Capítulo 14 - "O jantar"

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NOTA INICIAL DA AUTORA

Não prometi que iria aparecer antes do ano novo, mas apareci! Quis deixar um presentinho de fim de ano *-*
Que nesse novo ano que se inicia continuemos com o clichê de nos renovarmos. Que Deus, Ala, Iemanjá e todos os outros nos mandem muita alegria, felicidade, amor e leitores :D
Nos vemos novamente em 2016. Beijosss

*

- Eu não acredito que está indo jantar com ele. Deixa só Pacco saber disso - Judith repete enquanto aguarda que eu termine de arrumar o cabelo para encontrá-lo.

- Estou indo para colocar um fim nisso de uma vez por todas – repondo, colocando os itens necessários na minha bolsa.

- Você está indo com esperanças. Eu conheço você. - Seu olhar demonstra preocupação. - Adam não vale nada, Em.

- Não era você quem o defendia nessa história?

- Não. Eu sempre desconfiei da história, porém nunca fui muito simpatizante dele, sabe disso. - É verdade. Jud não perdia uma oportunidade de alfinetá-lo.

- De qualquer forma, eu não me importo. Nada que ele diga mudará minha decisão e sentimento. - Minto.

- Nem se ele recitar Shakespeare em uma serenata romântica? - Me pergunta com receio.

- Nem se ele recitar Shakespeare em uma serena romântica. - A tranquilizo. - Agora vamos, ou você irá se atrasar para o espetáculo.

Quando estamos no elevador, indo em direção ao estacionamento. Meu celular toca. Há tempos não ouvia esse som, a música flashlight da cantora Jessie J ecoa por entre as paredes.

- Alô? - atendo com um fio de voz após ver quem me liga pelo identificador de chamadas.

- Passo no seu prédio em 5 minutos. - Adam não pergunta e posso ouvir de fundo alguém perguntando para que andar está indo.

- Não é preciso. Vou com o meu carro. - Ouço quando pragueja. - Preciso deixar Jud no teatro antes do jantar e espero encontrá-lo quando chegar. Não tenho muito tempo vago, como pensa - atiro e desligo logo em seguida.

- Não deu tempo dele responder, não é? - Minha irmã sorri. - Essa é a minha garota!

Minhas mãos tremem quando alcanço as chaves do carro para desligar o alarme, mas a minha irmã não precisa saber disso. Adam volta a me causar ansiedade.

***

Entrar no Pacco's e não encontrar o meu melhor amigo recebendo a clientela é estranho, mas me causa um certo alívio hoje. Uma pressão menor sob os meus ombros.

Procuro e avisto Adam sentando em uma mesa para dois ao fundo do restaurante. Como sempre, se destacando pela altura e porte.

Observo-o bem, antes que me veja. Um Rolex dourado chama atenção na pequena parte do pulso exposto, já que veste um suéter justo de manga comprida na cor azul marinho, a cor que mais lhe favorece, segundo disse a ele em uma das nossas conversas. Está fazendo de propósito.

O suéter cai tão bem em seu corpo, abraçando cada músculo tonificado que preciso inspirar algumas vezes para seguir em frente.

Me aproximo no momento em que olha impaciente para o relógio e toma um gole da água, é então que me vê e levanta-se com um sorriso arrebatador para me receber.

- Eu não estou atrasada - digo e me sento sem esperar que puxe a cadeira para mim, como pretende.

- Não. Você não está.

Novo Remetente (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora