Unsparing (Larry Stylinson AU | Book II)

I might miss everything you said to me

Olá! Mil desculpas pela demora absurda, eu viajei de última hora para a fazenda, longe do contato externo e sem internet :(

Tive algumas dificuldades para terminar esse capítulo, mas eu gostei. Espero que gostem também. Os comentários foram incríveis! Sério, eu amo vocês, o apoio, os elogios, nunca vou me acostumar com isso. Espero que Unsparing ganhe tanto prestígio e carinho quanto Unholy ganhou e ganha até hoje. Vocês são demais.

Dedicação especial ao Luke e a Bia, do Unholers, e a rachelzahav e a ShippoLarryTommoNoCu, que foi incrivelmente fofa comigo. E a todos que leram, comentaram e votaram. Eu devo tudo a vocês.

E espero que leiam minha fic nova, after! Estou me dedicando muito a ela, voltando a escrever em primeira pessoa, e eu estou muito animada com os resultados!

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Louis teve uma das piores noites de sua vida. Demorou a dormir, sem sonhos, vez ou outra tendo raros vislumbres de pesadelos, que o faziam revirar e suar frio. Chorou demais, e, com isso, teve dores de cabeça constantes durante as poucas horas que descansou. Sua mente, por outro lado, não lhe deu uma trégua, trabalhando incessantemente, revivendo cada pedaço do dia anterior.

Por mais que Zayn tivesse lhe cedido a cama, bondosamente, e lhe abraçado enquanto seus soluços rompiam altos pelo quarto, sentiu-se tão só e com frio quanto outrora. Os braços do amigo o apertavam pela cintura, sussurrando palavras de conforto, mas o menos estava perdido na sua própria escuridão. Andava e andava, mas nunca chegava a lugar algum. Sentia que estava perambulando em círculos incansáveis e incontáveis, buscando respostas que não encontrava para perguntas que não existiam.

Por fim, pregou os olhos pelo que pareceu alguns minutos quando o sol finalmente lhe atingiu o rosto, despertando-o. Piscou devagar, livrando-se dos vestígios de lágrimas. Sentou com cuidado na cama, livrando-se do aperto de Zayn, que finalmente adormecera. Sabia que mal havia deixado o outro dormir, e sentia-se culpado. Se redimiria depois – precisava de um banho.

Ainda vestia as roupas do dia anterior, que também consistia com uma blusa de Harry, pega as pressas quando Niall ligara. A camiseta estava amarrotada e com manchas de água que provavelmente provieram de seus canais lacrimais, escorrendo por seu rosto e pingando. Já perdera o cheiro natural da pele do garoto de cachos, permanecendo somente com alguns indícios de seu perfume cítrico. Louis saiu do quarto, fechando a porta atrás de si, e procurou pelo banheiro, ainda no corredor. Não tinha roupas, teria de pegar uma blusa de Zayn emprestada.

Despiu-se e caminhou até a ducha, ligando e esperando esfriar. Um bom banho gelado talvez ajudasse a limpar seus pensamentos. Pendurou a calça contra a maçaneta, enfiando-se de uma vez embaixo d'água e soltando uma pequena exclamação de surpresa. Lavou-se, querendo, inconscientemente, desprender de si as lembranças e o passado. Queria esquecer, seguir em frente, sem a dor e a angústia. Queria não ser orgulhoso, queria entender Harry plenamente e afundar-se contra seu peito, beijá-lo até que a noite caísse sobre suas cabeças, enaltecendo-os com as estrelas. Mas também queria esquecê-lo, fazê-lo sofrer. Nunca fora de fato vingativo – e era contra todo e qualquer tipo de violência física – mas Harry despertava em si instintos nunca antes experimentados – paixão, desejo, fúria, querer ser o suficiente, querer ser melhor.

Quando saiu, seus dedos estavam um tanto dormentes. Secou-se com uma toalha que encontrou sobre o balcão, e vestiu a calça. Pegou a camiseta e os sapatos nas mãos, voltando para o quarto para roubar uma das incríveis blusas que Zayn costumava usar. Aproximava-se do quarto com cuidado, quando ouviu a voz do amigo.

– ...bem com você? – andou até estar recostado contra a madeira parcialmente fechada. Era feio espionar, sabia, mas sua curiosidade mórbida vencia contra sua racionalidade moral – Amanhã? Ok, eu vou... quando sair. Sem reclamar. Você vai... já combinamos isso. Eu também te amo. – Louis sentiu o tom de ironia.