Forty-eight

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P.O.V Harry

Mantinha-me intacto e sem reação do que eu acabará de ouvir do médico de Gabriella. Uma parte de mim está feliz por saber que serei pai outra vez e que desta vez irei acompanhar cada movimento do bebê, mas outra parte chora por saber a gravidade de uma gravidez num processo de câncer, irá ser mais difícil mas isso não nos fará desistir, pelo contrário, nos fará ainda mais fortes para suportar essa luta.

- Sei no que está pensando, Harry, mas iremos fazer o que ela deseja, se ela vai ter o bebê ou não, é ela quem decide, é a vida dela, mas de uma coisa é certa: vamos ter que parar com a quimioterapia se ela escolher o bebê. - dizia tudo numa calma em que eu desconhecia.

- Ela não vai morrer, não é mesmo? - o medo tomou conta de todo o meu corpo.

- Não podemos ter certeza, Harry, tudo será uma surpresa na sala de parto, são poucas que saí viva. - acrescentou, me deixando ainda mais tenso.

- Okay. - segurava as lágrimas, mas algumas insistiram em cair - como iremos falar isso à ela? - perguntei fungando.

- Você quer dizer? - perguntou o médico.

- Eu não sei se consigo, mas tentarei. Obrigado por nos dar mais notícias dela, doutor. - sorri minimamente em resposta.

- Não precisar agradecer, é só o meu trabalho. - sorriu, provavelmente para me deixar melhor.

Nos despedimos com um aperto de mão. Já estava frente a porta, pensando em como dar a notícia à Gabriella. Respirei fundo e girei a maçaneta, podendo adentrar logo depois de ter a porta aberta o suficiente para que eu passasse.

- Amor? - sorri para ela que brincava com o ursinho que Brooke havia deixado com a mãe.

Brooke disse que se ela abraçasse o ursinho era para Gabriella lembrar de quando abraçava ela. Brooke, minha filha, nos dá tanto orgulho e nos trás as melhores lágrimas de felicidade. Isso são sinais de que você está infelizmente crescendo, minha bebê.

- Oi. - sorriu para mim após tirar sua atenção do ursinho.

- Está tudo bem? - fechei a porta, indo para perto de minha noiva.

- Não. - disse falha, dando a certeza de que iria chorar.

- Ei, meu amor. - à abracei, confortando-a em meus braços grandes - o que está te perturbando, hum? - perguntei fazendo-a me olhar.

- Eu quero a Brooke, amor, trás minha pequena pra mim, amor. - pedia desesperadamente.

- Por que está pedindo isso pra mim, amor? - levei minha mão à sua barriga, acariciando-a, sem levantar suspeitas.

- Estou me sentindo carente de filha. Por favor, amor. - seus olhos já estavam marejados.

- Tudo bem, meu amor, vou ligar para a sua mãe. - passei a mão pelo bolso da calça, pegando meu celular.

(...)

Minutos depois que eu liguei para a mãe de Gabriella, a mesma já estava à caminho do quarto depois de ter avisado que já estava subindo. Gabriella estava afobada. Não sei porque ela está assim, ela viu Brooke ontem de tarde, tudo bem que ela é mãe, mas parece que tem algo errado nisso tudo.

Uma vez que a porta foi aberta, mostrando Sandra com nossa menina nos seus braços. Logo que ela estava próxima de Gabriella, a mesma pegou Brooke, abraçando-a forte.

- Mamãe. - disse baixinho em meio o abraço.

- Oi, meu amorzinho, a mamãe está aqui. - beijou sua testa lentamente, deixando vários estalos sair de seus lábios.

My Little Girl • H.S. (Concluída) - EM CORREÇÃO -Onde histórias criam vida. Descubra agora