Unsparing (Larry Stylinson AU | Book II)

You are so beautiful that if I let your hand, you may disappear

Uh, olá? Não sei com quem cara aparecer aqui... sei que estou desaparecida, e desculpas não adiantam mais. Eu realmente, realmente mesmo, sinto muito por esse sumiço. Não sei se todos sabem, mas esse ano eu presto ENEM e estou estudando pra valer – aliás, alguém arrisca o curso que eu quero? É fácil ≧▽≦ –, mas nada justifica esse abandono. Um bloqueio criativo + preguiça também ajudaram, MAS aqui estou humildemente com um capítulo. Creio que a fic irá até o capítulo 40, logo... :(

Mas superamos. Novamente, não tenho palavras para agradecer todo o apoio que venho recebendo nesses dois anos (DOIS ANOS?????) que escrevo Unholy, é algo surreal. Vocês me ajudaram a amadurecer como pessoa e escritora, e isso não tem preço. Cada comentário, voto, cada elogio e crítica apenas contribuem mais e mais. Obrigada por acompanharem a fic e não desistirem dessa pobre autora aqui. Vocês são os demais. Mesmo.

Enfim, chega de enrolação. Aproveitem esse capítulo, e desculpem pela enrolação gigantesca da fic. A partir do próximo as coisas começam a caminhar de novo, prometo.

Até mais ver, meus bolinhos de chocolate.

p.s.: bea, você tem o dever de conhecer esse título (((mais alguém aqui é louco por aqueles caras coreanos todos iguais? af essas kpoppers)))

xx

Zayn chegou cambaleante em casa, com o rosto inchado. Foi ajudado por algumas pessoas até encontrar um táxi, que o levou para o prédio. Não teve maiores dificuldades para encontrar o elevador. Embora seu rosto estivesse pulsando, o sentimento de culpa era maior, anestesiando qualquer tipo de dor física com dor psicológica.

Durante todos aqueles anos, o garoto realmente pensara que o passado poderia ser deixado para trás. Vivera como se tudo que passou havia sido nada mais que um sonho longo demais, e ele finalmente acordara. Mas não era tão simples assim. Não havia um dia sequer que não pensava em Harry – em como estava, onde estava, com quem estava. Parte de si queria bater nele, fazê-lo acordar para a realidade, mas, outra parte, relativamente maior, compreendia mais que gostaria de o fazer. Era parte de sua personalidade, afinal.

Se lembrava do que Harry costumava dizer. A vida o fizera uma pessoa amarga, desesperançosa, mas ele nem sempre fora daquela maneira. Era um garoto cheio de energia e otimismo. Era gentil, romântico. Logo depois de se conhecerem, mesmo em seus piores dias, ele sempre repetia a mesma frase.

"Machucar a si mesmo é melhor que machucar os outros".

O caminho que eles escolheram traçar os levou a tomar decisões difíceis, muitas vezes mortais. Sempre o faziam com a maestria de um profissional, mas não havia uma única vez que não vira Harry se martirizar por cada uma delas. Aprendera a vestir uma máscara de frieza que era capaz de enganar as pessoas a sua volta – até mesmo Zayn já se deixara levar por ela. Mas, como o Styles mesmo havia o ensinado, aprendera a ler suas emoções. Compartilhavam segredos e o alter ego escondido há muito pela vida.

Harry nunca julgava alguém (propositalmente). Zayn, de família altamente religiosa, criara para si uma personalidade afável e pacifista. Era um admirador assíduo de flores e cores, costumava usar as tiaras das irmãs escondido de seu pai e avô. Era uma forma de negar a si mesmo suas origens, contrastar sua aparência ameaçadora, torná-lo mais amável. O garoto de cachos, ao vê-lo usando uma de suas criações, apenas deu de ombro e disse que a cor combinava com suas roupas. Apenas. Aquilo fizera com que criasse entre eles um laço inflexível, admirável.

Vê-lo daquela maneira o machucou de infinitas formas possíveis. Saber que não podia ajudá-lo, saber que o havia magoado, era uma tortura inimaginável. E, em seu interior, sabia que não acabaria ali. Era só o começo.