Capítulo Nove - Primeira Parte

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Mais uma linda quinta chegou! Prontas para mais um capítulo? O que acontecerá com Eva e Willian? Eles estão apenas começando a se conhecer melhor!

Boa leitura Amorecas!

Willian me levou até seu carro e abriu a porta do passageiro para que eu pudesse entrar. O carro parecia novinho em folha, recém-saído da loja. E acho que realmente era. Sabe aquele cheiro característico de carro novo que aos poucos vai saindo? Ele tinha esse cheiro. Mas também cheirava a Willian. Um perfume de cravo com um toque amadeirado. Sabia que, mesmo que passassem mil anos, eu ainda me lembraria do perfume dele.

– Para onde? – perguntou, fechando sua porta ao se sentar ao meu lado.

– Não sei, o que você quer ver primeiro? Uma das sete maravilhas da cidade? Se começarmos agora, devemos demorar meia hora para dar uma volta e ver tudo – alertei, dando de ombros e sorrindo para ele.

– Então vamos dar várias voltas hoje, Eva. Não pretendo trazê-la para casa tão cedo – disse, olhando daquele modo que me fazia tremer por dentro.

E nesse instante meu estômago roncou alto.

– Acho que devemos começar por qualquer uma das sete maravilhas que tenha comida - disse ele.

– Então é só seguir reto e virar na terceira à direita até a estrada antiga, lá eu mostro aonde ir. Vou levá-lo em um lugar que faz o melhor pão na chapa da cidade.

– Você é quem manda – falou, batendo uma continência.

E sem nenhum aviso ele se inclinou para mim, seu rosto veio em minha direção, em menos de um segundo meu coração começou a galopar em meu peito.

Ele estava muito próximo. Pude sentir seu cheiro como ondas de calor que se chocavam contra minha pele.

Estávamos a poucos centímetros um do outro. Seus olhos verdes me fuzilavam. Mas não conseguia parar de olhar para seus lábios, que só podiam ter sido esculpidos por deuses e estavam a poucos centímetros dos meus.

Ele me beijaria no carro? Sim. Eu queria muito sentir seu beijo de novo.

Eu começaria a tremer de nervosismo e ansiedade. Entrelacei os dedos em meu colo para impedir que a tremedeira começasse.

Willian chegou o mais perto que pôde se inclinando para cima de mim, sem me tocar. Era possível duas pessoas estarem tão próximas e não se tocarem?

Eu não sabia mais onde estávamos, só aqueles lábios me importavam.

Comecei a fechar os olhos esperando que ele me beijasse, quando vi que Willian deslizou seu braço passando suavemente por meu queixo, tão suave que eu mal senti seu toque. Ele desviou os olhos dos meus por um instante e, sorrindo, pegou algo atrás do meu ombro e falou:

– Não esqueça do cinto – E falando isso, pude ver que ele estava puxando o cinto de segurança colocando-o em volta de mim e se afastando.

Não. Não se afaste.

Quase o puxei de volta para mim. Mas me contive.

Meu coração estava a mil, minhas mãos estavam tão apertadas em meu colo que quando afrouxei o aperto meus dedos doeram com a súbita corrente de sangue que voltou a fluir. Eles passaram de brancos arroxeados para a cor normal novamente.

– Está com frio? – Willian perguntou, olhando para os meus ombros que tremiam discretamente.

– Não. Estou bem – falei, tentando me recompor daquele momento.

Labirinto de Espelhos  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora