Eu já estava acorda, e a julgar pela respiração dele que batia em meu rosto, ele também estava. Imediatamente recordei a noite passada, meu coração apertou em meu peito, eu tinha que admitir pra mim mesma, o quanto gostava de estar com ele! Mas será que isso bastava para uma relação? Eu não tinha certeza se estava pronta pra muito mais que aquilo que tínhamos!
Resolvi encarar os fatos e ver no que ia dar. Se ele insistisse na conversa eu daria um jeito de contorna ou, em último caso, de fugir novamente.
Abri meus olhos devagar, ele encarava algum ponto acima da minha cabeça, perdido em seus próprios pensamentos. Uma de suas mãos brincava com uma mecha do meu cabelo, a outra estava pousada sobre minha cintura.
– Bom dia! – cumprimentei-o sorrindo levemente.
– O que vou fazer com você!? – ele disse, dirigindo a pergunta mais para si do que para mim, pousando seus olhos nos meus sem responder ao meu cumprimento.
Respirei fundo para acalmar meu coração aos saltos com a simples idéia de que ele poderia sim, optar por me deixar a qualquer momento. Eu precisava tirar aquilo da cabeça dele, ou da minha; já não sabia mais. Então, tomando coragem deixei minha mão escorregar dos músculos do seu peito até os da barriga lisa e tentadora, fitei-o determinada.
– Ora Paul, você sempre soube exatamente o que fazer... – E para que não houvesse dúvidas sobre do que eu estava falando, passei minha perna em torno da cintura dele, encaixando nossos quadris.
Seu corpo reagiu rápido a minha aproximação, ele tomou minha boca com desespero, sua mão apertou minha cintura me trazendo para mais junto dele, gemidos roucos fugiam entre nossos lábios, não saberia dizer quais eram dele e quais eram meus. Unimos nossos corpos saudosos, sedentos, desesperados.
Ele me manteve ali, presa entre seus braços, seus lábios quentes acariciando meu ombro e a curva do meu pescoço. Meus dedos brincavam em seus cabelos. Assim, juntos daquele jeito, eu poderia apostar que ele, de fato, me pertencia. Sorri com o pensamento.
– Não pense que você vai se livrar fácil assim não, mocinha! – ele disse assim que conseguiu controlar a respiração, imediatamente fiquei tensa, esperando que ele voltasse à carga sobre o assunto espinhoso da noite passada – Acredita mesmo que é só vir rebolando com esse seu corpinho bonito que o trouxa aqui vai cair é? – repreendeu-me fingindo-se zangado.
Eu respirei aliviada por ele ser a pessoa atenciosa que demonstrava ser. Antes de qualquer coisa, Paul tinha farejado meu medo. Por isso cedeu ao desejo e se permitiu brincar assim. Entrei na brincadeira de bom grado.
– E não vai? – perguntei me fazendo de desentendida.
– Vou! Mas você poderia ao menos fingir que não sabe disso! – falou fingindo-se ofendido.
Eu ri abraçando-o mais forte junto a mim.
– Tudo bem, temos um acordo sobre isso – falei séria – Eu vou me esforçar pra esquecer o quanto você é "facinho" e você vai fingir ser mais resistente aos meus encantos! – sugeri fazendo pose de "Fatal" que lhe arrancou uma gargalhada gostosa.
Ele me beijou forte, como se para me punir pelo que eu tinha dito, mas depois o beijo foi suavizando até tornar-se um leve roçar de lábios.
– Só preciso saber de mais uma coisa... – disse-lhe reticente.
– O quê? – perguntou curioso.
– O que teremos para o café da manhã? – perguntei docemente.
Ele me empurrou pra longe dos seus braços, fingindo indignação.
– Isso é demais. Primeiro ela abusa do meu corpo, agora explora minha boa vontade. Sinto-me usado! – ele disse isso puxando as cobertas até a altura do queixo para cobrir sua nudez, como se estivesse se sentisse ultrajado.
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She Wolf
FanfictionComo se não bastasse um coração partido, após o término de seu namoro com Sam Uley, Leah agora terá que lidar com algo muito mais difícil. De repente ela se vê envolvida em uma batalha que não é sua, rodeada de segredos e dor. Ela terá que ser fort...