A escolha

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Saímos do vestiário e andamos pela quadra de esportes. Naquele momento eu estava sentindo múltiplas sensações no meu corpo sentindo-o relaxar e a cada passo que dava era como se o sangue subisse e eu sentisse meus vasos sanguíneos entrando em ação.
Olhei no relógio e vi que era meio dia e quinze. Então significava que Vanessa e Pedro talvez já tivessem me esperando.
Vanessa talvez até desconfiasse que eu estava fumando, mas eu já tinha me preparado bem.
À pouco tempo os olhos de todos estavam vermelhos e cheirando fortemente à maconha. Mas Matheus tinha levado colírio e perfume na mochila.
Dei tchau para os outros e tomei meu rumo. Andei para a direção oposta deles e fui até o lugar de onde sempre encontrava-me com Pedro. Mas alguém me puxou bruscamente pelo braço.
Tomei o maior susto de minha vida. Olhei para o homem e o encarei.
"O que foi Daniel?!"
"O que você estava fazendo com Carla? E quem é aquele garoto lá fora?!"
Pedro! Pedro estava lá! Eu tinha que falar com ele. Será que Daniel nos viu fumar maconha?!
Ele ainda era meu professor e ainda podia me dedurar para a diretora. Que bosta!
"Não interessa quem ele é!"
Me soltei dos seus braços que me seguravam e saí correndo até a escola.
Quando cheguei lá andei normal pois sabia que ali Daniel não iria me pegar pelo braço, mas ele ainda tinha pernas e andava discretamente atrás de mim.
Cheguei até onde Pedro estava.
Ele sorriu.
Eu sabia que Daniel ainda estara andando atrás de mim e tinha que fazer algo. A rua estava vazia mesmo!
"Oi Richard, Vanessa já foi e disse para te avisar que..."
Ele ia falar algo mais! Eu sei!
Mas eu o beijei antes que ele terminasse o que ia dizer. Pedro chegou a hesitar, mas logo depois se deixou levar passando a mão por minha cintura e descendo até minha bunda.
Eu ia ficar mais ali, porém alguém me puxou me separando de Pedro. Era Daniel.
Saí meio desequilibrado e quando olhei de volta apenas vi Daniel dando o soco no rosto de Pedro, mas ele errou e foi acertado em cheio pelo adversário.
Corri até Pedro e o impedi que desse outro. Daniel se afastou.
"Pedro! Calma!" Disse eu tentando amenizar a situação, aliás aquilo era culpa minha.
Daniel se recuperou para querer dar o soco dessa vez não errar, mas eu o impedi também.
"Não!" Falei.
Olhei para Pedro e continue:
"Vá pra casa! Converso com você depois!"
Pedro me olhou e depois para Daniel. Entrou no carro e foi embora.
Olhei para Daniel e depois para os lado me certificando de que ninguém viu.
"O que você estava pensando em fazer?!" Gritei.
Mas ele não falou nada apenas me puxou pelo braço até a sua moto. Deu-me um capacete e subiu. Botei o capacete e subiu logo depois.
Daniel acelerou à toda e saiu rua afora.

Quando chegamos ao apartamento de Daniel eu mal podia crer.
Nem eu sabia o porquê de ter ido com ele até esse lugar.
A decoração do lugar era simples, mas bastante agradável. Nada de cores fortes! Apenas tons claros e pastéis. Como as roupas que eu visto!
Virei-me para ele e sem saber direito oque dizer falei:
"Lugar bastante acolhedor!"
Eu o olhava ainda com o efeito da lombra da maconha. Meu cérebro mandava sinais para meu corpo que me faziam ter leves espasmos musculares.
"Não ligue para a bagunça!" Disse ele após me fitar durante um tempo.
Seus olhar parecia envergonhado. Ele não me olhava direito e quando me olhava era rápido como um raio até seus olhos cruzarem o chão ou algum móvel.
"Vou tomar um banho e depois converso com você, Richard!" Ele parecia sério e talvez triste. "Fique à vontade!"
Sentei em um sofá que estava ali.
Sobre oque Daniel queria conversar? Se fosse pra falar das minhas notas ele não me traria aqui!
Talvez ele quisesse me comer mais uma vez e depois sumir. Mas eu não ligava se ele sumisse ou não. Eu queria ser comido por ele de novo e se ele pedisse pra tranzar comigo mais uma vez eu tranzaria!
Eu podia ouvir da sala o barulho do chuveiro. Onde era o banheiro?! E se eu desse uma olhada em Daniel tomando banho?!
Levantei do sofá. Andei em direção ao barulho.
O apartamento não era muito grande. De cara para a sala havia um corredor e que no final dele havia um quarto. E era de lá que o barulho soava.
Andei e entrei no quarto.
Vi de primeira uma cama e à frente uma televisão pendurada na parede. Ao lado da cama havia um criado-mudo com um abajur em cima e mais algumas coisas como um quadro de Daniel com uma senhora ao seu lado. Provavelmente mãe dele.
Na parede, logo ao lado do criado-mudo havia uma grande estante com vários e vários livros e ao lado da grande estante havia uma porta, o banheiro. O lugar de onde saía o barulho de água caindo.
Me aproximei da porta para tentar ver Daniel, mas, do nada, a água parou de cair. Não tive como sair correndo, meu cérebro estava lento demais para pensar em algo.
A porta se abriu e seus olhos me encontraram confusos. Eu o fitei e então vi que não me senti envergonhado pelo meu ato. Eu tinha que ir logo ao ponto.
"O que você está fazendo aqui?!" Perguntou ele como se não soubesse.
Sorri de um jeito malicioso.
Eu o queria.

Saudações Ao Professor (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora