Silent screams are hurting me asking for my help

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Espero que tenha alguém vivo por aqui - e que não tenha intenções assassinas contra mim.

Gente desculpa, mas eu amei as reações do último capítulo. Foram épicas. Eu tinha até me esquecido da sensação. Eu confesso que adorava os capítulos de drama e sofrimento de Unholy, porque, afinal, essa é a essência da fic. Estamos voltando a origem meus queridos!!!!!!

Me desculpem pela demora gigantesca, mas todos sabemos das desculpas habituais, escola, tcc, estágio, vida, escola, vida, escola, coisas assim. Mas, como boa notícia, já tenho metade do próximo capítulo pronto, então não demoro (muito)!

Fora isso, gostaria de agradecer os comentários (mesmo que sofridos e chorosos e cheios de xingamentos) e todo o apoio para a fic. Estamos na reta final, e isso me deprime muito, mas também me deixa animada, porque é um novo ciclo que eu estou fechando e eu estou junto com vocês, e isso é o melhor de tudo. Obrigada, de verdade.

Esse capítulo é um daqueles cheios de pensamentos e reflexões, nada muito movimentado, mas eu adoro escrever esse tipo de coisa, então espero que gostem, e sintam o que eu tentei passar.

Fora isso, acho que é tudo. Nos vemos em breve - um conselho: se preparem.

AMO VOCÊS

xx

Há alguns momentos na vida, raros, em que somos atingidos por um torpor. Por vezes, causado por uma forte emoção, que atingi os principais veículos de substâncias do cérebro, interrompendo o fornecimento de sensações. Tecnicamente falando, é um pane no sistema. Como milhões de programadores correndo desesperadamente em um prédio em chamas enquanto o computador central explode em faíscas. Assim é como nos sentimos quando somos abatidos por essa letargia.

Não é um sentimento agradável - não estar no comando das próprias reações. O mundo ao redor continua rodando, o tempo escorrendo, a realidade se arrastando em um enorme véu. Mas você não faz parte desse palco. Você se torna o espectador, vê o mundo do lado de fora da casca. Você enxerga os detalhes, os grãos flutuando no ar, a maneira como os segundos pingam preguiçosamente. Talvez demore minutos, talvez horas. Enquanto você não retorna a si, essa sensação não para, e o choque continua o atingindo impiedosamente.

Impiedoso. Como o destino.

Desta vez, tudo parou. As palavras flutuavam no ar, brincando com um sorriso sarcástico e zombeteiro. A atmosfera se tornou pesada, como se a gravidade estivesse cansada e mandasse tudo para baixo. Talvez fosse uma piada - uma piada sem-graça e incompreensível.

Eles esperaram pelas risadas. Pelas desculpas leves, e então ririam amarelo, para não deixar a tensão ainda mais palpável. Eles esperavam, mas aquelas risadas nunca vieram. Quiçá fossem apropriadas, como uma válvula doentia de escape. Quando o choque atinge cada veia e se instala perigosamente no sangue, bombeado para todo o corpo. Naquela fase de marasmo, espera-se tudo. A negação, a omissão, a contrariedade.

As mãos de Harry estavam suando, embora todo seu corpo estivesse curiosamente gelado. Seus olhos, saltados de peixe, fixaram-se no jaleco quase tão branco do doutor. Eles conseguiam esquadrinham o linho, e, em alguma parte de seu cérebro, o garoto pensou que a costura estava desmanchando-se. Mas ele sequer percebeu. Sua massa cinzenta derretia, como magma, esquentando seu crânio e causando uma terrível dor de cabeça. Seus pensamentos estavam murchos, esvaziando-se apaticamente para os pés. Ele não tinha reação, embora, quanto mais forçasse seus membros, menos se mexia.

"O sr. Tomlinson está desenvolvendo um tipo incomum de câncer".

Soava como... uma orquestra desorganizada. Era doloroso aos ouvidos, surreal as percepções. Harry não queria aceitar - ele sequer conseguia raciocinar sobre. Palavras casuais jogados em uma conversa qualquer.

Unsparing (Larry Stylinson AU | Book II)Onde histórias criam vida. Descubra agora