Capítulo 9

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Na segunda de manhã Lê despertou de seu sono, as 7:00 horas como de costume, e sorria sozinha feito uma louca, com as lembranças de suas presepadas em coletividade, nunca bebera antes em sua vida, e na primeira, escorrega na bananeira, quando em sua vida imaginou que estaria vivendo tantas farras na casa das amigas? E não podia nem em um segundo cogitar a ideia de que aquilo era algo ruim, porque era o que a muito a aliviava de tristezas e solidões, e por que não se mudar de vez para junto delas... Lê lembrou da festa do pijama e da forma nada apropriada de se acordar com o rosto ou melhor, a boca na botija, e que botija...Hugostoso, ela gargalhou à vontade e seguiu para o seu banho, dando sequência a mais um dia de trabalho.

Lê esperava mais uma semana de exaustão dentro da calmaria de seu departamento, mas tal foi sua surpresa quando todas foram avisadas de que se preparassem pois entrariam em campo, um agente infiltrado havia descoberto uma quadrilha que mantinha mulheres cativas, explorando-as e subjugando-as a caftinagem, e que estas seriam transportadas em contêineres para fora do país e hoje por fim dariam uma batida no local, seria agora o momento crucial para libertá-las.

Todas as agentes estavam se aprontando e a tensão que as rondava não era para menos, o perigo ao qual todos ficam expostos não é pouco, mas tudo isso tem um outro lado, todos que estavam ali, estavam por que de fato se identificavam com a coisa toda, a adrenalina, a expectativa e o senso de justiça, a ideologia que ninguém por pior que fosse merecia passar por aquilo.

Emi Meyer adentrou a sala em sua permanente posição de Comando, não suportava meios termos, era precisa.

Observando logo comentou.

- Meninas não sabemos ao certo sobre local, temos batedores na frente e estou montando uma retaguarda. Lê preciso que você coordene as rotas.

Lê logo empertigou-se já entrando em seu território sagrado, idéias lhe ferviam em mente.

- May precisamos que você encontre o líder, pegue o gestor daquilo lá e que nos conte algo. Temos que ter certeza de que assim que entrarmos, somente um comanda aquilo tudo e temos que ser nós.

- Adri entre já na ação passando coordenadas a Lê, precisamos de tudo certo e eficaz,sem falhas.

- Rafa vamos fechar o cerco pra eles, monte uma logística infalível, enquanto isso Sil já vá analisando algumas imagens que Adri já conseguiu registrar via satélite do local, posição de franco, Sil.

Emi vendo todas entretidas em suas funções achou que seria um bom momento para avisá-las que o comando da operação não estava ligado apenas ao seu. Aquele cretino chefe dos Gigolôs estava lá pra infernizar também. Mas que ele tenha entendido quando ela disse que não queria que ele metesse o bedelho nas suas decisões, ou a coisa ia ficar feia.

Meninas, quero que saibam que teremos um apoio nessa operação, temos um grupo de agentes que estão espalhados por aqui, para nos auxiliar, ser nosso suporte, então sejam delicadas.

Emi piscou para suas garotas e estava orgulhosa da equipe que montara, mulheres determinadas,inteligentes e treinadas, suas Nick's.

***Lê preparou 3 rotas distintas com equipes de batedores em carro e motos, ela estaria a frente. O galpão utilizado pra manter os cativos fica no extremo da cidade, numa viela isolada, o que permitiu a Rafa situar duas equipes em solo,ambas cercando o perímetro. Nada passaria sem ser visto,até o mesmo o vento.

Lê conduziu a rota, lançou uma equipe de duas motos e um carro pelos fundos do galpão, duas motos de cada lado e dois carros e três motos na frente e ainda manteve uma equipe de batedores a 1km do local, caso houvesse a possibilidade de fuga.

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