Hit by happiness, hit by pain

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Como prometido, aqui mais um capítulo! :))))))

Não sei quando posto o próximo, irei procurar não demorar. Espero que gostem, e desculpem toda essa enrolação. Logo mais teremos um dos pilares que irão sustentar o próximo drama da fic, mais dois ou três capítulos ((não me matem!!!!))

Quis passar uma confusão de sentimentos aqui, então não sei se o consegui com maestria. Ademais, vamos para a história!

Mamãe ama todos vocês, meus pãozinho de mel.

xx

Harry calculou, em uma fração milimétrica de segundo, quais seriam as probabilidades daquilo estar acontecendo. Entre centenas de milhares de átomos divididos no espaço, constituindo universos paralelos e nuvens de poeira cósmica, exatamente naquela região da galáxia, uma chance em um milhão aconteceu. Sua mente trabalhava rapidamente em equações matemáticas, aplicando todo o conhecimento adquirido ao longo da sua vida escolar e informal. Ele costumava ser o que chamavam de nerd – na maior parte do tempo estava vagabundeando, admitia, mas era bom em contas e números e equações que todos odiavam. No entanto, nenhuma daquelas fórmulas que buscou em suas memórias conseguiram explicar aquele momento.

O garoto era tão ruim em geografia quanto era nas demais matérias de ciências humanas, mas sabia que Londres detinha um número significativamente grande de pessoas, e um número igualmente grandes de lugares, casas, prédios, moradias, estabelecimentos, até mesmo terrenos vazios. De alguma forma, Harry fora guiado até aquele bairro, naquele determinado momento aleatório da sua vida, de um dia qualquer, por uma razão que ele desconhecia, e que nunca chegaria a descobrir.

Mas lá estava. Parado, abobadamente em frente a Zayn. Uma tórrida onda de lembranças o invadiram, deixando-o estático por alguns minutos – ou o que pareceu em sua mente. Lembrou-se de quando se conheceram, e quando foi preso e Zayn era o único a ir visitá-lo na prisão. Quando saiu, sem qualquer perspectiva de vida, e o garoto ainda estava lá para ele. Pequenos fragmentos rápidos que o invadiam, causando tontura. Piscou rapidamente, afastando a bagunça de imagens que começavam a dominar sua parte racional.

Tentou retomar a linha de pensamento. A sua volta as pessoas continuavam a andar, trombando algumas vezes em seu ombro. O tempo corria, a vida prosseguia, embora sentisse que estava em uma bolha transparente e viscosa, onde era difícil se mover. Focou no ponto a sua frente, e os olhos caramelos o encaravam.

Dois anos haviam se passado, e ele ainda sentia a mesma emoção familiar de conforto e cumplicidade ao encarar aqueles olhos. A mesma feição séria, mas de uma tranquilidade quase forçada, como se nada importasse, uma eterna brincadeira. Parecia ligeiramente mais velho, como amadurecido, mas, definitivamente, ainda o mesmo.

– Zayn? – Harry sentiu necessidade de confirmar. Sua voz saiu esganiçada, e ele pigarreou para arrumá-la. Seu corpo todo coçava de uma necessidade quase insana de correr até o outro e agarrá-lo em um abraço saudoso, mas manteve-se parado.

– Uou, Harry? Caralho, é você mesmo? – Zayn parecia tão ou mais pasmo que ele. Sua boca permaneceu aberta em surpresa mesmo depois de falar.

O de cachos, então, se jogou com os braços abertos, cedendo a sua vontade de tocar Zayn, saber que aquilo era real. O muçulmano, surpreso, retribuiu o gesto como pode, passando seus braços pelas costas largas de Harry, Ficaram alguns segundos assim e, quando se afastaram, Harry segurou nos ombros do amigo para poder olhá-lo melhor. Seu sorriso rasgava seu rosto, e lhe fazia doer as bochechas.

– Zayn, cara, quanto tempo! – mais um abraço rápido, e Zayn apenas assentiu devagar, assimilando o susto – Eu nem sei por onde começar! O que está fazendo aqui? Como você está? E Liam? – sua animação diminuiu um pouco nesse momento – E Louis? – ficou dois segundos mudo, mas logo voltou a mesma eletricidade – Precisamos muito conversar! Você está ótimo, cara.

Unsparing (Larry Stylinson AU | Book II)Onde histórias criam vida. Descubra agora