Capítulo 24 | O Dono dos Meus Pesadelos

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"Se a favela é nossa eu quero ouvir.
O grito dessa multidão que nunca pensou em desistir.
E não vai ser nota de 100 que vai nos fazer refém,
Tira a grandeza da cabeça, você não é mais que ninguém.
Cê quer saber, os barraco da perifa é onde tem o poder."
Pacificadores (Chorar Pra Quê).

Chegamos na quadra e o som está estralado, último volume e só as músicas fodas tocando.

— Minhas pernas estão doendo. — Bella reclama.

— As minhas também, pega uma bebida para começar por favor Mari?

— Pego, folgada.

Eu e Bella vamos pro meio da muvuca enquanto Mari pega a bebida pra nós.

— Só sei que hoje quero aproveitar e muito.
— digo.

— E eu quero me perder, eu não quero me achar. — Bella cantarola.

Mari chega com nossas bebidas, já bebo o líquido todo de uma vez só pra aquecer.

— Vodka né? — ela assenti. — Só saio daqui carregada hoje.

— Bora beber que a noite apenas começou.

~

Já nem me lembro quantos copos bebi, no momento estou meia louca, já fumei maconha, usei narga e sem contar dos copos de uísque, skol beats, entre outros.

Estou enxergando tudo embaçado até FV chegar em mim.

— Já chega né?Olha tua situação Maya, daqui a pouco tá pelada.

— Não é uma má ideia. — falo para provocá-lo.

— Vamo lá pra casa,cadê as meninas?

— Mari está por aí e Bella foi ao banheiro.

— Só espera uma delas colar aqui e nois sobe lá pra casa.

Fico dançando enquanto nenhuma das meninas aparece, FV briga comigo o tempo todo, devia ter ido pra outro lugar, 3 caras queriam ficar comigo mas ele botou eles pra correrem.

— Aleluia tu chegou. — disse pra Bella. —
Maya vai lá pra casa.

— Tá, juízo. — ela também não está em uma boa condição.

Vamos à pé já que ele disse que deixou a moto com alguém aí por alguma coisa que não prestei atenção.

— Cadê a tua responsabilidade? De saber beber?

— Agora quer me controlar, é? — dou uma risada. — Se nem meu pai me mandou algum dia acha que homem vai me mandar?Me erra cara.

— Não vou descutir com gente bêbada.

— Não estou descutindo e estou sóbria.

— Não está não,ei olha pros lados quando for atravessar. — quase fui atropelada.

— Agora quer me ensinar até como se atravessa a rua, me deixa em paz Felipe. —reviro os olhos.

— Adoro quando me chama de Felipe. — diz se aproximando.

— Tu é bipolar, impossível te entender.

— Não sou nada,até tu entender que. — foi interrompido por foguetes. — Que porra,invasão justo agora?

— Preciso ir no banheiro.

— Dá uma segurada aí porque falta pouco pra chegar em casa.

— Viu.

A Sedutora e o Patrão - Trilogia Bandidagem: Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora