Capítulo 3

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May Savi - Investigadora e Interrogadora

Dois anos antes...

- NÃÃÃO MAMÃE, EU NÃO QUERO FICAR AQUI ME LEVA COM VOCÊS. (Gritava a garotinha desesperada abraçada nas pernas de sua mãe que chorava)

- Filha seja forte um dia você vai entender.

- Entender o quê mamãe?

- Entender o porquê eu e seu pai tivemos que... (e a mãe da garotinha desaparece).

- Mãe, mamãe...

May acordou assustada e suando, há tempo não sonhava com sua mãe e sempre era o mesmo sonho, sua mãe lhe dizendo que um dia ela entenderia o porquê ela e seu pai havia...

De repente a campainha tocou, e ela bufou, 'Droga', e se levantou. Nossa quem poderia ser àquela hora.

- Eu juro se for o Ed eu atiro um vaso na cabeça dele.

- Bom dia paixão! - Disse Ed como sempre muito carinhoso é assim desde o tempo de adolescência muito educado, muito simpático, muito carinhoso. E esses foram os motivos do relacionamento deles não ter dado certo, embora Edmar tivesse sido sua primeira paixão e ter ele sido quem tomou sua virgindade, May se sentia sufocada com tantos mimos, volta e meia era flor, bombons, caixas e mais caixas de presentes. A única vez que eles brigaram foi quando ela decidiu que seriam só amigos, Ed ainda insistiu numa volta, mas a menina era birrenta e queria uma paixão avassaladora não queria comodismo queria brigar por que encontrou a toalha em cima da cama ou então que ele sentisse ciúmes dela de vez em quando. É ele nunca sentiu ciúmes dela, dizia que ciúmes era coisa de quem não confiava. Cinco anos depois e ele ainda é o mesmo bobo cheio de carinho pela moça, claro que hoje não é mais amor de homem e mulher e sim amor de amigos, ele cuida dela e ela dele, são como irmãos. Ed vive um relacionamento feliz e mesmo depois de se amarrar, eles não se desgrudam e a garota adora a companhia do amigo mesmo às vezes querendo matar ele, como agora.

- Ed. - choramingou - o que faz aqui a essa hora?

- Veja quem acordou mal-humorada. Mas veja bem minha querida já não é tão cedo assim, e você esqueceu-se do que tínhamos marcado de fazer hoje?

May se lembrou de que tinha marcado com ele de ir ver a sua mansão, ela não ia muito à bela e luxuosa mansão que herdara de seus pais, mas dessa vez não dava para adiar. Porque diabos tinha que ter marcado justo com o Ed?

- Sabe que detesto ir aquele lugar tenho recordações e, e... Você sabe que prefiro não lembrar. - Disse May meio irritada com o amigo.

- Um dia você vai ter que encarar seus medos e procurar saber o que aconteceu realmente com seus pais.

- Eles morreram você sabe disso - Ela falou ainda mais irritada.

Ela não gostava de falar dos pais, quando era pequena morava com seus pais em uma linda mansão, com um enorme jardim, uma bela piscina, um salão imenso que sua mãe usava para dar seus jantares. Seus pais eram tão apaixonados pela garota, que sempre lhe deram tudo do bom e do melhor, mas um dia simplesmente eles a colocaram no carro e deixaram na casa de sua tia Dolores, a única coisa que eles disseram foi.

- Filha seja forte, um dia você entenderá.

Essas palavras a perturbam ate hoje, e embora ela sendo hoje uma agente da Polícia Federal, e tendo acesso a um banco de dados, e possa investigar o que de fato aconteceu aos seus pais ela tem medo...

- Sabe que não quero saber, para mim eles morreram e só. - Disse já alterada.

- Calma paixão, se acalme. - Disse Ed tentando acalmar a garota, ele sabia que mesmo tendo sido amada por sua tia, May sentiu muito a falta de seus pais, ela se tornou uma mulher incrível de temperamento forte e mesmo tendo herdado toda a fortuna da família, ela se tornou uma mulher independente e só usava o dinheiro para coisas realmente necessárias e sempre se esforçou muito.

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