Acasos

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Cheguei em casa com Vanessa enchendo meus ouvidos sobre o professor. Era como se ele fosse um parasita que entrava em nossas mentes e não queria mais sair.
A casa estava vazia pois mamãe ainda não chegara do trabalho, então fiz oque um jovem como eu costuma fazer: estudar.

Após as duas horas de estudo com uma pausa para o almoço eu deitei. A casa estava vazia sem ninguém com quem conversar, então, resolvi ver filmes.
Eu tinha alguns filmes legais: alguns clássicos, alguns documentários, filmes de terror e até um pornô que Vanessa havia me dado ano passado mas nunca tivera coragem o suficiente... na verdade, talvez eu já tivesse um pouquinho de curiosidade de ver... um pouquinho não, muita.

E lá estava eu, em frente à televisão do quarto da mamãe assistindo cenas de sexo explícito. O filme era um pornô gay, mas não havia entendido uma coisa: porque o policial que eu pensei que ia prender o ladrão acabou tendo relações com ele? Era esse um tipo de feitiche gay?
Enfim! Isso não vinha ao caso.
O filme me deixou excitado e podia perceber que meu pênis estava ficando duro. Coloquei a mão sobre ele por debaixo de meu short e o aqueci com o calor das palmas de minha mão. Então, comecei a me masturbar levemente.
Estava concentrado no que fazia quando algo me assustou.
"Richard, cheguei!"
Saltei da cama na velocidade da luz retirando o disco de dentro do aparelho DVD e guardando em sua capa. Mamãe não podia nem sonhar no que eu havia feito em sua cama.
Corri até meu quarto e guardei o disco do DVD na caixa de onde tirei e desci para falar com mamãe.
"Oi mãe! Chegou cedo! Como foi no emprego?" Perguntei.
"Foi normal, só não tanto pois o filho da patroa quebrou o braço enquanto andava de skate e tiveram que levar o garoto para o hospital" disse mamãe um pouco para baixo ", mas ela me pagou o dinheiro desse mês e em juros! Pelo menos isso!"
"É! Que bom!" Falei ainda pensando no garoto que quebrou o braço. Ainda bem que nunca passei por situações parecidas.
Mamãe ia subir quando parou em frente à escada e olhou para mim.
"Você está excitado?"
Olhei para o volume em meu short e o cobrir com as mãos
"Não é nada, só estou apertado!" Falei a desculpa e sai para o banheiro.

Vanessa ria do outro lado da linha enquanto eu contava o que ou houvera mais cedo comigo.
"Você disse que havia jogado o DVD fora!" Falava Vanessa. "Já tava quase comprando um novo pra você."
Comecei a rir. Eu nunca havia tido um desejo real na vida, e ver aquele filme me fez refletir um pouco, quer dizer, se minha própria mão podia me dar um pouco do prazer que existe como será na hora em que eu for realmente tocado por outras mãos além das minhas?

O dia seguinte na escola foi extremamente difícil. Meu professor de biologia era horrível. Expulsou dois alunos de sala por simplesmente um deles pedir uma caneta emprestada para o amigo do lado -sei que isso é verdade pois vi e ouvi. Mas, depois que as três aulas acabaram, fui ao encontro de Vanessa.
Não havíamos tanto assunto para conversar, pelo menos eu.
"... E ela sabia a resposta mas não quis me dar!" Tagarelava Vanessa sem pausa para respirar.
Ela falava sobre a aula de física, de como o professor havia visto ela conversando e pediu que a mesma respondesse oque se pedia no quadro. Mas, Vanessa não sabia a resposta então passou um momento lamentável de sua vida já que uma garota não a deu a resposta e ainda riu de Vanessa.
Logo depois que os ânimos de Vanessa se acalmaram, ela parou de falar deixando um grande abismo surgir entre nós.
"Ai Richard! Oque há de errado com você hoje?" Perguntou Vanessa vendo que eu não havia demonstrado nem uma reação à sua história.
"Nada, só estou pensativo." Respondi diretamente.
"Tudo bem... só espero que você não fique assim na festa!"
"Que festa?!" Perguntei demonstrando pela primeira vez interesse.
"Uma festa que o pessoal da escola vai sexta-feira! E não venha com desculpas pois você vai, já comprei seus ingressos para o camarote!"
Vanessa, sempre fazendo as coisas precipitadas sem me avisar. Eu não queria ir pra essa festa, pensei em negar, mas, pensei por mais alguns instantes e lembrei que os patrões da mamãe iriam sair sexta à noite e ela teria que ficar cuidando do filho dos donos que estava com o braço quebrado. Eu nunca que iria ficar sozinho em casa, então...
"Okay!" Disse.

Após o intervalo fui ao banheiro e ao sair acabei esbarrando em alguém que vinha entrando. Quase cai, mas o homem me ajudou.
"Tudo bem?" Perguntou Daniel.
O olhei nos olhos e senti que meu coração batia um tanto rápido. Não sabia direito oque ele tinha que sempre me deixara assim.
"Sim, estou bem!" Sorri. "Bem, tenho que ir para a sala, se não posso ser pego pela tia Joana."
Tia Joana era a inspetora que rondava os corredorres da escola à procura de alunos que geralmente ficam fora de sala durante as aulas.
Saí do banheiro e subi as escadas indo diretamente para minha sala. Meu coração saia pela minha boca e minhas mãos tremiam. O professor estava me conquistando.
Cheguei na frente da sala de aula e fui abrir a porta, mas percebi que a mesma já estava trancada e o professor dando aula.
"Merda!" Falei baixinho. Como eu podia ter chegado tão tarde na sala? Agora, tinha que sair o mais rápido possível.
"Ei rapaz! Oque faz fora de sala?" A voz irritante e conhecida soava em meus ouvidos como uma psicose.
Não sabia oque dizer para a inspetora Joana.

Saudações Ao Professor (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora