Sixteen

Gália Stand

Corro às mãos pelos cabelos preocupada. Choro. Corro as mãos pelos olhos tentando enxugar as lágrimas; seguindo para as têmporas.
Cada segundo, cada momento... É incrível como isso pôde soar de uma forma tão mentirosa capaz de me fazer chorar?! Chorar de dor, talvez medo?!
Ele irá, por que não pode me levar junto?! Todas nós temos coisas em comum, mas uma mais clamante: nossos pais. Não, eles não são os mesmos, não fisicamente. Mas agem como se fossem. E Sim, isso me dá medo. Ali tem um pai nada presente. Juli tem um pai preocupante por suas ações... Eu? Bem, digamos que o meu me fira com uma faca todos os dias. Só que sentimentalmente. Como posso ter me tornado isso?! Como posso ter me tornado isso que sou agora?!
Estava pensando e... Personagens problemáticos não me livraram do que sou ou do que deveria ser... Então bem, não posso dizer não a vida todos os dias.
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Pego a mochila e corro para o ônibus. Quando a porta se fecha.
-Eu não iria te esperar-diz o motorista.
-Não queria que esperasse. -respondo.
-Pode parando, a passagem?-pede o cobrador me secando com os olhos.
Jogo o dinheiro em cima dele e corro para o final do ônibus.
Percebo que, a cada segundo que passa me torno mais eu. Eu de verdade, não a eu imaginaria de dezesseis anos, linda, livre de problemas, com o namorado e a vida perfeita. Nada é perfeito. O perfeito não existe. Não se olharmos com o esses olhos. Não espero mais o amor, ele não virá. Minha vida não se tornou rancor e tristeza, não se preocupe. Apenas quero fugir disso e desmaiar por dez anos e sair daqui.
Desço do ônibus e corro para o portão da escola, não. Não tenho amigas. Acho que ninguém tem de verdade. A solidão é companheira da vida e lhe doa presentes todos os dias, sempre esperando resposta, mas a Vida... Bem, seu coração já está tomado pela morte, que recebe os presentes dados a Vida pela Solidão. Kile me beija, o afasto. O puxando para outro corredor. "Ela era uma confusão de marés, que nunca a deixavam quieta." Diziam os outros. Todos esperam uma loucura minha todos os dias, todos esperam que seja imperfeita me fazendo perfeita e desejada por isso. Sim, todos esperam de mim. As mãos de Kile correm para minha cintura, descendo cada vez mais. O paro, mas mantendo o ritmo, dizendo:
-Hoje, às nove da noite, na minha casa... Meus pais viajaram.
Ele me olha e responde:
-Com certeza.
Corro as mãos por suas costas ele beija meu pescoço, porém o cotenho novamente e saio, indo em direção ao banheiro, me recomponho e vou em direção à aula.
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Espero que tenham gostado!
Continuações:
2:Seventeen
3:Eighteen
Xoxo
<3