Capítulo Dez - Segunda Parte

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Quinta de pré Natal merece mais um capítulo de Labirinto de Espelhos fresquinhos!
Bora ler?

Ele se desencostou do carro e veio em minha direção. Eu dava pulinhos por dentro por saber que ele estava ali por minha causa. Mesmo eu me encontrando neste estado deplorável.

– Oi – falou, parando a alguns centímetros de mim. – Fiquei sabendo que não tinha carona para voltar.

– Verdade? – falei sem jeito.

Como eu queria um corretivo e um blush agora. Bem, o blush nem tanto porque eu já sentia meu rosto pegar fogo.

– Como é que você sempre sabe de tudo?

Willian deu de ombros e se aproximou ainda mais. Seu perfume era muito bom. Inspirei inclinando-me um pouco para a frente a fim de sentir seu cheiro.

Willian passou os braços por minha cintura me envolvendo. Achei que me beijaria, mas seus lábios foram  para o meu pescoço. O que também era muito bom.

Segurei em seus ombros para me equilibrar melhor. Meu coração já estava palpitando e minha respiração, profunda e desejosa.

– Senti sua falta hoje – falou, passando os lábios por minha clavícula.

– Hum... – Não conseguia responder. Meus olhos estavam fechados, eu estava entregue a ele.

– Vamos. – disse, pegando minha mão e me conduziu para o carro.

No estado em que estava, eu não sabia mais nem meu nome. Estava em êxtase por ele estar ali. Todas as dúvidas e horas pensando no que podia ter dado errado foram por água abaixo.

Seu carro estava com um pouco menos do cheiro de novo, mas ainda tinha o cheiro de Willian. O que era muito melhor.

Chegamos à minha casa em pouco tempo.

Fiquei na dúvida do que fazer quando Willian parou. Se devia descer ou ficar, mas eu precisava saber o que tinha acontecido com ele durante o dia.

– O que aconteceu com você hoje? – falei rápido, antes de perder a coragem.

– Tive que ir embora. Tive alguns problemas para resolver. Só consegui voltar agora há pouco – explicou-se. Parecia sincero. – Mas queria vê-la antes do dia terminar.

Segurei-me para não abrir um sorriso de orelha a orelha e derreter no banco de seu carro com aquelas palavras.

– Não que tenha que se explicar. Só queria saber – falei, quase sussurrando.

– Quando quiser saber alguma coisa, é só perguntar.

– O mesmo para você.

– Posso perguntar qualquer coisa? – perguntou olhando- me com uma sobrancelha arqueada.

– Pode – respondi.

Eu queria que ele perguntasse. Isso era sinal de que estava interessado. Não era?

– Como vai seu namoro à distância, Eva? – disse, segurando um sorriso.

Meu queixo caiu. Tenho certeza de que estava fazendo careta para ele. Como ele podia saber que eu tinha conversado sobre isso com Marcus?

Como eu odeio fofocas de cidade pequena. Marcus deve ter falado para alguém e foi passando até que chegou em Willian. Pelo amor de Deus.

– Você mexe no colar quando está
nervosa – disse, pegando minha mão que girava o colar compulsivamente.

Labirinto de Espelhos  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora