Thirty-six

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P.O.V Gabriella

Deixei Brooke com a minha irmã para que eu conversasse à sós com a minha mãe. Subimos e fomos até a sala, ambas nos sentando no sofá.

- me diz o que aconteceu agora, minha filha - acariciava meus cabelos

- mãe... - respirei fundo, tomando coragem para tocar neste assunto - o Harry me traiu -  disse de uma vez, abaixando a cabeça e deixando as lágrimas caírem

- o quê? Não, o Harry não faria isso, ele ama você, minha filha - disse sem acreditar

- eu não sei quem, mais alguém entrou em casa ontem e deixou fotos em cima do balcão. Mãe, as fotos são umas mais piores que as outras, tem uma que ele está beijando a garota e tocando o corpo dela - dizia falha por conta do choro. Isso está doendo tanto

- filha, você não pode acreditar em qualquer foto, pode ser montagens - dizia calma, enxugando minhas lágrimas

- não, é diferente, mãe. Tudo bate, foi no dia do aniversário dele, nesse mesmo dia ele não me ligou a noite, tudo faz sentido - me deitei em seu colo, chorando, eu precisava disso, do colo da minha mãe para chorar

- eu não consigo acreditar, filha, ele te pediu em casamento - me olhava com uma feição de quem não entendia, eu á entendo em relação á isso

- pois é, ele tornou as coisas difícil de entender - suspirei, enxugando algumas lágrimas - não atende nenhuma ligação dele, não dá informações minha e nem da Brooke pra ele, mãe - disse à olhando atenta, ainda entre as lágrimas

- filha, isso já não está certo. Afastar Brooke do Harry? Ele é pai dela, merece saber da filha - disse querendo me fazer mudar de idéia

- mãe, ele quis assim, sempre criei Brooke sozinha, e vai continuar sendo assim - disse entre os dentes, ainda rouca

- mas agora é diferente, Gabriella, ela vai ficar perguntando do Harry, o quê vai dizer? - deu de ombros, me olhando séria

- ele quis assim, não é bom Brooke ficar perto de uma traidor - eu não vou mudar de idéia, ele quis assim

- mas ele é pai dela, Gabriella, sendo um traidor ou não - dizia um pouco mais firme

- já chega. É minha escolha e vai ser assim, mãe - me levantei, enxugando minhas lágrimas - vou trabalhar agora - virei as costas pra minha mãe, querendo chorar ainda mais, mas não posso, tenho que ser forte pela menina menina

Desci as escadas, voltando à confeitaria, venda Cíntia dar um cupcake para Brooke. Minha boneca estava toda lambuzada de chantilly rosa, havia chantilly em suas bochechas e em sua boquinha.

- Cíntia, não dá doce tão cedo para ela - chamei sua atenção, vendo minha pequena comendo o cupcake disfarçadamente

- desha, mamãe, pol favozinho - fez uma carinha adorável de pidona

- só hoje, hein, filha - ri, limpando suas bochechas com o guardanapo, delicadamente

- diz para mamãe que você ama ela, amor - Cíntia disse num sussurro, mas consegui ouvir

- amu voshê, mamãe - sorriu toda sapeca e cheia de chantilly

- a mamãe também te ama, sua danadinha - rocei meu nariz com o dela - a mamãe tem muito o que fazer, princesa, já volto, tá bom? - beijei sua bochecha gordinha, ainda sentindo o gosto de chantilly

- tá boum, mamãe - ainda se deliciava com o seu cupcake no colo de Cíntia

Sorri como uma mãe babada com tal cena. Fui para a cozinha e já vi o caderno de pedidos com as características de como queriam o bolo. Deus, são uns 23 pedidos, mais ou menos, ou até mais.

My Little Girl • H.S. (Concluída) - EM CORREÇÃO -Onde histórias criam vida. Descubra agora