Já havia passado algumas horas após eu ter chegado em casa. Já havia tomado o estimulante mais ou menos umas cinco vezes naquela tarde.
Eu estava deitado na cama percebendo um formigamento na minha coxa. Não era um formigamento ruim... pelo contrário.
Fui até a minha escrivaninha e me coloquei de quatro para poder ver oque tinha debaixo dela.
Ali estava... O DVD pornô que Vanessa me deu.
Corri para o quarto da mamãe e liguei o aparelho DVD. Coloquei o filme e me deitei, assistindo a cena e ao mesmo tempo associando as imagens da TV com as lembranças de Daniel.
Daniel sabia fazer sexo...
Coloquei a mão por debaixo da cueca e me masturbei. Lembrando da doce dor de ser penetrado, do doce sabor da boca de Daniel. Seu corpo, seu rosto, seu pau...
E alí eu fiquei, me masturbando, até que um grande aperto surgiu na minha ereção. Uma onda me invadia por completo. Meu pau pulsava e então ele jorrou jatos de esperma.
Gozei.Tomei um banho após ficar sem saber oque fazer com meu esperma que havia se espalhado pela minha barriga e até formando uma pequena possa no meu umbigo -pra ser sincero aquilo foi até um tanto hilário.
No filme que eu vi, toda vez que um homem gozava, o outro vinha e bebia o esperma... Eca!
Saí do banho e fui enrolado no roupão até a cozinha. Já era noite aquela altura do dia e eu estava com fome. Bebi um pouco de suco e comi algumas bolachas. Fiquei alí, pensando.
Não sabia se era o efeito do remédio que me deixava assim, mas se masturbar não tinha tanta graça quanto realmente tranzar.Lavei a louça e peguei meu celular.
Meu Deus! Sete chamadas perdidas de Pedro!
Ele havia me ligado às seis e quarenta e agora já eram sete e meia!
Tentei retornar mas ele não atendeu. Saí da cozinha e subi as escadas e chegando no terceiro degrau alguém bate na porta.
Pela força da batida na porta levei um susto.
"Quem é?!" Perguntei com um tom de nervosismo na voz.
Partiu-se um silêncio, mas logo depois a pessoa do outro lado falou:
"Sou eu Richard! Pedro!"
Pedro.
Andei a até a porta e quando a abri olhei ele e me espantei.
Seu rosto estava inchado na parte da bochecha e havia sangue escorrendo de sua testa.
"Ai meu Deus!" Exclamei sem reação.
Puxei ele para dentro de casa rapidamente.
"Oque houve?!" Eu não entendi nada.
"Fui abordado por assaltantes! Eles queriam pegar meu carro. Bateram com um pedaço de ferro na minha testa, mas eu consegui escapar!"
Eu estava horrorizado.
"Okay! Tudo bem! Temos que cuidar desse ferimento!" Eu falava apressadamente.
Mas do nada faltou luz em toda a rua.
Vá se foder energia!
Gritei em meus pensamentos.
"Venha até meu quarto!"
Ajudei Pedro a ir até meu quarto. Sua camisa de um pano bem leve e branco estava toda inundada por sangue.
Acendi uma luz de emergência e a deixei em cima da escrivaninha. Fui até a penteadeira e abri uma gaveta onde continha uma caixa com alguns produtos básicos: algodão, soro fisiológico, esparadrapo e mais alguns trecos.
Coloquei a caixa sobre a penteadeira a olhei para o reflexo. E lá estava, Pedro sem camisa e seu belo corpo à mostra.
Virei-me devagar e o encarei. Nossa que músculos! Seus peitos malhados e seu abdômen era bem divido.
Ele se sentou na cama assim que eu virei, e eu sentei ao seu lado. Joguei um quantidade de soro fisiológico no algodão deixando-o bastante encharcado.
Passei o algodão com soro sobre o corte na sua testa. Pedro hesitou meu toque por um momento já que a área estava dolorida, mas depois ficou parado deixando eu limpar o ferimento.
Limpei todo o sangue que escorria sobre seu rosto deixando-o mais limpo. Ele me fitou. O ambiente estava pouco iluminado, mas a luz iluminava metade de seu corpo, deixando um brilho em seus olhos.
Eu o encarei e baixei a cabeça. Mas ele a levantou novamente e me beijou.
Hesitei. Meu coração pulsava rapidamente.
Eu não podia... Não!
Eu podia!
Beijei ele de volta. Sentei sobre seu colo passando a mão sobre seus macios cabelos. Ele me beijava de um modo doce, porém astuto. Senti que sua mão passava ligeiro sobre minhas coxas. Eu estava sem cueca vestido apenas com o roupão que cobria. Mas ele não era ansioso. Então ao invés de passar a mão sobre minha bunda ele subiu e descansou a mão sobre cintura e depois deitou.
Eu fiquei por cima, passando a mão sobre seu peitoral. Quão definido era...
Parei de beijá-lo havia algo de errado... eu não o amava.
A energia voltou e ficamos ali, um de frente para o outro. Nos olhando.
Ele tinha um olhar doce. Sem maldade.
"Desculpa!"Falei. "Preciso pensar!"
"Eu entendo! Mas obrigado, por não ter sido rude comigo!"
Eu não sabia oque dizer. Apenas sorri.
Então ele se levantou, pegou sua camisa e saiu. Olhei ele saindo pela janela de meu quarto.
Ele entrou no carro ainda sem camisa e se foi.
O fantasma de Daniel ainda rondava meus pensamentos.
Foi então que meu celular tocou. Eu peguei o mesmo e atendi.
"Alô?!"
"Daniel vai adorar saber que você tá de namoradinho novo!" A voz do outro lado da linha me soava familiar.
"Quem é que está falando?!"
"A pessoa que vai acabar com você se não se afastar de Daniel!"
Olhei da janela do quarto e vi um carro preto parado no outro lado da rua com os faróis acesos.
Andei pelas escadas em silêncio para a pessoa não saber que eu estava andando.
"O que você quer de mim?!"
"De você eu não quero nada, mas de Daniel eu quero tudo!"
Abri a porta principal rapidamente e corri até o lado de fora da casa. O carro acelerou correndo rua afora. Eu corri mais ainda, descalço deixando que meus pés se chocassem contra as pequenas pedras do chão com violência.
Mas oque eu queria eu consegui.
"Placa MGF 5680!"
Disse eu para não esquecer. Entrei em casa e liguei para Vanessa.
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Saudações Ao Professor (Romance Gay)
Teen Fiction"Não foi apenas uma pequena queda, eu saltei do topo de uma colina." Richard é um garoto que se julga feio e desajeitado. Tendo como melhor amiga Vanessa, ele sempre a ouviu contar suas histórias sobre seus romances e aventuras, enquanto Richard sim...