Capítulo 54 | Ameaças

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"É, e na hora que eu te beijei.
Foi melhor do que eu imaginei.
Se eu soubesse tinha feito antes.
No fundo sempre fomos bons amantes."
Maiara e Maraisa (Medo Bobo).

Acordo atrasada, para variar.
Culpa desse idiota que me fez dormir tarde ontem.

Tomo um banho rápido, visto uma calça jeans com um regata e blazer preto, arrumo meu cabelo e passo uma make leve.

— Já estou quase saindo, tu vai ficar? — pergunto ao Felipe que acaba de acordar.

— Me arrumo rapidão, pera aí.

— Só porque tenho que procurar meu sapato primeiro. — ele continua quieto. — Anda logo.

— Tô indo.

Após procurar e não achar o sapato por todo o quarto, desisto e pego um qualquer na mala.

— ANDA FELIPE, QUE MERDA! — grito nervosa pela demora.

— Tô pronto, linda. Quanto estresse.

— Como tu percebeu não estou bem humorada hoje então me poupe. — pego minha bolsa. — E para de me chamar de linda,  vou te mostrar o linda na tua cara.

Descemos para o café e somente minha vó se encontra na mesa.

— Bom dia queridos.

— Bom.

— Aonde estão os outros?

— Teu avô foi para a empresa e o Nico dar uma corridinha.

— Ele dormiu aqui?

— Sim e disse que dormiu mal à noite, quase nada.

FV me olha constrangido. Dou de ombros.
Uma coisa que não tenho é vergonha.

Como rapidamente enquanto ele enrola.

— Estou saindo, se quiser ficar fica. — o apresso.

— Também vou. — levanta rapidamente e dá um abraço na minha vó.

Pego minha bolsa e saio. O Sr.Guzman me aguarda.

— Bom dia. — digo ao senhor.

— Bom dia senhorita. — assente. — Senhor.

Entro no carro e o Felipe entra logo após correndo com o celular na mão.

— Eu estou vendo viu.

— O quê? — ele olha confuso.

— Essa intimidade com a dona Laura. — ele sorri. — Para de fica puxando o saco dela.

— Que isso pô! Mas eu gostei dela, é mó gente boa.

— Haha. — forço uma risada. — Que vergonha, uma mãe gera o filho 9 meses, cria, educa, faz tudo para no final ele falar "mó".

— Ah Maya, num fode. — coça a cabeça.

— Vou nem comentar nada.

— Porquê todo esse mau humor?

— Tu me fez perder a hora.

— Relaxa, vai acontecer mais vezes.

— Não vai.

— Tu quem pensa.

— E como está lá no morro?

— Tá de boa, Rick tá cuidando de tudo.

— Hum, legal.

— Se interessou foi?

— Não, só perguntei por educação mesmo.

— Ô educação. — debocha e dou de ombros.

FV:

Maya tem que ir pra loja resolver os b.o lá dela, mas vou acompanhar porque vai que né.

Ela entra e sai cumprimentando as pessoas ate abraçar um cara... mas pera... eu conheço esse filho da puta. Kaique.

Porra! Cerro meus punhos e o viado sorri debochado pra mim.

— Vocês se conhecem? — Maya me olha.

— Infelizmente! — dou de ombros.

— Então não vou precisar apresentá-los,mas Felipe esse é Kaique, o gerente da minha loja.

O QUÊ?

— Felipe? — debocha.

— Vai me esperar? — assinto. — Tá, tenho algumas urgências,bye.

Ela sai andando pela loja enorme, o zé roela caminha até uma salinha.

— Então quer dizer que o fodão FV veio parar aqui no México?

— Se tu tá me vendo aqui, otário!

— Espero que tu já tenha manjado mais ou menos, né?

— Pera... não acredito que a Maya é a mulher que você veio se vingar. — coço a cabeça tentando pensar nessa possibilidade.

— Bingo! — bate palmas.

— Tu é um otário, saiu do morro para fazer uma vingança e ainda por cima com a Maya. — meu sangue ferve. — Quer dizer que tu tá querendo acabar e tirar tudo dela? — pego ele pela gola da camisa e jogo na parede.

— Sim, e você nem pense em estragar meus planos.

— Se não o quê? — o desafio.

— A polícia brasileira ficaria tão feliz se soubesse que tu tá aqui.

— Tuas ameaças nunca dão em nada. — dou de ombros. — Se eu for preso, sou deportado pro Brasil e lá tu sabe que é mamão, de quebra ainda te mato.

— Eu vou me vingar dessa vadia sim. — bate na mesa. — E não vai ser tu quem vai impedir.

...

A Sedutora e o Patrão - Trilogia Bandidagem: Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora