A Sedutora e o Patrão - Trilogia Bandidagem: Livro 1

Capítulo 42 | Burrada

"A história é outra.
E essa noite tô longe do estresse.
Louca na roupa, subindo o morro com samba nos pés.
O corpo atraí o que a mente censura.
Tô de campana namorando essa lua,
Nesse calor de verão.
Nosso amor não tem jura, mais swing e diversão.
Vou descer essa rua chapada, sei não.
O horizonte insinua meu olhar sem direção."
Tribo da Periferia feat. Look e Belladona (Visão Tá Ouro).

Mari:

Nem preciso descrever o quanto estou feliz com esse bebê à caminho né?!
Preferi em não pensar em como será a reação do Brian, seria doloroso demais e eu sofreria por antecipação.

Preparei o meu quarto em um clima meio romântico (não muito), coloquei algumas velas aromáticas e algumas pétalas de rosas vermelhas.
Como ele gosta de beber eu peguei uma caixa, coloquei um parzinho de sapatinho de criança amarelo (por ainda não saber o sexo), coloquei um bilhete escrito: parabéns ao papai do ano, nós te amamos junto com uma garrafa de velho barreiro, já que é a bebida preferida dele, amarrei a caixa com um laço azul e deixei em cima da mesa, mas precisamente na cadeira que ele senta todos os dias.

Tomei um banho bem demorado, vesti minha melhor lingerie e coloquei o roupão por cima, ajeitei meu cabelo, fiz uma make marcando bem os meus olhos.
A comida já está pronta e eu já coloquei os talheres, os pratos tudo na mesa.

Ligo a tv e deito no sofá para esperá-lo.

Alguns minutos depois escuto a porta sendo destrancada, ele vem na minha direção e sorri.

— Oi. — me da um selinho.

— Oie.

— Tá bem?

— Estou e você?

— Bem, bora tomar um banho? — chego até ele.

— Não, primeiro vamos jantar. — sorrio e ele corresponde.

Nos beijamos até chegar na cozinha, ele me coloca no balcão, coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, me beija e depois observa.

— Você tá diferente.

— Impressão sua. — reviro os olhos.

— Tá com a pele brilhando.

— Deve ser a luz, só isso.

— Tem algo de diferente e eu vou descobrir.

— Larga de bobeira. — me sento à mesa e ele para diante da caixa.

— O que é isso? — me olha confuso.

— Abra e verá. — sorrio.

Ele sorri de volta, coloca a caixa sobre a mesa e começa a tirar o laço.
Assim que abre a caixa, olha para a mesma e me olha confuso.

— Sério isso?

— O quê Brian? — pergunto impaciente.

— Você tá grávida.

— Estou. — não me contive em não sorrir.

— Esse filho é meu?

Cara, não acredito que ele disse isso, foi a gota d'água.

— Não, foi do primeiro que eu vi na frente, nós transamos e puf. — faço cena. — Você é o pai, idiota.

Ele coloca as mãos no rosto, senta na cadeira e começa a chorar.

— Sai daqui.

— Me desculpa por favor.

— DESCULPAR O CARALHO,TU FICAR ASSUSTADO COM A GRAVIDEZ TUDO BEM MAIS DUVIDAR DA PATERNIDADE É DEMAIS PRA MIM. — vou até à porta e a abro. — AGORA SOME DA MINHA FRENTE, IMBECIL.