Capítulo Dez - Primeira Parte

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Borá lá para mais uma capítulo para saber o que vai acontecer com esses dois? Farei as postagens agora de terça e quinta meus amores!!! Assim vocês não precisam esperar a semana toda para poder ler mais um pedacinho!!!

Boa leitura!

Capítulo Dez (Eva)

Acordei me sentindo revigorada. O despertador nem teve que ser marretado várias vezes e colocado em soneca uma vez após a outra.

Estava feliz. Mal podia esperar para ver Willian de novo.

Willian.

Pensei em seu nome com carinho.

Tomei um banho escaldante que acabou de relaxar qualquer músculo que poderia estar tenso em meu corpo.

Antes de começar a me vestir, conferi no espelho como andava a situação dos meus hematomas.

O do pescoço estava quase sumindo. O do pulso estava só um amarelado. O do joelho ainda era bem visível, mas tinha passado de roxo-esverdeado para amarelo-alaranjado. E nas costas ainda tinha algumas marcas onde as raízes da árvore haviam me arranharam.

Minhas mãos estavam quase que completamente cicatrizadas. Foi bom ter feito o curativo no mesmo dia, isso ajudou muito.

Dei uma espiada pela janela. Ela estava embaçada, o que era sinônimo de frio.

Coloquei um vestido de mangas compridas, um cinto, uma meia-calça marrom, botas de cano baixo, um sobretudo, luvas e completei com um cachecol. Não quis colocar nenhum capuz para não amassar o cabelo.

Senti-me quente e agasalhada o suficiente para enfrentar o frio.

Desci correndo as escadas de dois em dois degraus. Músculos 100% recuperados.

Minha mãe ainda estava dormindo, por isso escrevi um bilhete para ela de bom-dia e desejei um bom plantão. Ela trabalharia na parte da noite. Então só nos veríamos no outro dia.

Abri a geladeira para pensar, mas nada me apeteceu. Eu sabia exatamente do que tinha fome. Mas não iria encontrá-lo em minha geladeira. Ri sozinha do meu pensamento. Acabei por pegar uma pera. Isso enganaria o estômago até a hora do intervalo.

Ouvi o bip do celular indicando que tinha chegado uma mensagem de texto. Era de Beka perguntando se eu queria carona para o colégio. Mas pude ler nas entrelinhas que o que ela queria mesmo era saber dos detalhes. Revirei os olhos e respondi que sim.

Assim que terminei de escovar os dentes, escutei a buzina na frente de casa e saí correndo.

Nem bem entrei no carro e já fui metralhada de perguntas por uma Rebeka louca de curiosidade.

– Conta tudo e não me esconda nada – falou, às pressas, virada para mim.

– Bom dia para você também, amiga – cumprimentei, sorridente, fechando a porta do carro.

– Vocês se beijaram! – exclamou Beka, com uma voz que soou mais um gritinho, jogando um verde para que eu me entregasse.

– Beijamos? – falei, como se estivesse consternada com a acusação dela.

– Nem venha com essa, Eva. Ninguém em sã consciência está tão feliz assim a essa hora da manhã, ainda mais com essa temperatura.

– Está tão na cara assim? – perguntei.

– Claro! você está com um sorriso de orelha a orelha e não se parece nada com a pessoa que entrou no meu carro há dois dias.

Fiquei feliz em saber disso. Não gostava nada de parecer tão triste por sentir aquele vazio horrível por causa de Noah.

Labirinto de Espelhos  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora