, de olhos esverdeados e corpo bem feito, sempre foi focada em seus objetivos, quando decidiu que queria ser policial sua família surtou, dizendo que era muito perigoso, que era um ambiente muito machista, etc.

Em seus 30 anos recém-completados, ela é muito observadora e perspicaz, dificilmente alguma coisa passaria despercebido por ela, profissionalismo era seu nome do meio, acomodou-se em um grande sofá marrom escuro que contrastava com o branco gelo das paredes, observou intrigada que aquele não seria o local da reunião, era pequeno para isso, ainda mais intrigada olhava discretamente tudo ao seu redor, inclusive para aquele enorme espelho a frente do sofá. Já tinha entendido toda a situação e sabia que estariam sendo observadas.

Cerca de 3 minutos depois a porta da sala se abre, e por ela entram Letícia Maricy, Lê, uma baixinha morena de arrasar, em seus estilo esportiva estilosa, em seus jeans surrado, regata básica azul bebe, nos pés confortáveis sapatilhas, e para arrematar, sua inseparável jaqueta de couro estilo motoqueira, sempre à vontade, é assim que gosta de estar, o que só vem a calhar com sua paixão de todas as horas, pilotar motos. Mas engana-se quem pensa que anda sempre com esse jeito despojado, seu estilo mulherão como ela mesma define, sempre lhe garante sucesso, em seus 27 anos, é vaidosa, mas nada patricinha, é sensível e delicada, sonhadora e romântica, crê verdadeiramente que a solução e resposta de todos os problemas estão no amor, mas quando o assunto é trabalho é compenetrada que só.

Logo em seguida chega May Savi,em seu estilo garota indomável, sua calça jeans e sua camiseta branca não podiam faltar em seu guarda roupa e pra completar um blazer preto, e botas sem salto. May, porque era assim que ela gostava de ser chamada, não revelava seu nome verdadeiro nem a sua sombra, e quem a conhecia não insistia em saber. Sempre era certa do que queria para sua vida, em que o agora deveria ser vivido sem limites ou interjeições, carregava consigo a convicção de que em seu mundo, apenas ela bastava, apesar da pouca idade era a melhor no que fazia, com 25 anos já tinha conquistado o status de "A melhor" quando o assunto era interrogar suspeitos. Seu lema era, atirar primeiro perguntar depois, geniosa que só ela, mas quem a conhece de verdade sabe que no fundo é uma gatinha manhosa.

Ao entrarem se cumprimentaram cordialmente e se acomodaram no sofá próximas a Sil. Entreolharam-se por alguns minutos com olhares tímidos, e não deixaram de observar o ambiente em que estavam instaladas. O que aconteceu em seguida deixou Emi mais que satisfeita, as três moças engataram em um papo como se já se conhecessem há anos, coisas que ela sabia não era verdade, e isso já pontuou a favor da operação.

Cerca de dez minutos depois a porta da sala se abre novamente, fazendo assim com que Adrielle Herrera e Rafaella Menezes adentrassem ao ressinto.

Adri, elegantemente no seu estilo básico, jeans com lavagem escura, camiseta lilás e um terninho azul marinho, nos pés um coturno feminino, de couro preto, salto definitivamente não era com ela, sua feminilidade era demonstrada de outras maneiras, seus longos cabelos castanhos como sempre em um coque. E para completar seus óculos de grau, em estilo aviador, pode-se dizer, que era uma nerd perfeita. De fato, era, dos seus 28 anos, prestes a completar 29, mais da metade passaram entre livros e computadores, estas as suas verdadeiras paixões, além do trabalho claro, especialista em investigação digital, mas com sua carinha de tímida, escondia uma verdadeira caixinha de piadas, na hora que precisava descontrair o ambiente, ela sempre tinha uma gracinha na ponta da língua.

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