Capítulo 27

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Quando Lê acordou ainda de madrugada sentiu uma mão pesada em sua cintura, a respiração calma e ritmada em sua nuca lhe causou arrepios.

Lembranças do sexo entre ela e Ramon vieram em sua mente, trazendo calor em sua intimidade.

Ela se mexeu e acabou encostando na longa ereção dele.

- Se fizer isso de novo não respondo por mim – disse ele com a voz quente e rouca ainda de olhos fechados.

Ele lhe deu um beijo na nuca, mordidinhas, lambidas e beijos em seu pescoço, na orelha, quando apoiou o cotovelo na cama viu as marcas no pescoço dela e o sentimento de posse rugiu em seu interior, ela era dele e não havia nada que mudasse isso.

Lê se contorcia debaixo dele, o desejo e as lembranças acenderam o fogo dentro dela e tiveram um sexo intenso e explosivo novamente.

***

Depois que se acalmaram, deitados lado a lado, Lê pensou em esclarecer a situação deles.

Puxando o lençol sobre si começou a falar.

- Precisamos conversar...

- Eu prefiro fazer sexo com você – ele respondeu já tentando puxar o lençol dela.

Lê foi incisiva, levantou-se puxando o tecido junto, foi até o banheiro, parando na porta, voltou-se pra ele e disse:

- Preciso de um tempo para processar tudo o que aconteceu, Ramon...

- Como assim tudo o que aconteceu, Lê? Estamos juntos...

- Nós "ficamos" essa noite, isso não muda nada, que foi bom não tenho dúvidas, mas tenho prioridades e preciso avaliá-las!

Ramon olhou-a estarrecido e furioso, sentindo-se usado, levantou-se vestiu suas roupas e saiu batendo a porta sem dizer uma palavra.

Aquilo doeu mais do que ela esperava, mas se ele achava que era só chegar e se impor que tudo estaria certo, estava redondamente enganado, era uma garota moderna, mas tinha princípios e como dizia Sandy e Junior "Se quer me namorar, vai ter que rebolar".

Entrando no banheiro se olhou no espelho, sua pele estava brilhando e corada, seus lábios inchados e seu pescoço tinha várias marcas, droga, se ele queria deixá-la irritada conseguiu.

Mas tinha que admitir, tinha sido melhor do que ela esperava, mas seria suficiente?

***

Mais tarde soube do ocorrido na casa, da morte da bandida e da causa, aquilo chocou Lê, a ideia de que estavam sendo "observadas" mexeu com ela, se sentiu invadida, era hora de agir, mas tinha que sair sem ser incomodada.

Quarenta minutos mais tarde ela estava estacionando em frente aquele prédio de novo, olhou no relógio eram quase duas da tarde, provavelmente encontraria quem estava procurando ali.

Caminhou com passos decididos até a recepção e quando se anunciou teve sua entrada autorizada sem nenhum transtorno.

Subiu até a cobertura e assim que saiu do elevador lá estava ele a esperando na porta.

- A que devo a honra de sua visita Letícia? – foi dizendo com voz sedutora.

- Duart, sempre galanteador e bem arrumado. No entanto, dispenso esses seus galanteios fajutos.

Ele riu, adorava sua rispidez a ele, excitava-o.

- Nunca se sabe quando uma linda mulher pode me procurar, não é mesmo? Além do mais sabe que sou louco por você. Falou diretamente olhando-a.

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