Happy endings only exist in fairy tales

880 96 182
                                    

Quem é a autora legal que posta rápido?????? Por favor não me matem.

Eu simplesmente amei as reações do último capítulo (/≧▽≦/) Vocês são demais, mesmo! Eu adoro quando a fic volta as origens, trágica e imprevisível.

Esse é o último capítulo antes que minhas férias acabem (triste, eu sei). Ficará meio difícil escrever nos próximos meses, mas eu irei me esforçar! Esse é o último arco da fic, estou meio depressiva, mas espero que gostem.

As pessoas que quase morreram nos capítulos anteriores: calma!!!!!!piora[rs]

De qualquer forma, se preparem. Obrigada por todo o apoio maravilhoso que venho recebendo, sempre e sempre, vocês são muito mais que eu poderia querer. Espero que tenha conseguido passar as emoções que eu senti imaginando e escrevendo essas cenas.

YOLO.

Mamãe ama vocês! [não matem a autora, é errado. ameaçar pode]

xx

Em alguns momentos da vida, somos tomados por uma força. Ela é desconhecida por nós, inexplicável, mas de uma influência aterrorizante. Quando isso acontece, perdemos a capacidade de controlar nosso próprio corpo. Afundamos nessa força, entregando a ela o poderio sobre nós mesmos. Nos tornamos telespectadores, e é possível observar a situação em primeira pessoa, ou em terceira. Em ambas as maneiras, não somos capazes de comandar nada, nem mesmo uma ação. É comum essa força nos assumir em momentos de tensão, quando somos colocados diante de uma situação em que não conseguimos tomar uma decisão – e essa decisão pode ser a divisória entre viver ou morrer. No entanto, embora muitos pensem o contrário, essa força não é a dominadora. Ela é um fator importante, quiçá uma consequência, mas não o principal.

O tempo. O tempo é o controle.

O tempo é a única medida real e universal. Tudo que conhecemos só é como, de fato, a conhecemos, por uma única razão: ela existe por um período de tempo. O tempo controla, domina, decide a realidade. O tempo que passa ou deixa de passar determina como a força irá se aplicar sobre os corpos derrotados. Sem o tempo, nada existiria além da imaginação.

Existem várias denominações temporais. O tempo terrestre, que influencia na temperatura e como os fatores climáticos irão nos afetar. O tempo como passagem, que conta a duração temporal de uma determinada situação. É esse o tempo que é a única medida temporal não-criada pelo homem. Todo o resto que conhecemos – medidas de volume, espaço, contagem, números ou letras – foi inventado pelo o homem, para o homem. Uma tentativa de diminuir a existência em algo compreensível a nós mesmos. Há também o tempo de vida, que, como um contador regressivo, diminuiu nossa expectativa a cada segundo transcorrido – segundo esse, uma medida de tempo-passagem.

O tempo-passagem também mede nosso tempo de reação. Quantas contagens levamos para tomar alguma decisão. Para andarmos, respirarmos, piscarmos, movermos o braço, fecharmos nossos dedos em torno de algum objeto, cada ação é medida pelo tempo-passagem. Algumas são automáticas, feitas por nosso instinto primitivo. Outras levam milésimos, uma reação involuntária em um momento de desespero. E, quando a força toma conta de nós, nosso tempo-reação se torna infinitamente menor, como se passasse em um espaço fora do que estamos acostumados.

O carro se aproximava em velocidade negativa, porque Harry enxergava perfeitamente o tempo-passagem. Era claro como água cristalina. Ele era capaz de ver as rodas completando uma volta completa, a direção tortuosa que o veículo fazia. Ainda assim, suas pernas, tomadas pela força, não se mexiam. Estava estacado no lugar, e qualquer mínimo movimento era desacelerado, em câmera lenta. Harry piscou, e toda sua vida passou em um flash confuso. Os melhores momentos, os piores, os sorrisos, cada arrependimento.

Unsparing (Larry Stylinson AU | Book II)Onde histórias criam vida. Descubra agora