"Vai passar"... "Vai ficar tudo bem".
Eu repetia isso pra mim como um mantra pela milionésima vez, nesse dia que parecia não ter fim.
Na escola eram os professores a me perseguirem, em casa meus pais que não largavam do meu pé. Saco!
Entre uma repetição e outra, ficava me perguntando o "porquê" de tudo dar errado pra mim!? O quê? Sou tipo amaldiçoada? Tinha que me lembrar de perguntar a minha mãe, se por caso, minha madrinha tinha me rogado alguma praga, ou se na verdade eu havia nascido numa sexta-feira 13 de agosto - considerado por muitos como o dia mundial do azar - ao invés de no dia 28/07/86 como constava em minha certidão de nascimento.
Além de todas as coisas ruins, que pareciam ficar a espreita para me atacar, ainda tinha que lidar com um maldito calor irradiando por meu corpo inteiro, aquilo parecia que iria me consumir.
Resolvi, mais por impulso que por vontade, dar um mergulho na praia, quem sabe assim conseguiria matar dois coelhos com uma pedrada só, me livraria do calor e aproveitava para aliviar o stress.
Parei meu carro no estacionamento quase deserto, exceto por um carro e duas motos que estavam ali, logo reconheci como sendo o carro da Sra. Call, mãe de Embry, e as motos com certeza eram as que Jacob Black havia reformado para ele e para insuportável da Isabella Swan. Quase desisti da idéia do mergulho, só pra não ter o desprazer de dar de cara com eles.
O descaramento daquela garota Swan era incrível, ela vivia alimentando a paixonite daquele idiota do Jake enquanto ficava pra cima e pra baixo com o esquisitão do namorado dela, o tal do Eduard Cullen. Eu não sabia dizer qual dos dois era mais trouxa, se Jacob por acreditar que poderia tirá-la de Eduard, ou se o próprio Eduard por acreditar que ela era uma Santa que não o trairia facilmente, ficando com o Jake vez ou outra!
Idiotas. Todos eles. Bufei.
Fiquei lá sentada no carro, tentando me decidir, por fim resolvi que deveria aproveitar o mergulho, bastava tomar algumas precauções. Desci do carro, deixando ali meus tênis e minha camiseta, agradecendo mentalmente aos céus por morar em uma Reserva Indígena que ficava a beira-mar, o que era uma excelente desculpa para estar sempre com um biquíni por baixo das roupas, joguei minha toalha no ombro e segui em frente.
Assim que alcancei a praia, parei para fazer um reconhecimento da área, pude ver que á uns 500 metros de onde eu estava haviam três figuras sentadas sobre um troco caído. Reconheci Jacob, Embry e Paul, a garota Swan não estava com eles. Aproveitei o fato deles não terem registrado minha presença e fui caminhando rapidamente para o lado oposto de onde eles estavam.
Andei bem uns 15 minutos, para ter certeza de deixar uma boa distância entre nós, larguei minha toalha em cima de uma pedra junto com meu short jeans desbotado e corri para o mar.
Mergulhei várias vezes, na intenção de lavar minha alma e minha mente, literalmente; nadei um pouco e depois deixei meu corpo flutuando sobre a água que me envolvia e embalava.
Procurei não pensar em nada, só curtir o pôr do sol e a sensação de liberdade completa.
Ultimamente eu estava tento sérios problemas para controlar meu gênio explosivo. Sei que não era justo, mas sempre acabava sobrando pra minha família.
Em minha insanidade buscava encontrar um culpado pra tudo isso. E a primeira pessoa que me vinha á mente era ele. Sempre ele, Sam Uley.
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She Wolf
Fiksi PenggemarComo se não bastasse um coração partido, após o término de seu namoro com Sam Uley, Leah agora terá que lidar com algo muito mais difícil. De repente ela se vê envolvida em uma batalha que não é sua, rodeada de segredos e dor. Ela terá que ser fort...