The past's holding me on currents that I can't escape

901 123 83
                                    

Volteeeeeeei meus amores! Sim, sim, podem parar de chorar.

Mamãe voltou da viagem há alguns dias, e estava terminando os detalhes da fic, além de cuidar da minha vida e tentar (só tentar mesmo) colocar ela no lugar. Ano novo, vida nova, novos amores e novas histórias, quem sabe? Gostaria de desejar um ano maravilhoso a todos vocês, leitores, amigxs, que comentam e votam e são os responsáveis pelos meses mais incríveis da minha vida como escritora. Vocês são demais.

Ademais, nenhum recado em especial. Como prometido, um capítulo hoje, e segunda uma nova atualização! Yayy! Achei que gostariam, depois do que está para acontecer rs

Dedicado, como primeira att do ano, a cada unholer que continua acompanhando e sofrendo. Cada leitor que tenho, já tive, ou terei. Porque vocês quem fazem a fic. Vocês são os responsáveis para que tudo isso aqui seja possível.

Aproveitem - foi escrito com carinho (e drama). Que esse ano seja mais um ano incrível de Unholy!

xx

1984

A mulher suspirou, tentando deter um novo grito de dor quando se mexeu. O corte recém-aberto ainda cicatrizava com uma pomada caseira pouco confiável. Sentia-se exausta, física e psicologicamente. Não sentia suas pernas, e sua cabeça pesava como mil bigornas. No entanto, o sorriso em seu rosto custava a fechar.

Pela porta do quarto entrou uma enfermeira, acompanhada do alto e elegante homem, sempre disposto em uma postura ereta e quase parecendo flutuar. Havia dado uma pausa na carreira teatral, mas o teatro não saía dele. Lhe dispôs o melhor dos sorrisos, com muitos dentes brilhantes e rugas sob os olhos. Inclinou-se na cama e depositou um beijo casto no alto de sua testa, enquanto acariciava seu braço perfurado por um soro. A mulher jovem e vestida de branco checou sua pressão pela quarta vez desde que os médicos terminaram.

- Estou orgulhoso de você, querida. - o homem charmoso murmurou, ronronando.

- Tem bebês lindos, sra. Grimshaw. - a moça falou - Mesmo com o parto de risco, os gêmeos nasceram saudáveis e estão dormindo.

- Obrigada. - agradeceu aliviada. Mal podia esperar para ver seus filhos, tê-los em seus braços.

Claro que fora uma surpresa quando a bolsa rompeu. Àquela altura, desconfiava de sua barriga anormalmente cheia para um bebê com oito meses e meio, apenas. Sentia fortes dores ao ser levada para a mesa de cirurgia, e, pelo que entendeu em meio a gritos e ordens, foi que o cordão umbilical estava enforcando um dos fetos. A cesária foi feita as pressas, e as lágrimas de felicidade que banhavam seu rosto acompanhavam as de agonia. Assim, todos comemoraram quando os gêmeos finalmente saíram. Foram levados para o exame, e ela, de repouso. Só pode ver Peter horas depois.

- Daqui algumas horas eu volto com seus remédios, sra. Grimshaw. - disse cordialmente, deixando o casal a sós.

Peter assentiu, continuando a acariciar a cabeça da esposa em um carinho discreto, enquanto ajeitava suas vestimentas. Do bolso, puxou seu caro relógio folhado a prata, logo em seguida passando um lenço de seda pela testa, como um ritual rigorosamente cumprido.

- A imprensa toda já sabe que são gêmeos. - noticiou com um ar cansado, como se estivesse esperando por aquela notícia desagradável. Eilee suspirou, rolando os olhos.

- Não que pudéssemos esperar algo diferente desses abutres. - praguejou - Espero que nossos filhinhos não sejam explorados por esses insanos. Quero criá-los com o conforto e o sossego que merecem. - parecia obstinada com sua decisão.

Unsparing (Larry Stylinson AU | Book II)Onde histórias criam vida. Descubra agora