Fifty-two

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P.O.V Harry

Eu podia ver lágrimas em seus olhos perfeitamente verdes, mas ao mesmo tempo ela não deixava de nos mostrar aquele sorriso, qual todos nós sentimos muita falta. Eu me mantinha quieto e intacto, apenas observando tal cena que eu tanto esperei; seus olhos abertos á mim junto de um sorriso meigo e brilhante, era este que me fazia especial, importante, amado. Eu tinha tanta sorte de tê-la, e por um momento me veio á mente tudo o que fiz com ela desde o começo, á deixei sozinha, fui um completo babaca e fui novamente á alguns anos atrás, só quero fazê-la feliz sem que ninguém nos atrapalhe a nossa felicidade, é só isso que quero: felicidade e paz com a minha família.

Sandra, mãe de Gabriella, pegou minha garotinha do meu colo, á levando para a mesma. Brooke chorava intensamente e até soluçava. Oh, meu pequeno grande amor.

- Minha princesinha, é a mamãe, não tinha saudades dela? Abrace ela, querida, bem forte. – disse minha sogra enquanto tentava acalmar minha menina com carícias em seu cabelo.

- Mamãe, que saudade de você. - a voz da minha menina era rouca e seu choro era alto, com soluços e ela também fungava muito.

- A mamãe também sentiu muito a sua falta, meu amor, muita. Venha aqui, vem. – sorriu para sua mãe com saudade, tomando nossa menina em seus braços, á abraçando forte, acariciando seu cabelo, como ela sempre fazia para acalmá-la quando Brooke tinha medo.

Depois de Brooke tanto chorar e abraçar a mãe, ela acabou por ter que vir ao meu colo novamente para que os pais dela matassem a grande a saudade que havia em seus corações. Eles só choraram muito e em meio o abraço, eram trocados muitos "eu te amo" e outras frases que foram tão repetidas, mas que nunca perdiam o valor ou o sentido.

- Vem, meu amorzinho, deixa a mamãe e o papai se falarem também. - minha sogra pegou minha filha de meu colo, enxugando as lágrimas de seu rosto um pouco marcado pelos anos. Ela sabia que tínhamos que conversar á sós, mas não era preciso agora, neste momento quero apenas beijá-la e abraçá-la.

- Mas, vovó... – fez beicinho olhando para Gabriella. Por vezes, ela não suportava tanta fofura e acabava fazendo os desejos da nossa pequena.

- Vamos pegar flores para mamãe, hum? – sugeriu com um sorriso, piscando para a neta ainda chorosa.

Não havia nenhuma necessidade deles saírem do quarto, mas eles insistiram tanto no fato de deixar-nos á sós, que não lutei muito contra o que eles pediam. Precisávamos mesmo ficarmos sozinhos. Peguei uma cadeira, pois eu não aguentaria ficar tanto tempo em pé, minhas pernas estavam bambas demais por conta das emoções e sentimentos que eu sentia naquele momento. Deus, obrigado.

- Meu amor... - comecei, mas seu pequeno dedo indicador se colocou em frente aos meus lábios, me fazendo chorar ainda mais.

- Shh! Você está aqui...depois de tanto tempo, nunca desistiu de mim, não há outra desculpa e nem quantos "eu te amo" você me diga, sei que é verdade. Isto foi a prova de tudo. - pegou minha mão, beijando a mesma.

- Sempre estarei aqui. Eu te amo, não posso ficar sem você. Foi tão difícil, amor. - chorava de soluçar, juntando nossas mãos enquanto meu rosto se escondia no colchão da cama.

- Eu sei, amor, mas estou aqui, está tudo bem agora. - fazia carícias em meu cabelo, o que me deixava mais calmo aos poucos. Meu soluços eram altos, muito altos.

- Você...você consegue se mover? - perguntei fungando enquanto acariciava seu rosto com a parte detrás da mão, beijando sua testa.

- Consigo, mas o doutor pediu para não me mexer muito. Acho que pode ser por conta de tantos fios. - fechou seus olhos um tanto cansada por conta dos medicamentos.

My Little Girl • H.S. (Concluída) - EM CORREÇÃO -Onde histórias criam vida. Descubra agora