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-É-É. Acho que vocês estão c-certos. -Disse Loue um pouco envergonhado.

-Mas Lea, os riscos do aborto são muito grandes. São os abortos clandestinos, em que muitas e muitas mulheres morrem. E é o único jeito se você quiser abortar. -Falei.

-Eu sei. Quer saber... Vamos fazer isso logo. -Lea falou se levantando.

-Tem certeza? -Perguntei.

-Sim. Acho que é o melhor a se fazer. Assim é mais fácil.

-Ok, mas e se tudo der errado? E se v-você m-mo... -Não consegui terminar a frase.

-Eu não vou morrer. Vamos logo, conheço uma pessoa que faz.

Todos fomos junto com ela.
Uma mulher velha abriu a porta.

-Oi Marlene.

-Oi Eleanor. O que veio fazer aqui?

Ela ficou quieta.

-Ela engravidou e quer abortar. -Louis falou.

-Tem certeza? -A velha perguntou.

-S-sim. -Gaguejou.

-Então entrem.

Todos entramos e a velha disse para os garotos esperarem na sala e me deixou entrar com Lea.

Eleanor deitou em uma cama e quando a velha estava prestes a iniciar o processo, Eleanor falou:

-Espera.

-O que foi querida?

-E-eu... Não sei.

-Não sabe o que?

-Não sei se quero fazer isso.

-Tudo bem. Tire mais dias para pensar e qualquer coisa volte se quiser.

-T-ta.

Eleanor se levantou da cama e eu segurei em sua mão, que estava gelada e soando frio.

-O que houve Lea? -Os meninos perguntaram quando saímos do local do aborto.

-Ela quer pensar. -Falei.

-Ok, tudo bem. -Falou Louis.

Todos nos despedimos da mulher e fomos embora.

Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora