Eleven

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POV's Gabriella

Cíntia me olhava fixamente, completamente séria, ela tinha maldade no olhar, já estava me deixando assustada. Ela, aos poucos foi se aproximando de mim e ficou me encarando.

– Você não vai tirar o Harry de mim. – se escorou com os dois braços no balcão comigo entre.

– Eu não preciso disso, Cíntia, ele já foi meu, estará pegando os meus restos e sabe que ele ainda me ama, não sabe? – à provoquei, mesmo não sabendo a verdade.

– Cala a merda da sua boca, vadia de merda. – disse entre os dentes, com o punho fechado sobre o balcão de madeira rústica.

– Ah! Agora eu sou a vadia aqui?! – disse ironicamente, arqueando uma de minhas sobrancelhas.

– Estou avisando que é para se afastar dele e tirar aquela criança de perto dele também. – disse alto, completamente fora de si.

Ela está ficando louca.

– Olha só, sua... – iria xingar ela, mas não iria me rebaixar à tal nível – você pode fazer o que quiser comigo, mas na minha bebê você não toca nem ao menos um dedo sujo seu. – disse já pronta para socar seu lindo rosto.

Sintam a ironia.

Ouvi o típico sininho ser tocado, indicando que porta fora aberta, mostrando rapidamente que era meu pai que havia chegado fazendo Cíntia logo mudar de expressão, indo até meu pai, com uma cara de inocente. Falsa.

– Papi! – o abraçou. Como pode ser tão falsa? Minha nossa!

– Pelo o que eu me lembre, você está de castigo, Cíntia. – se afastou dela, segurando seus braços com delicadeza, é claro.

– Eu não acredito nisso. – bateu o pé – já sou bem grande pra isso, pai. – cruzou os braços, já irritada com a situação.

– Vá já lá pra cima. – apontou para a escada.

– EU NÃO VOU! – gritou histericamente, olhando meu pai com ódio.

Meu pai iria dizer algo, mas ele se cala, colocando a mão em sua cabeça. Vejo-o ficar pálido e seu corpo cair no chão, me fazendo com que eu me desesperasse. Fui correndo até o corpo do meu pai jogado ao chão e me ajoelhei, colocando a cabeça de meu pai em minhas coxas, minhas mãos tremiam constantemente, sem saber o que fazer. Pai, por favor, não!

– Liga logo para a emergência, Cíntia! – gritei já em prantos - ai meu Deus! Pai, acorde, por favor, não nos deixe. – disse falha com um nó formado em minha garganta.

Cíntia ligou para a emergência e nesta altura, minha mãe já havia descido e viu tal situação, o que à deixou abalada também tanto quanto eu. Cíntia por mais dura que fosse, também chorava.

Depois de alguns minutos, a ambulância chegou e levaram meu pai ao hospital. Tivemos que pegar o carro para ter que ir até o hospital e minha irmã é quem dirigia. Logo que chegamos no hospital, adentramos correndo para o mesmo e ficamos na sala de espera, totalmente abaladas, nós três estávamos muito desesperadas, apenas chorávamos e rezávamos para que meu pai ficasse bem.

– É tudo culpa minha. – murmurou Cíntia, entre lágrimas e soluços.

– Não foi sua culpa, filha, venha cá. – puxou Cíntia delicadamente para seu peito e à abraçou. Neste momento percebi o quão sensível era Cíntia. Ela apenas precisa de atenção.

Depois que fiquei grávida, toda a atenção de meus pais ficaram para mim, pois precisava de cuidado a mais, mas parece que eles se esqueceram de minha irmã. Ela queria atenção e carinho.

My Little Girl • H.S. (Concluída) - EM CORREÇÃO -Onde histórias criam vida. Descubra agora