A Sedutora e o Patrão - Trilogia Bandidagem: Livro 1

Capítulo 1 | Balada

"Ela tem cara de anjo, mas na verdade é uma ladra, rouba o coração dos maloqueiros da quebrada, ela é demais."
Tribo da Periferia (Ladra)

Resolvi fechar meu coração desde minha última desilusão, me iludi a tal ponto que chegou a ser ridículo. Ele não me mereceu e dei a volta por cima, e hoje, nem se ajoelhar em minha frente o perdoo, gargalho e não o aceito novamente.

Após a manhã corrida na loja, mereço pelo menos, um almoço digno, opto por um restaurante com comida mais leve. Antes resolvo ligar para Bella.

— Oi piranha. — atende logo no primeiro toque.

— Oi galinha, como vai? — respondo gargalhando.

— Bem e você?

— Ótima. — preciso sair. — Algo para hoje?

— Hum. — ela parece pensar. — Que tal uma balada?

— Pode ser. — murmuro. — Passa lá em casa?

— 22:00h, não atrase.

— Ok, tchau galinha. — desligo sem dar chances de Bella responder.

Resolvo ir em um restaurante no centro, assim que faço meu pedido, me sento na mesa 12, que era a única vazia, percorro meu olhar para ver se encontro mais alguém, só me chama a atenção uma mesa no fundo do local onde há uns 5 homens, a maioria tatuado, observo cada um, porém um me chama a atenção. Ele está com a a barba por fazer, está usando óculos escuros, é alto, musculoso e um porte que chama bem a atenção. Ao olhar para ele, percebo que me olha também, mas logo desvio o olhar.

Alguns minutos depois o garçom chega com minha comida, almoço e peço a conta.

— Sua conta já foi paga senhora. — o garçom baixinho diz.

—  O que?

— Aquele senhor da última mesa que está de óculos escuros.

Reviro os olhos, odeio que paguem por mim.
Pego uma nota de 100 e o entrego.

— Entregue para ele o que lhe deu e tome isso para pagar a minha conta.

Me levanto, arrumo minha roupa e assim saio.

Passo a tarde toda no meu escritório, lendo alguns contratos e revendo outros, fazendo novas parcerias e renegociando com algumas clientes. Notando que está quanse na hora de fechar, ajudo as funcionárias até que todos os clientes estejam devidamente. estou perto de fechar a loja. Pego algumas roupas que separei para ficar arrumando-as em uma bolsa e trancando a loja à seguir.

Em meu prédio, pego as correspondências e subo. Entro em casa indo até a cozinha, esquento minha marmita e em seguida vou para o banho.

Assim que termino de me arrumar escuto uma buzina deduzindo ser Bella, pego minhas coisas e saio.
Chego no carro e minha amiga está extremamente linda.

— Nossa que hein, piranha. — fala sem nenhuma pausa. — Vai pegar vários boys, huuuum. — sorri maliciosa.

— Claro, quem dispensa é exército, aqui nada passa, galinha. — faço minha melhor cara meiga.

Minha amiga sorri de imediato.
Ligo o som no último volume e assim seguimos todo o trajeto.

A fila da balada está enorme, irei de camarote. Entramos rapidamente pegando algumas bebidas e ficamos no bar enquanto Bella procura por seu namorado.

Ela logo o encontra, Rick me comprimenta juntamente com um amigo, que percebo que não me é estranho, só não sei de onde o conheço.

Fito o cara, manjando tudo, até o bonitão da um sorrisinho safado, o reconheço de imediato: o bonitão do restaurante mais cedo.

— Se gostou pode continuar apreciando. — sussura enquanto viro mais uma dose de whisky.

— Não encontrei nada demais. — sorrio mais maliciosa ainda.

— Olha, gostei do que vi. — me olha de cima a baixo. — A gata tem nome?

— Não, mamãe vendo essa perfeição me deixou anônima. — digo sarcástica. — Maya.

— Felipe, quer dizer, FV. Satisfação, já que prazer é só na cama. — sussura rouco.

— Satisfação. — brindamos a mais uma dose.

— Sabia que é feio ficar recusando presentes. — se refere ao episódio no restaurante.

— Precisa mudar seu conceito de presente então, bonitão.

— Me ajuda a mudar então.

Arqueio a sobrancelha, FV apenas assenti.

— Primeiramente — ergo sua cabeça para ter certeza de que presta atenção no que estou dizendo. E ele está. — Presentes entregues somente em mãos. — ligeiramente, Felipe enlaça seus braços em minha cintura. — Em segundo lugar, subornar meros trabalhadores não vale. — ele sorri. — Em terceiro, se quer presentear uma mulher devidamente. — sussuro e logo se arrepia. — A satisfaça na cama, nada melhor que um bom sexo.

FV logo me prensa na parede, colando nossos lábios de forma urgente.
Ele intercala entre beijos, beijo no pescoço e mãos bobas. Para o atiçar mais um pouco, resolvo o puxar até à pista de dança.

Imaginando minha intenção ele apenas sorri de lado. Dançamos algumas músicas eletrônicas, até começar uma romântica.
Gargalho negando e indo até o bar.

— Fugindo na melhor parte?

— Repondo um pouco de energia, não acha?

Pronta para pegar mais uma dose, querendo esquecer de tudo e todos a minh volta, porém sou Felipe nega ao barman.

— Ei loirinho. — chamo o barman. — Sou responsável por mim, não? — o moço sorri. — Então me vem mais duas, eu que mando em mim, porra!

O loiro dá de ombros e rapidamente minhas duas doses são colocadas em minha frente.

— Vai com calma gata, daqui a pouco tu nem lembra teu nome. — Felipe diz assim que viro a primeira de uma vez.

— Relaxa baby, essa é a intenção. — pisco para ele, grudando nossos corpos.

Felipe gruda nossos lábios e caminhamos para uma parte mais escura da balada.

— Êpa, êpa. — Bella grita chegando perto.

— Algum problema? — indago olhando para a cara cínica dela.

— Imagina, amiga. De maneira alguma. — que vontade de amassar essa carinha dela. — Estamos indo embora, quer carona?

— Não. — FV responde rapidamente.

— Porra cuzão. — Rick zoa com o amigo.

— Vamos, amor. — Bella o chama e saem logo após.

Pego mais uma dose, mas quando vou brindar com o Felipe alguém passa do meu lado e me tromba fazendo com que derrame a bebida.

— Ei, não tá me vendo aqui não? — grito.

É, devo admitir, sem estar no meu estado sóbrio sou meio estressada.

— Calma, vem deixa eu limpar.

Ele rapidamente tira alguns papéis toalha do bolso, ou sei lá de onde — já que não prestei muito atenção — e começa a limpar aonde derramou.

A bebida acabou caindo em meus seios e na barriga. Felipe limpa a barriga primeiro.
Só não sei se por estar meio bêbada, ou o perfume dele tão perto de mim, seus dedos limpando ao mesmo tempo de uma maneira gostosa, seu hálito quente perto de meu ouvido ou seu pacotão roçando em mim.

E logo estamos de frente um para o outro, praticamente colados, respirações ofegantes e beijos selvagens.

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