Uh, olá? Ok, não me matem. Sei que esse sumiço é imperdoável. Entre estudar muito pro enem e um bloqueio criativo infernal, aqui estamos. E eu sinto muito muito muito mesmo.
Agora na reta final é sempre um sufoco para mim, porque eu não quero enrolar mas quero amarrar cada ponta solta. Assim, pode parecer meio maçante, mas juro que não quero enrolar!!!!! Pelas minhas contas, no máximo dez capítulos para o fim de Unsparing :(((((
O tempo passa rápido demais.
Mas enfim.
Espero que gostem desse capítulo, ele é mais reflexivo que necessariamente dramático, tem mais emoção nos últimos parágrafos ^~^
Não vai ser surpresa para ninguém (hehe) e no próximo, que sairá domingo, sem atrasos!!!! a história já vai dar uma guinada.
Mamãe ama vocês. Obrigada pelo apoio e cada comentário (que eu leio todos, sem exceção). Vocês são os melhores leitores que eu poderia sequer sonhar. Espero não parar de escrever depois de Unholy, tenho vários projetos em mente!!!! Mas isso fica pra outro dia ;)
xx
Dias de um inverno anormal se passaram na cidade das luzes. O tempo mudava ociosamente, sem avisar, fazendo com que os altos prédios permanecessem sob uma camada constante de nuvens pesadas e chuviscos gélidos. Apesar disso, nem o frio seria capaz de parar aquelas pessoas, que, com suas pastas e seus ternos, seguem seus passos pesados ignorando a vida que desenrolava do lado de fora.
Harry agora andava de metrô com sua infinidade de passes únicos que ganhava junto do salário medíocre que recebia. Nicholas começou a passar mais tempo fora que dentro de casa, chegando sempre depois de dois ou três dias de desaparecimento – sempre sem satisfações. Não que o cacheado reclamasse. O silêncio sórdido era mais que bem-vindo.
Em seus momentos, se apropriava dos diversos vinis colecionáveis, aproveitando, ao menos um pouco, das vantagens de ser um rico filho da puta como o Grimshaw. Ouvia o blues, embebedando cada verso como um mártir solitário. Tentava parar com o vício em cigarros, assemelhando-se cada vez mais como um velho, enquanto bebia uísque entre as refeições e cantarolava sozinho as melodias entristecidas dos anos 70.
O tempo escorria, e Harry acostumava-se cada vez mais com o buraco em seu peito, vazio. A dor de acordar sozinho todos os dias não incomodava mais que rever as fotografias do velho álbum escondido sobre seu travesseiro. Decerto masoquista, mas não conseguia evitar. Sentia falta de Louis – muito mais que palavras descreveriam. As vezes, as lembranças se tornavam tão vívidas que eram quase palpáveis. Mas, tão rapidamente desapareciam, deixando o velho Harry com seu copo e sua música, e seu frio, e sua prisão.
Enquanto isso, Louis caíra em uma rotina metodicamente angustiante, que consistia em acordar sempre ao mesmo horário, comer sempre as mesmas coisas no desjejum, pegar sempre os mesmos ônibus e fazer sempre as mesmas coisas sem graça. A faculdade estava quase entrando em recesso, por conta dos movimentos de greve, e as classes contavam com pouquíssimos alunos do curso. O Tomlinson, que se acostumava rapidamente com as coisas ao seu redor, sentia desesperadamente a falta de seu garoto de olhos esmeralda e cheiro madressilva, que, de uma forma ou outra, fazia tudo para tirá-lo do hábito.
Zayn viajava constantemente a trabalho, deixando Louis sozinho com seus pensamentos, que tentava ocupar redigindo trabalhos e concluindo suas teses para a pós-graduação, que se daria dali dois semestres. Aproveitando-se do curso rápido, logo receberia sua licença para lecionar, ao menos nas escolas primárias.
Lutava internamento contra o desejo de reviver os antigos momentos. Não era raro que as lágrimas surgissem nos cantos de seus olhos ao admirar as fotos que haviam restado consigo. A mágoa em seu coração dividia espaço com o amor doentio e vívido que jamais diminuíra em seu peito. Se fechasse os olhos, seria capaz de sentir seu cheiro em suas roupas, sentir o toque em sua pele, memorizar cada detalhe de seu rosto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Unsparing (Larry Stylinson AU | Book II)
Fanfic"Eu provei do fruto proibido. Eu conheci o céu, e também conheci o inferno. Há um grande abismo entre esses dois lugares, mas nada se compara a esse sentimento. Eu estava sozinho, e ele me encontrou. Eu estava perdido, e ele me guiou com sua luz. Eu...